Cotado para o primeiro lugar do Draft, Jabari Smith tem início terrível na NBA

Terceira escolha no Draft da NBA, o ala-pivô Jabari Smith tem sido uma decepção

Jabari Smith draft NBA Fonte: Logan Riely / AFP

O ala-pivô Jabari Smith deixou claro que não gostou de ver seu nome apenas na terceira posição no Draft da NBA, mas ainda não provou o contrário. Embora ele tenha sido um dos destaques de Auburn em seu único ano de basquete universitário, suas performances pelo Houston Rockets são questionáveis. No entanto, existe muito espaço para melhorar.

Smith atuou em 15 das 16 partidas do Rockets em 2022/23 e, destas, ele fez dez pontos ou menos em nove. Mas o que mais assusta até o momento é o aproveitamento nos arremessos. Ele saiu de Auburn com 42% em três pontos, mas faz apenas 29.9% em Houston. Nos lances de quadra, então, não passam de terríveis 31.3%.

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Apesar de seus números estarem abaixo do que se esperava, o atleta acredita que a fase pode melhorar nas próximas semanas.

“Tem sido legal. Eu tenho pessoas ao meu lado, como técnicos, todo mundo me ajudando a aprender como se joga na NBA, aprender o sistema e ter meu ritmo”, afirmou. “Mas vem sendo bom. Eu sei que não joguei bem no começo, mas eu não ia querer tudo isso de outra forma”.

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Apenas como comparação, Jabari Smith enfrentou o Orlando Magic de Paolo Banchero, primeira escolha do Draft, no primeiro encontro deles na NBA. Enquanto Smith registrou três pontos e um rebote em 22 minutos, Banchero somou 30 pontos, seis rebotes e converteu 12 dos 14 lances livres em 36 minutos.

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No entanto, Banchero elogiou o jogador de Houston após aquela partida.

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“Smith é um grande arremessador. Você não consegue ensinar algumas coisas que ele pode fazer quando o assunto é fazer cestas”, disse o atleta do Magic. “Mas ele ainda é um jogador que conversa muito durante o jogo. Ele não está lá apenas jogando. Enquanto está em quadra, ele fala com seus colegas e tenta ser um líder. Defensivamente, ele é muito ativo com as mãos. Então, estamos falando de um jogador completo nos dois lados da quadra e ele é muito grande”.

Previsível

De acordo com o jornalista Morten Stig Jensen, do site Sports Illustrated, o baixo aproveitamento nos arremessos tem uma explicação: Jabari Smith é previsível demais no ataque.

Boa parte de suas cestas acontecem quando ele recebe o passe de alguém e arremessa (54.2% nos arremessos de dois tiveram uma assistência e 76.9% nos de três). Ou seja, o sistema do Rockets faz com que ele seja utilizado como o autêntico ala-pivô que espaça a quadra. Então, não há muito espaço para ele criar seu próprio lance. Quando arrisca de média distância, é pior ainda (25%).

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Mas existem lugares onde ele é eficiente. Nos cantos da quadra, por exemplo, Smith acerta 35.7% dos arremessos. O problema é que ele pouco tenta dali (apenas 16.1%).

Então, perto da cesta, Smith é praticamente um visitante esporádico. Embora seja o seu melhor aproveitamento (46.2%), apenas 8.1% de seus arremessos acontecem ali.

Outro problema, talvez, seja o fato de o Rockets utilizar o turco Alperen Sengun mais próximo do aro. Enquanto Smith quase não fica no garrafão, o pivô arremessa 37.2% das vezes a cerca de um metro da cesta. Existe um contraste nítido entre os dois.

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Na defesa, entretanto, a situação não fica muito melhor. Smith tem um defensive rating de 115.1, enquanto Sengun possui 113.2.

O Rockets, como time, não ajuda no quesito. Até o momento, a equipe tem a quarta pior defesa da temporada. Portanto, Smith apenas faz parte de um grupo que não consegue defender com consistência.

Adaptação

É natural que um jogador, quando entra na liga, precise de tempo para se adaptar ao estilo de jogo. Sim, Jabari Smith, apesar de ter sido a terceira escolha do Draft, não é um produto pronto para a NBA. Aliás, são raros os casos em que atletas chegam prontos. Com Smith, não é diferente. Ele precisa aprender muitos fundamentos que poderia adquirir no basquete universitário, mas toda a hype fez com que ele ficasse lá por apenas um ano.

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É o caminho mais fácil, de qualquer forma. Jogar por uma universidade deve ser legal, tem uma atmosfera diferente, mas quem ficaria mais um ano se, em sua primeira temporada, recebesse quase US$9 milhões?

Os primeiros anos de NBA são de aprendizado, entender como se joga, como agir em relação aos árbitros. Os jogadores que ele vai enfrentar são mais fortes, mais altos e mais pesados do que ele estava acostumado. São muitas diferenças que, às vezes, um leva mais tempo que outro para se adaptar.

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E é preciso levar em consideração o fato de que o Rockets não é um time pronto para brigar por melhores posições na tabela. A filosofia da equipe, no momento, é de reconstrução a partir do recrutamento. Então, não tem como cobrar tanto assim.

Banchero, por outro lado, joga em um elenco mais pronto. É normal a comparação, mas o Magic, mesmo sem um armador de origem em boa parte da atual campanha, conta com bons passadores, o que não é o caso de Houston.

Corrida para o prêmio de melhor novato

De acordo com o jornalista Steve Aschburner, do site oficial da NBA, Jabari Smith, terceiro no Draft, é o quinto colocado. Não é ruim, mas não é o que o atleta deseja.

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Por enquanto, o ala Bennedict Mathurin ocupa o primeiro lugar, com Jaden Ivey em segundo. Até pelas partidas que não atuou recentemente (lesão no tornozelo esquerdo), Banchero caiu para o terceiro e Keegan Murray aparece em quarto.

A tendência é que Smith melhore nas próximas semanas, com mais adaptação e sem tanta pressão. Mas, até aqui, ele decepciona.

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