A vitória do Milwaukee Bucks contra o Portland Trail Blazers teve um significado especial para Damian Lillard. Após mais de uma década de história, foi a primeira vez que o armador enfrentou a sua ex-equipe. Foram mais de 800 jogos disputados, para resumir, que o tornaram um ídolo do time do Oregon. Então, foi impossível conter os sentimentos conflitantes trazidos por essa experiência inédita na carreira.
“Assim que entrei em quadra, eu vi muitos rostos familiares. Até pensei em aparecer no vestiário dos visitantes por um segundo e dar um oi, mas voltei atrás. Eu achei que era melhor assim, pois é uma situação diferente agora. Foi estranho quando vi todos dentro de quadra. Foi um sentimento estranho, certamente. Mas, quando a bola subiu, entrei no ritmo rápido e passou”, contou o veterano, após o triunfo por 108 a 102.
A reação pouco empolgada de Lillard tem motivo: a sua saída não foi amigável e esteve envolta de polêmicas. Em primeiro lugar, ele tentou forçar – sem sucesso – uma troca para o Miami Heat. A sua solicitação não seria atendida, o que causou um mal-estar. Além disso, o elenco passou por várias mudanças como o começo da reconstrução do time. Com isso, só cinco atletas que atuaram com o armador ainda seguem lá.
“Eu pensei que ficaria mais ansioso, mas não foi bem assim. Acho que vou ter o choque mesmo quando voltar a Portland. Assim que entrar no ginásio, por exemplo, todas as lembranças vão voltar. Afinal, foram 11 anos. No entanto, hoje, parece mais com um jogo contra vários jogadores com quem já joguei um dia. Isso acontece muito nessa liga”, refletiu um dos maiores jogadores da história da franquia.
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De virada
A vitória de Damian Lillard no reencontro com o Blazers, no entanto, teve uma dose de dramaticidade. Boa dose, aliás. O Bucks chegou a estar perdendo por (surpreendentes) 26 pontos de diferença para o antepenúltimo colocado do Oeste no terceiro quarto. Foi atrás da vitória, em seguida, emplacando a maior virada da temporada até agora. Para Giannis Antetokounmpo, apesar da reação, o time flertou com o perigo.
“Às vezes, eu sinto que deixamos as coisas difíceis para nós mesmos. Portland tem uma boa equipe jovem que compete duro, mas a gente se complicou no jogo. Não podemos começar uma partida desse jeito, deixar que abram 26 pontos e, então, correr atrás. É uma rotina que desgasta os nossos corpos. Precisamos rever isso, mas, no fim das contas, estou feliz pela vitória”, avaliou o duas vezes MVP da liga.
A virada pode não ter sido chocante, a julgar pela grande diferença entre as equipes, mas possui tons históricos. Foi a segunda maior virada do Bucks no segundo tempo de um jogo nos últimos 25 anos. Só ficou atrás de uma vitória sobre o Chicago Bulls em novembro de 2012. Na época, o time contornou uma desvantagem de 27 pontos. Bobby Portis exaltou, acima de tudo, o poder de reação do elenco.
“O nosso time deu uma mostra de resiliência, pois seguimos lutando quando tudo dava errado. Estávamos errando bandejas, bolas embaixo da cesta, cometendo erros bobos. Mas pudemos ver os vídeos de alguns desses lances no intervalo e, assim, corrigir. Os arremessos caindo ou não, afinal, a gente sempre precisa atuar com esforço e energia”, elogiou o experiente ala-pivô.
Parceiros
O Bucks teve um bom sinal na vitória contra o Blazers no rendimento de Damian Lillard e Antetokounmpo juntos. Ambos marcaram 30 pontos pela segunda partida seguida. Tornou-se, assim, a primeira dupla a fazê-lo em Milwaukee desde 1978. Além disso, Lillard tornou-se o 15o jogador da história da liga a anotar 30 pontos contra todas as 30 franquias ao menos uma vez.
“Com o passar do tempo, nós vamos entrosar e entender o jogo um do outro cada vez mais. Não temos uma parceria perfeita, por enquanto. Mas eu realmente acredito que estamos chegando próximos disso. Damian precisa ser Damian, enquanto eu preciso ser eu mesmo também. E, a hora que acontecer, vai ser ainda mais assustador para o resto da liga”, avisou o craque grego.
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