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Uma temporada iniciada a todo vapor terminou em extrema decepção para o Toronto Raptors. Mesmo com vantagem de mando de quadra na primeira rodada dos playoffs, os canadenses tiveram péssimas atuações e foram eliminados em quatro partidas pelo Washington Wizards. Responsável pela construção do elenco da equipe, o gerente geral Masai Ujiri também não absorveu também a derrota precoce.
“A forma como terminamos a temporada não foi aceitável. Acho que devemos algo melhor aos torcedores e à organização. Sentimos estar em uma boa situação, mas sermos “varridos” pelo Wizards foi um golpe duro. É algo que nós analisaremos com seriedade porque queremos ser competitivos. Ainda precisamos aprender como se vence”, afirmou o dirigente, nas entrevistas coletivas de encerramento do ano na franquia.
Apesar da decepção, Ujiri admite que o basquete abaixo da média apresentado na série contra o Wizards não foi um fato isolado. É muito mais reflexo dos últimos meses do Raptors. “Nossos problemas não se iniciaram nos playoffs. Acredito que, após o Jogo das Estrelas, o rendimento entrou em queda e, talvez, eu não tenha sentido a gravidade da situação. Tudo será reavaliado agora para que sigamos em frente”, disse.
Um dos avaliados pela direção de Toronto deverá ser Dwane Casey. O técnico foi criticado ao longo da campanha por conta da profunda piora defensiva do time em relação à temporada anterior e deixou uma impressão imagem ruim pela falta de reação às mudanças do Wizards durante a série de playoffs. O GM não garante a permanência do treinador, mas eximiu-o de parte da culpa pela desastrosa reta final.
“Eu não acho que Dwane tenha sido o maior culpado. Não é uma desculpa, mas as contusões forçaram-no a alterar a equipe e montá-la de forma diferente para sobrevivermos às ausências de DeMar [DeRozan] e Kyle [Lowry]. Agora, temos que voltar à lousa e decidir como queremos jogar, quais atletas devemos manter. Sei que nossa base é boa e Dwane faz parte disso”, argumentou o executivo.
Em termos de elenco, o Raptors terá muito a avaliar na offseason mesmo. Cinco jogadores do plantel vão ser agentes livres em julho, incluindo o titular Amir Johnson e o armador Louis Williams, vencedor do prêmio de melhor reserva
da temporada. É projetado que a franquia terá mais de US$20 milhões para investir em reforços nos próximos meses. Tudo isso deixa o cenário ideal para mudanças importantes no time.
“Nós precisamos entender que o mundo não acabou. A situação não é tão dramática assim. Temos várias coisas boas ainda. Queremos vencer e precisamos seguir lapidando o elenco para isso. Às vezes, você toma um golpe no meio do caminho. É assim mesmo. Estamos empolgados com alguns contratos que temos, nossos dois all stars, a flexibilidade salarial. Construir uma equipe leva tempo e somos pacientes”, finalizou Ujiri, dando a entender que mudanças realmente estão por vir em Toronto.
