Damian Lillard: “Não vou ser melhor amigo de Giannis Antetokounmpo em três semanas”

Veterano revela ter uma relação ainda em evolução, dentro e fora de quadra, com astro do Bucks

damian lillard giannis antetokounmpo Fonte: Tim Nwachukwu / AFP

Uma das grandes histórias do início de temporada da NBA era a parceria entre Damian Lillard e Giannis Antetokounmpo. Os resultados do Milwaukee Bucks em quadra, por enquanto, são muito instáveis. O recorde da equipe pode até parecer bom, mas o jogo apresentado causa dúvidas. Mas como tem sido a relação entre os dois astros no dia a dia? O armador define isso como um trabalho em andamento.

“Nós temos uma boa relação e conversamos sempre. Mas as pessoas precisam entender que isso é um processo. É um sentimento que cresceu com o tempo e acho que Giannis diria a mesma coisa. No entanto, como somos astros que atuam juntos, todos achavam que deveria ser automático. A verdade é que não vamos ser melhores amigos em três semanas”, admitiu o veterano, em entrevista à revista Sports Illustrated.

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Todos sabem que realmente não viramos amigos de alguém de um dia para o outro. É um laço que exige tempo e confiança, antes de tudo. Especialmente, quando estamos falando de antigos adversários. Os torcedores esperam uma conexão automática, mas não é bem assim. Lillard reconhece que ainda não está nesse estágio de relação com Antetokounmpo.

“Amizades levam tempo para serem construídas, pois você precisa conhecer quem é a outra pessoa. Quando eu fizer algo que não gostar, qual vai ser a sua resposta? Se eu tiver problemas, como você vai reagir? Amigos, para resumir, são isso. Eles se apoiam e, mais do que isso, acreditam uns nos outros. É assim que um relacionamento se desenvolve”, explicou o ídolo do Portland Trail Blazers.

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Abaixo das expectativas

Mas não é só a relação pessoal entre Damian Lillard e Giannis Antetokounmpo que ainda não está perfeita. O time dentro de quadra, por enquanto, passa longe de estar afinado como muitos projetavam. Tanto que a franquia até já trocou de técnico, “desistindo” de Adrian Griffin após menos de 50 jogos. O armador não esconde que a equipe está abaixo de suas expectativas no início da campanha.

“Para ser sincero, eu pensei que nós seríamos o que Boston é agora. Mas eu acho que o que aprendi é que algumas coisas levam tempo – em especial, aquelas que nos trazem grandes recompensas. Nem tudo vai ser um mar de rosas porque há altos e baixos. Já tivemos uma troca de técnico, por exemplo. Ainda estou tentando entender quem sou nesse time”, avaliou o experiente craque.

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O Bucks já disputou 59 jogos e está bem vivo na disputa pela segunda posição do Leste. Então, a situação não é alarmante. O grande problema é que o time de Wisconsin não tem uma boa campanha na temporada regular como objetivo. Para resumir, tudo gira em torno de conquistar o título. Independentemente das visões e opiniões externas, Lillard acredita que Milwaukee pode ser campeão em 2024.

“Eu aprendi também que as pessoas não assistem aos jogos. Só olham para o boxscore, os melhores momentos e o que falam por aí. Assim, tiram as suas conclusões. Mas nós tivemos ótimos momentos. O problema é que não foram o bastante, pois tem sido uma temporada desafiante. Esses momentos, no entanto, deixam-me confiante de que nós podemos vencer nesse ano”, afirmou o atleta de 33 anos.

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Solidão

Para qualquer pessoa, é difícil ser produtivo no trabalho quando não se está feliz. E, com Lillard, isso também pode ser uma questão. Ele foi sozinho para Milwaukee, pois preferiu deixar a família no Oregon. Afinal, a esposa, pais e filhos já estão habituados a viver em Portland. O astro admite que a solidão é um problema em sua vida depois de mudar-se para jogar no Bucks.

“Eu tinha uma vida bem estruturada em Portland. A minha mãe morava descendo a rua, enquanto as crianças estudavam na escola da esquina. Os meus irmãos estavam a uns metros de distância de casa. Era uma situação perfeita, então abandonar isso foi difícil. Ficar longe dos meus filhos, em particular, é duro demais. Sinto-me solitário, pois sou um cara muito família”, desabafou o titular de Milwaukee.

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Apesar disso, Lillard não reclama da situação em que se encontra. A escolha, afinal, foi sua – e ele precisa encarar as consequências. “A minha vida resume-se a ir aos treinos, voltar para casa, jogar videogame, assistir a lutas de boxe e por aí vai. Aliás, para ser sincero, não tenho uma vida aqui. Mas é assim que deve ser: um homem precisa lidar com as decisões que toma”, sentenciou.

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Fazer funcionar

Mas não adianta: estar solitário pode fazer produzir menos, mas não o isenta de ter que trabalhar. Damian Lillard, por isso, precisa aprimorar o entrosamento dentro e fora de quadra com Giannis Antetokounmpo. Ele sabe que vai existir muita pressão em cima de ambos. Mesmo as melhores duplas da liga, no entanto, tiveram que passar por um período de adaptação.

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“Eu sempre uso Nikola Jokic e Jamal Murray como exemplos. Eles estão em perfeita sintonia, mas já jogam juntos há seis ou sete anos. Tudo flui de forma natural entre os dois. No início da parceria, no entanto, eles tiveram problemas. Quando um brilhava, o outro perdia espaço. Assim que encontraram um equilíbrio, a equipe avançou e foram campeões juntos”, explicou o astro.

Entre tantas incertezas, Lillard consegue garantir uma coisa: ambos estão totalmente dedicados a fazer a parceria funcionar. “Nós ainda estamos no processo de construção de uma relação. Mas, obviamente, nós conversamos todos os dias. Nos damos bem e estamos tranquilos. Além disso, o mais importante é que ambos queremos fazer com que isso funcione”, concluiu.

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