Fonte: MARK BLINCH / AFPO Indiana Pacers fechou a troca pelo astro Pascal Siakam duas semanas antes da trade deadline da NBA. No entanto, diversas equipes tinham interesse no ala-pivô, que atuou por toda a carreira no Toronto Raptors. Mas para a negociação acontecer, muitos detalhes foram resolvidos nos dias anteriores.
Apesar de o Raptors ter certa vantagem para conversar com os times, Pascal Siakam tem um contrato expirante. Ou seja, existia o temor de que a passagem do jogador pela nova equipe fosse meramente um “aluguel”. Assim, ele jogaria apenas até o fim da temporada e, depois, assinaria um acordo com outra franquia.
No entanto, Siakam não queria deixar Toronto. O camaronês iniciou sua carreira pela equipe e, por lá, foi campeão da NBA, ganhou prêmios individuais e foi para o All-Star Game. Além disso, havia o fato de que sem Fred VanVleet, ele era “o cara” no Raptors, apesar de o time ter ainda o jovem Scottie Barnes.
Mas como a diretoria do Raptors estava com medo de acontecer justamente com VanVleet, o presidente Masai Ujiri passou a ouvir propostas de toda a NBA em troca por Pascal Siakam. E com “bons olhos”, pois o medo falava mais alto.
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Existe uma parceria entre Ujiri e Siakam por serem campeões juntos, mas a parte burocrática emperrou a ideia de continuidade. Enquanto o jogador queria valores mais altos, a direção tentava apelar para a parte emocional. Siakam não quis, seu agente recomendou esperar pela agência livre de 2024 e não houve acordo.
Então, a partir do momento em que Pascal Siakam não queria se comprometer por um valor menor, o sinal foi dado. Era o momento de trocar.
Só que não era algo tão simples. Antes, Ujiri queria dar mais uma chance ao elenco do Raptors. Por isso, ele não “implodiu” o grupo na última offseason. Assim, o presidente esperou até onde poderia para não passar por reformulação.
Até depois da troca de OG Anunoby para o Knicks, Pascal Siakam ainda não tinha a garantia que iria sair para outro time da NBA. Ujiri queria, antes de tudo, dar uma nova chance aos jogadores.
Fim da linha
E até parecia que poderia funcionar, mas a lesão do pivô Jakob Poeltl acelerou um processo que estava atrasado. Agora, sim, era o momento.
Mas o Raptors teve a sorte de o valor de Pascal Siakam não despencar em uma eventual troca na NBA. Apesar de o jogador apresentar uma ligeira queda em alguns números para a atual temporada, as equipes sabem do que ele pode oferecer.
Não foi como aconteceu com o Atlanta Hawks, por exemplo. O time rejeitou boas propostas por John Collins, enquanto o atleta foi perdendo prioridade no ataque, seus números caíram e, por fim, seu valor foi ao chão. Então, quando o Hawks finalmente fez a troca, a equipe recebeu “migalhas”.
Entretanto, o que a gente sabe é que Ujiri ainda não terminou de fazer suas trocas. Gary Trent Jr e Dennis Schroder são os próximos.
E como o Indiana Pacers se encaixa na troca de Pascal Siakam?
Aqui existem detalhes dos bastidores.
O Pacers queria receber Pascal Siakam em troca, mas não tinha garantias que seria um “aluguel”, assim como todas as outras 28 equipes da NBA. Então, como poderia funcionar para Indiana “conquistar” o jogador?
Aí entra o fator Tyrese Haliburton.
É verdade que Haliburton foi quem convenceu Bruce Brown a fechar com o Pacers, mas ele teve papel fundamental para Pascal Siakam chegar lá. De acordo com o jornalista Adrian Wojnarowski, da ESPN, o armador conversou com Siakam antes de a troca acontecer.
Haliburton sabia que a diretoria do Pacers precisava de sua ajuda mais uma vez como “recrutador”. Ele disse a Siakam que o time queria muito sua presença, mas que o camaronês faria muita diferença no elenco de Indiana.
O fato de o Pacers ter uma das piores eficiências defensivas na NBA também ajuda. Apesar de o time ter um dos melhores ataques, a defesa não funciona, especialmente no garrafão. Então, seria uma via de mão dupla. Enquanto Siakam o ajudaria tirando um pouco da pressão de seus ombros no ataque, o outro lado da quadra poderia melhorar.
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Então, quando Pascal Siakam deu o “sinal verde” para a troca, já estava tudo decidido. Ele iria para o Pacers, mas ainda faltavam as peças certas.
Mas antes disso, Indiana tentou também OG Anunoby. Como o time não tinha as peças certas que Toronto queria, o ala foi para o New York Knicks. Então, a meta era não perder Siakam.
O Raptors pediu Bennedict Mathurin ou o calouro Jarace Walker. Faria mais sentido para Toronto, que receberia um jovem talento, além de duas escolhas de Draft e outras peças. Quando a direção do Pacers rejeitou a ideia de mandar um dos dois, veio o contrato de Bruce Brown em favor do Pacers.
Para quem não lembra, Brown era agente livre na última offseason e o Pacers tinha muito espaço em sua folha salarial para acomodar seu salário. Mas pensando em uma eventual troca, a diretoria deu a ele um salário de US$45 milhões por dois anos.
Na época, o time de Indiana foi muito criticado. Hoje, nem tanto.
Pascal Siakam faz o Pacers um candidato a que?
Inicialmente, a playoffs, como era antes. E cair na primeira rodada, também, não deixou de ser realidade. Para ir além, o Pacers precisa melhorar muito a defesa. A não ser que uma outra troca aconteça, só Pascal Siakam não vai fazer o time brigar em fases mais agudas dos mata-matas da NBA.
Mas é o início de algo.
O Pacers tem um elenco muito jovem e quer apostar no trio entre Haliburton, Siakam e o pivô Myles Turner para “quebrar” previsões de queda antecipada nos playoffs. E assim, fazer com que o ala-pivô acredite no processo.
Se Siakam acreditar e o Pacers funcionar, as próximas temporadas da equipe serão incríveis.
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