Corrida para o MVP da temporada da NBA (10/12/2023)

Jumper Brasil apresenta análise quinzenal da disputa pelo prêmio individual mais importante da liga

mvp temporada nba 10 Fonte: Zach Beeker / AFP

Quem vai levar o prêmio individual mais importante da liga em 2024? O Jumper Brasil não só vai noticiar tudo sobre essa disputa, mas também analisar quem deve ganhar. Esta é a edição de 10/12 do nosso acompanhamento da corrida para o troféu de MVP da temporada da NBA. Trata-se de um post quinzenal com a nossa visão sobre os principais candidatos à honraria.

Vale lembrar que a nossa intenção não é termos só uma lista. O nosso TOP 10, em síntese, é uma porta de entrada para um conteúdo bem maior. Vamos apresentar declarações, dados, estatísticas e/ou curiosidades em conjunto com esses nomes. Ou seja, a postagem vai ser um meio de combinarmos opinião e informação para os nossos leitores.

Publicidade

Então, concorde ou discorde de jogadores e posições, você sempre vai encontrar algo a mais nesse espaço. Porque nós poderíamos publicar um simples ranking em qualquer rede social. Além disso, geralmente, adivinhar quem vai vencer o prêmio depois da última partida da temporada é fácil.

Se tiver sugestões de como podemos enriquecer esse conteúdo ainda mais, aliás, pode falar. Nós queremos saber, pois o objetivo é trazer o mais completo acompanhamento da corrida pelo troféu Michael Jordan.

Leia mais sobre Kevin Durant

Então, lá vamos nós: essa é a edição de 10/12 do acompanhamento da corrida do MVP da temporada da NBA do Jumper Brasil!

Publicidade

 

10. De’Aaron Fox (Sacramento Kings)

Edição anterior: não ranqueado

Médias na temporada: 30,5 pontos (47,8% FG), 4,7 rebotes, 6,5 assistências e 1,5 roubos de bola

Já comentei nessa coluna como o desempenho defensivo costuma ter pouca participação na escolha do MVP da temporada. Aliás, possui menos peso do que deveria na avaliação sobre os astros da liga em geral. De’Aaron Fox, por exemplo, é um desses atletas que nunca foram conhecidos por seu poder de marcação. No entanto, existe um fenômeno digno de nota acontecendo com o líder do Kings até agora.

Publicidade

A equipe tem sido melhor defensivamente, pela primeira vez em cinco anos, enquanto o armador está em quadra na atual temporada. Sacramento toma 113,7 pontos por 100 posses de bola em sua presença. Por outro lado, quando ele acompanha de fora, cede 114,2 pontos. A diferença pode até ser tímida, mas emblemática. Na última campanha, esse saldo do craque havia sido de -6,6 pontos.

Fox, além disso, é o quinto jogador com mais passes desviados nessa temporada (3,4). É um quesito em que nunca esteve no TOP 15 na carreira. “Se você quiser entender o que é um atleta two-way, então veja o segundo tempo de De’Aaron contra o Warriors. Ele oscilava entre marcar Klay Thompson, Stephen Curry e até Draymond Green. Estava em todo lugar. Essa é a definição do two-way”, cravou o técnico Mike Brown.

Publicidade

 

9. Kevin Durant (Phoenix Suns)

Semana anterior: não ranqueado

Médias na temporada: 31,0 pontos (52,1% FG, 50% 3pt.), 6,5 rebotes, 5,7 assistências e 1,2 tocos

Afinal, a trinca de astros do Suns vai conseguir atuar junta na temporada? Dá para dizer que não é por causa de Kevin Durant que não aconteceu ainda. Ele disputou 19 das 21 partidas da campanha do Suns, enquanto Devin Booker e Bradley Beal somam só 15. E, até por isso, o ataque do Suns respira no fôlego da sua única referência que esteve consistentemente em quadra até agora.

Publicidade

O time do Arizona é simplesmente 11,3 pontos por 100 posses de bola mais produtivo no ataque com o ala em quadra. Destrinchar esse dado, no entanto, evidencia mais o impacto de sua ausência do que presença. Phoenix registra uma eficiência ofensiva de 107,5 pontos com o pontuador fora de quadra. É o índice mais baixo (com folgas) do elenco e mais de nove pontos abaixo da média da equipe na temporada.

Durant possui a sua terceira maior marca de assistências na carreira nessa temporada. Mas o maior impacto está em sua capacidade de pontuar: são 31,0 pontos por partida, convertendo mais de 50% dos seus arremessos pelo 12o ano seguido. “A nossa equipe cria boas oportunidades, mas, de qualquer forma, eu nunca sinto que estou sem ritmo para arremessar. Só não acerto tudo em alguns dias”, naturalizou o craque.

Publicidade

 

8. Anthony Edwards (Minnesota Timberwolves)

Semana anterior: 5o lugar

Médias na temporada: 24,4 pontos (37,8% 3pt.), 5,6 rebotes, 4,8 assistências e 1,2 roubos de bola

Ser a referência de um time de basquete, a princípio, passa por ter mais a bola em suas mãos. Mas as posses também vêm com um paradoxo, pois ter a bola significa distribui-la mais. Você pode criar mais para si mesmo, mas, ao mesmo tempo, ganha uma maior responsabilidade na criação para outros. A carreira de Anthony Edwards é um bom exemplo dessa trajetória acompanhada da evolução do jogador.

Publicidade

Ele vem registrando a maior média de assistências da carreira no momento (4,8), mas esse não é um movimento isolado. É parte de uma crescente. O seu índice de passes decisivos, afinal, já aumenta consistentemente desde a temporada de novato. E não é isso apenas. Todas as métricas mais importantes relacionadas a passes estão em um crescimento, mas uma específica é a que mais chama a atenção.

Até agora, Edwards registra a maior média de passes distribuídos (44,9) e assistências potenciais (8,1) da carreira nessa temporada. O maior aumento, no entanto, aparece quando falamos em pontos criados a partir de assistências. O jovem astro tem 14,2 pontos por partida gerados por seus passes. Desde o início da carreira, por exemplo, esse índice só oscilou entre 8,0 e 11,5.

Publicidade

 

Leia mais sobre Anthony Edwards

 

Publicidade

7. Jayson Tatum (Boston Celtics)

Semana anterior: 4o lugar

Médias na temporada: 27,5 pontos (49,6% FG), 8,7 rebotes e 4,2 assistências

Na última semana, Jayson Tatum recebeu o prêmio de melhor jogador mensal do Leste pela terceira vez na carreira. É uma honraria que já teve mais prestígio na liga, mas, ao mesmo tempo, mantém um significado subestimado. Carrega, afinal, a missão de achar o equilíbrio lógico entre o desempenho individual e recorde coletivo. Pode não parecer, mas é uma mini votação de MVP da temporada a cada mês.

Publicidade

“Na NBA, existem elencos que são construídos para promover o sucesso de um atleta ou individualidade. Jayson, nesse sentido, realiza um grande trabalho balanceando coletivo e pessoal. Diria subestimado, aliás. É um cara que anota 28 pontos, oito rebotes e cinco assistências por noite. No entanto, sempre joga para o time. É um trabalho bem difícil e, por isso, não acho que ele receba o devido crédito”, elogiou o técnico Joe Mazzulla.

O Celtics, certamente, não é uma equipe montada para Tatum. Ele nem é o único astro da franquia, para começar. Para o treinador, o ala alcançou um balanço muito raro. “Às vezes, a gente fala que alguém é o melhor jogador do melhor time da NBA quase como um demérito. Pois acho que Jayson deveria estar mais nas discussões de MVP por isso. Traz valor como superastro e atleta de grupo, o que é duríssimo de balancear”, concluiu.

Publicidade

 

6. Tyrese Haliburton (Indiana Pacers)

Semana anterior: 7o lugar

Médias na temporada: 26,9 pontos (52,5% FG, 44,1% 3pt.), 4,2 rebotes e 12,1 assistências

Tyrese Haliburton, certamente, foi um dos principais nomes da NBA nos últimos dias. Afinal, as suas espetaculares atuações levaram o Pacers à improvável final da Copa da NBA. Só o vice-campeonato, aliás, pode explicar não ter sido o MVP da competição. Já estamos cansados de falar que ele comanda o ataque mais eficiente da liga. Mas, entre tantas coisas, o que impulsiona esse dado é a eficácia operando em pick-and-rolls.

Publicidade

Existem 46 jogadores na temporada que possuem média de 5,0 posses por partida como condutor em P&R. O armador, a princípio, é só o oitavo com o maior volume entre todos (9,8). Mas ele lidera esse grupo de quase 50 caras com absurdos 1,27 pontos por posse nesse tipo de jogada. Para se ter uma ideia da excepcionalidade desse número, só o líder do Pacers e De’Aaron Fox produzem mais de 1,1 pontos por posse.

No entanto, mesmo entre os dois, há uma diferença essencial. Os números de Fox nesse quesito, como habitual, ganham força pelo volume insano em que vai à linha dos lances livres a partir de P&R. Haliburton, por exemplo, vai quase metade das vezes para os LLs do astro do Kings. Ou seja, a sua pontuação exige mais trabalho e é mais difícil.

Publicidade

 

5. Giannis Antetokounmpo (Milwaukee Bucks)

Semana anterior: 8o lugar

Médias na temporada: 30,5 pontos (61,4% FG), 10,6 rebotes, 5,0 assistências e 1,4 roubos de bola

Todos sabem que, em síntese, Giannis Antetokounmpo é um legítimo “trator” quando agride a cesta. É muito alto, rápido, longo e forte. Tudo ao mesmo tempo e pronto para atacar o tempo inteiro. Por isso, os seus números nesse tipo de jogada exibem um nível de produção único. O ídolo do Bucks é só o 12o atleta com maior média de drives nessa temporada, mas, mesmo assim, é o terceiro que mais pontua nesses lances.

Publicidade

O ala grego anota 12,3 pontos em só 15,3 ataques por partida. Os seus 0,80 pontos por drive, com isso, só ficam atrás da produção de De’Aaron Fox (0,82) na temporada até agora. E, aliás, existe um detalhe em comum entre ambos. O índice do europeu, assim como o do armador do Kings, é impulsionado pelo alto volume de faltas que cava. Antetokounmpo sofre faltas em 10,9% dos seus drives.

“Quando você enfrenta um cara tão grande com esse tipo de mobilidade e rapidez, a sua noite vai ser longa. Afinal, é bem difícil marcá-lo. Ou faz faltas, ou ele invade o garrafão. Então, o que vai fazer? Acho que, além disso, os defensores só percebem quanto espaço ele cobre na primeira posse do jogo. Não dá para fazer muita coisa porque Giannis é o Greek Freak. É uma aberração”, descreveu o novo colega Damian Lillard.

Publicidade

 

 

4. Shai Gilgeous-Alexander (Oklahoma City Thunder)

Semana anterior: 6o lugar

Publicidade

Médias na temporada: 30,5 pontos (54,4% FG, 91,4 LL), 5,6 rebotes, 6,2 assistências e 2,8 roubos de bola

Um dos detalhes mais subestimados da formação de um jogador de elite é a relação com o técnico. Um comandante que saiba comunicar-se com jovens, por exemplo, pode ser a diferença entre ter uma eterna promessa e um superastro em seu elenco. E, até acima da tática, a questão criar um vínculo de confiança. Nesse sentido, o Thunder está bem confortável com a parceria entre Shai Gilgeous-Alexander e Mark Daigneault.

Publicidade

“Mark tem sido, acima de tudo, aberto e honesto com todos aqui desde que assumiu o comando da equipe. Aliás, eu acho que esse é o seu melhor atributo enquanto técnico. Ele importa-se com as pessoas, não só com os atletas. Criamos, como resultado, esse ambiente de confiança mútua. É óbvio que é uma mente brilhante de basquete, mas, mais do que isso, Mark é uma pessoa especial”, elogiou o craque canadense.

Daigneault, por sua vez, garante ser fácil confiar em um atleta que combina talento e comprometimento no nível de Gilgeous-Alexander. “Por melhor e mais maduro que já seja, Shai ainda é um jovem que evolui a cada jogo. Cresceu muito nessa temporada como defensor, por exemplo. Diria que isso passa por sua experiência natural e física. Mas confio em Shai porque, sobretudo, sempre prioriza as vitórias”, elogiou.

Publicidade

 

3. Luka Doncic (Dallas Mavericks)

Semana anterior: 2o lugar

Médias na temporada: 31,9 pontos (48,8% FG, 38,2% 3pt.), 8,4 rebotes, 8,7 assistências e 1,3 roubos de bola

Fazer um triplo-duplo pode parecer algo comum hoje em dia, mas nem por isso é fácil. Então, por mais que pareça trivial, precisamos exaltar quando um recorde é quebrado nesse aspecto. Luka Doncic anotou o seu 60o TD da carreira na vitória contra o Utah Jazz e, assim, superou a lenda Larry Bird na lista histórica. Agora, só oito jogadores possuem mais triplos-duplos na NBA em todos os tempos.

Publicidade

No entanto, essa atuação foi muito mais do que um TD normal. Ele já possuía 29 pontos, dez rebotes e dez assistências no intervalo da partida contra o Jazz. Com isso, tornou-se o sexto atleta da história a anotar um triplo-duplo já no primeiro tempo de um jogo. Os outros jogadores nesse seleto grupo são: Kevin Johnson, Jason Kidd, Russell Westbrook, Nikola Jokic e Domantas Sabonis.

Mas existe uma diferença em relação aos outros seis. Nenhum deles fez um TD com 25 pontos ou mais já nos dois primeiros períodos. Foi a primeira vez em quase oito décadas de história da NBA. “Luka ditou o nosso ritmo convertendo arremesso após arremesso, acertando lance depois de lance. Achei que ele faria uns 50 pontos, 20 rebotes e 20 assistências”, admitiu Tim Hardaway Jr.

Publicidade

 

2. Joel Embiid (Philadelphia 76ers)

Semana anterior: 3o lugar

Médias na temporada: 33,3 pontos (51,0% FG, 87,5% LL), 11,5 rebotes, 6,4 assistências e 1,9 tocos

Sempre comento por aqui que a defesa costuma ser um assunto pouco discutido entre astros da NBA. A discussão, a princípio, quase sempre recai na produção ofensiva. E, como existe o prêmio de melhor defensor da liga, a disputa pelo troféu Michael Jordan privilegia o ataque. Mas isso é injusto. Poucos jogadores de elite da NBA, certamente, são mais prejudicados por esse costume do que Joel Embiid.

Publicidade

O pivô do Sixers é o segundo jogador que mais contesta arremessos por partida na atual temporada (13,8). Isso não é uma surpresa, pois os pivôs são os atletas que dominam a estatística mesmo. No entanto, o mais interessante é a diversidade dos tiros que marca. Ele é um dos quatro nomes que contesta mínimo de seis chutes de dois pontos e três bolas de longa distância por partida. Anthony Davis, Kristaps Porzingis e Evan Mobley são os outros.

A diferença de Embiid dentro do quarteto é que, em síntese, ele impacta mais o índice de acerto dos seus adversários. Os oponentes arremessam mais de 6% abaixo de sua média quando são contestados pelo camaronês. Em seguida, aparecem Mobley (-5,6), Davis (-5,2) e Porzingis (-4,1). Aliás, entre todos os principais contestadores de tiros da liga, o astro do Sixers só tem um impacto menor do que Rudy Gobert (-7,8%).

Publicidade

 

Leia mais sobre Joel Embiid

 

Publicidade

1. Nikola Jokic (Denver Nuggets)

Semana anterior: 1o lugar

Médias na temporada: 28,4 pontos (53,5% FG), 13,0 rebotes e 9,6 assistências

Faltam cinco segundos para o final de uma posse e a jogada “quebrou”, não saiu nada. A reação natural de qualquer time com um superastro, certamente, vai ser procurá-lo para tentar conseguir alguma coisa. Essa é uma das consequências de ser a referência técnica da equipe: acham que você pode tirar um coelho da cartola em qualquer situação. Mas, nessa temporada, Nikola Jokic está praticando um pouco de mágica.

Publicidade

O craque do Nuggets é um dos quatro jogadores da temporada com 1,5 tentativas de dois pontos por partida com quatro ou menos para o fim do relógio de arremesso. Os outros atletas – Kevin Durant, Bam Adebayo e Joel Embiid – não convertem mais de 39% dos seus tiros nessa situação. Enquanto isso, totalmente fora da curva, Jokic aproveita atípicos 55,3% deles. Ou seja, contraria qualquer tipo de lógica.

“Eu adoraria vir aqui e afirmar que tenho uma técnica ou segredo em lances assim. Mas, obviamente, esses não são arremessos normais. Eu só recebo a bola, tento encontrar o espaço que puder e jogo para cima. Aceite o que cair na conta e viva com o resultado”, descreveu o pivô sérvio, ainda em 2021.

Publicidade

 

Assine o canal Jumper Brasil no Youtube

Todas as informações da NBA estão no canal Jumper Brasil. Análises, estatísticas e dicas. Inscreva-se, mas dê o seu like e ative as notificações para não perder nada do nosso conteúdo.

Publicidade

E quer saber tudo o que acontece na melhor liga de basquete do mundo? Portanto, ative as notificações no canto direito de sua tela e não perca nada.

Então, siga o Jumper Brasil em suas redes sociais e discuta conosco o que de melhor acontece na NBA

Últimas Notícias

Comentários