Fonte: Chris Schwegler / AFPEles estão de volta. Após um ano ruim, o Golden State Warriors já pode se credenciar como candidato ao título da NBA. E de novo, né? Como se não bastassem os quatro campeonatos desde 2015, o time californiano já está jogando em grande nível.
Um dos maiores problemas do Warriors (entre outros) na última temporada era o comportamento fora de casa. Foram apenas 11 vitórias em 41 jogos quando o time atuou longe de San Francisco em 2022/23. Ou seja, um aproveitamento de apenas 26.8%. Mas na atual campanha, parece que tudo mudou. E para melhor (menos para as outras equipes).
Dos nove primeiros jogos de 2023/24, sete foram fora de casa. O Warriors venceu cinco deles e já dá um choque de realidade no resto da NBA. Sim, o time está muito melhor na nova temporada.
É assustador, claro. Para as equipes que achavam que iriam se livrar do maior vencedor dos últimos tempos, o resultado é bem preciso. Então, todos os adversários já olham para o time californiano como uma pedra no sapato. E não é por menos.
Para ter uma ideia, o Warriors não contou com Draymond Green em três partidas da atual campanha da NBA. O resultado? Duas derrotas. Primeiro, na estreia diante do Phoenix Suns. Depois, contra os atuais campeões, o Denver Nuggets.
Aliás, é algo comum para a franquia. Se Green não joga, as chances de vitória despencam. Na última temporada, por exemplo, foram nove partidas sem ele e o time só venceu três. Ano a ano é assim.
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Apesar de estar muito cedo, é possível colocar o Warriors como um candidato ao título da NBA pelo que acontece hoje. E é claro, com uma temporada muito longa, lesões acontecem e o que acontece hoje pode ser bem diferente do que a partir de abril. Mas os números “abraçam” a ideia.
Na última temporada, o time tinha o pior índice de erros de ataque de toda a liga. Eram 16.3 desperdícios de bola por partida, mas agora está em 13.9 e é o nono. Ou seja, a evolução aconteceu por alguns motivos e, entre eles, está o veterano Chris Paul.
É claro que Paul não é mais aquele All-Star que você acompanhou por toda a carreira. Afinal, aos 38 anos, ele foi para o banco de reservas pela primeira vez. Mas o armador faz o Warriors cometer menos erros de ataque e ser muito mais competitivo fora de casa na NBA.
E se pensarmos que ele tem uma média de incrível 0.8 turnover e distribui 7.3 assistências, quer dizer que a equipe está em condições reais de brigar. Não é uma conta difícil de fazer, sabe? Ele realmente faz a diferença, mesmo vindo do banco.
Defesa
A defesa do Warriors sempre foi um trunfo na luta pelo título. No entanto, o time ainda comete muitas falhas. Mas parte disso está na falta de jogadores grandes no garrafão e sobra tudo para Kevon Looney. Draymond Green ajuda, mas quando ele e Looney não estão em quadra, é um sufoco.
Bem, era.
De acordo com os próprios jogadores do Warriors, o calouro Trayce Jackson-Davis fez um grande trabalho diante do Nuggets. Foi como um “teste de fogo”, mas ele passou. O quanto isso vai influenciar no resto da campanha, ainda não dá para saber. Mas o fato é que o próprio Green pediu ao técnico Steve Kerr para ter o novato no time principal.
Então, a ideia é ceder menos rebotes ofensivos. Até o momento, o time é apenas o 22° no quesito. Mas mesmo assim, a equipe permite somente 12.6 pontos em segundas chances, a sétima melhor da liga.
Enquanto isso, o Warriors permite poucos pontos após os erros de ataque em toda a NBA. De novo, ponto para Chris Paul por isso.
Hoje, são somente 14.4 pontos por partida dos adversários após turnovers. Dá para entender que existe algo acontecendo ali. Apesar de todos os problemas, só o Chicago Bulls leva menos pontos assim. Mas isso é papo para outro dia.
Com a entrada de Jackson-Davis na rotação, é possível melhorar um fundamento: os pontos que o time sofre dentro do garrafão. Embora não seja um absurdo, o Warriors leva 48.2 pontos por jogo na área pintada.
O ataque
Bem, o Warriors tem a sétima melhor eficiência ofensiva da NBA, mas isso não coloca o time como um candidato ao título por si só. Existem alguns problemas no momento, como o aproveitamento de Andrew Wiggins no perímetro (15%), por exemplo. No entanto, Chris Paul não está nada melhor, com 15.2%. Jonathan Kuminga faz apenas 22.2%, enquanto Klay Thompson vem com 35%.
Thompson está longe de seu aproveitamento usual. Em sua carreira, o camisa 11 acertou 41.5%. Então, sim, é um problema. Se pensar que ele só teve, até aqui, uma temporada abaixo dos 40% e mesmo assim foi 38.5%, o que ele faz hoje é muito abaixo do que se espera. Assim, sua extensão não fica mais fácil.
Enquanto Stephen Curry converte 47.3% do perímetro, como time, o Warriors faz 35.8%, o 17° de toda a NBA. É pouco, pois desde 2012/13, o primeiro ano do astro, a equipe só não ficou entre as dez melhores no quesito em uma temporada, a que ele perdeu quase toda por lesão.
Então, o caminho para seguir como candidato para mais um título da NBA para o Warriors pode começar justamente por aqui.
A bola de três precisa cair.
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