Damian Lillard escreveu história na NBA com o seu talento, mãos e arremessos na noite desse domingo. O ídolo do Portland Trail Blazers, afinal, anotou incríveis 71 pontos na vitória da equipe contra o Houston Rockets. Ele tornou-se o oitavo jogador, com isso, a quebrar a marca dos 70 pontos em uma partida na liga em todos os tempos. O time do Oregon venceu o duelo por 131 a 114.
“Eu não entrei em quadra pensando em anotar 70 pontos. Estava jogando, antes de tudo, para mantermos a liderança. Faço o meu trabalho em prol da equipe e pontuo pelas razões certas. Além disso, várias pessoas já viram o que acontece antes de jogos assim. Isso significa muito para mim, pois trabalho bastante para ter esse nível de atuação”, celebrou o veterano, depois da partida.
Lillard converteu 22 de 38 arremessos de quadra no triunfo, para começar. Foram 13 cestas de três pontos, a segunda maior marca da história da NBA. Além disso, ele também acertou os 14 lances livres cobrados. Tudo isso, aliás, cometendo só dois desperdícios de posse e nenhuma falta. O treinador Chauncey Billups crê ter sido testemunha de uma das melhores atuações ofensivas da história.
“Essa atuação foi uma peça de arte por causa da forma como Damian manteve a defesa indecisa. Quando tentaram ser agressivos, ele ‘cavou’ faltas. Mas, quando foram mais cautelosos, ele aproveitou o espaço para arremessar. Os seus passes saíram fáceis depois de dobrarem a marcação. Foi, em síntese, um desempenho maravilhoso. Obra de arte”, resumiu o ex-armador.
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Recordes
A performance histórica de Lillard envolveu, obviamente, uma série de recordes e marcas importantes. Em primeiro lugar, esses 71 pontos são a nova maior marca pessoal do astro e da história do Blazers. Tornou-se, ademais, o primeiro atleta a ter uma atuação de 70 pontos com menos de 40 minutos e mais de dez cestas de três pontos. O desempenho trouxe um misto de simbologias para o armador.
“Uma atuação assim tem diferentes significados para cada um. No entanto, para mim, é uma validação de tudo o que vem antes. O trabalho, as dificuldades, os bons e maus momentos. É sobre uma grande noite de um jogador e, ao mesmo tempo, o impacto que causa no time. Pode significar coisas diferentes para as pessoas, assim como uma obra de arte”, refletiu o veterano.
Mas não para por aí. Damian Lillard isolou-se ainda como o terceiro atleta com mais atuações de 60 ou mais pontos na história da NBA. Foi o seu quinto registro e, com isso, quebrou um empate com ninguém mais do que Michael Jordan. Kobe Bryant (seis) e Wilt Chamberlain (61) são os únicos que seguem acima dele. Por fim, aos 32 anos, passa a ser o jogador mais velho a ter uma performance de 70 pontos.
“Damian não foi eleito um dos 75 melhores jogadores da história da liga por acaso. Ele fez o que grandes jogadores e líderes fazem, em síntese. E, certamente, ainda vai fazê-lo por muito tempo. Você tem que, às vezes, bater no peito e mostrar do que é capaz. Então, ele provou como esse momento é importante para si através de ações. Por meio desse desempenho”, exaltou Billups.
Defesa
Como parar, afinal, um jogador em uma noite de 71 pontos? A resposta provável é que simplesmente não existe forma. É verdade que o Rockets não possui uma das melhores defesas da liga, mas, dentro do possível, eles tentaram travar o craque. Os texanos lançaram, por exemplo, diferentes tipos de marcação e jogadores. Lillard, no entanto, era um homem com uma missão.
“Eu fui bem agressivo no primeiro tempo e, por isso, eles começaram a tentar usar diferentes abordagens defensivas contra mim. Mas estava resolvido a atacar não importa o que viesse. Então, no segundo tempo, nem tinha passado do meio da quadra e já tinha um cara na minha cola”, contou o ídolo, que ainda pegou seis rebotes e distribuiu seis assistências.
O técnico do Rockets, Stephen Silas, isentou os seus comandados pelo rendimento histórico do oponente. Não se trata de quanto a defesa foi capaz de fazer, mas sim de um jogador ofensivo em estado de graça. “Eu não acho que o problema tenha sido falta de esforço da nossa parte, pois Damian acertou arremessos realmente complicados”, reconheceu o treinador.
Antidoping
A atuação que entra para a história da NBA, além disso, levantou suspeitas sobre Damian Lillard. Ou algo assim. Afinal, a liga selecionou-se para realizar um teste antidoping depois da partida. Foi a primeira vez que foi submetido a isso, em um dia dos mais sugestivos. Ele não se importou em fazer o exame, mas foi onde encontrou o marcador que mais temeu na noite: a agulha.
“Realizei um teste de urina hoje, mas quiseram fazer um tipo de contraprova após o jogo. É a primeira vez que passo por isso, aliás. Não gosto muito porque tenho medo de agulhas. As pessoas veem que tenho várias tatuagens e não imaginam isso. Um exame de sangue, no entanto, é bem diferente de fazer uma tatuagem, né?”, concluiu o astro do Blazers, aos risos.
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