O Jumper Brasil listou algumas curiosidades sobre a NBA que, talvez, você não conhecia ainda. Apesar de a NBA existir há 75 anos, muita coisa é pouco ou nunca citada. Aqui, você fica sabendo delas. Confira.
Veja as curiosidades da NBA
Air Jordan banido
Michael Jordan é tido pela maioria como o melhor jogador de todos os tempos da NBA, mas você sabia que o seu tênis foi banido pela liga? Tudo aconteceu em seu primeiro ano utilizando o Air Jordan. Na época, a NBA determinava que os times da casa usariam tênis brancos, enquanto os visitantes ficavam com os pretos. Mas o primeiro Air Jordan era colorido e a liga baniu o instrumento de trabalho. No entanto, Jordan seguiu utilizando, pagando uma multa de US$5 mil a cada partida que usasse. A Nike bancou tudo e, posteriorente, foi liberado.
Regras diferentes
É óbvio que as regras da NBA mudaram com o tempo, como a inclusão da linha de três pontos, em 1979. Mas, antes de a liga adotar o maior artifício da atualidade, a ABA trouxe a ideia em 1967. Agora, quem era o comissário da ABA na época? O lendário pivô George Mikan, que brilhou no Minneapolis Lakers, fez uma adaptação ao que a ABL tentou utilizar e durou pouco mais de um ano, em 1961.
De acordo com Mikan, a cesta de três pontos era chamada de home run (jogada clássica do beisebol), para enfatizar a importância do acontecimento. Portanto, aquilo era raro.
Agora, algo bizarro. Você pode não acreditar, mas a cada cesta que acontecia (antes, bem antes da NBA), era realizado um jump ball (bola ao alto) no centro da quadra. Imagine isso…
Números diferentes
Reprodução/Twitter
Embora não seja uma das curiosidades sobre NBA, há algumas décadas, jogadores utilizavam um número nos jogos em casa e outro, quando atuavam longe de seus domínios no basquete universitário. Um dos últimos times a fazer isso foi a Universidade de Houston, nos anos 80. Hakeem Olajuwon (na época Akeem), jogava com a 34 nas partidas de casa, enquanto usava a 35 fora. Outro que fez o mesmo foi Clyde Drexler, que utilizava os números 22 e 23. Apesar de serem mais famosos em equipes diferentes na NBA, os dois conquistaram, pelo Houston Rockets, o título de 1995, diante do Orlando Magic.
Paul Pierce foi esfaqueado 11 vezes e jogou todas as partidas daquela temporada
Paul Pierce é um dos grandes nomes da história do Boston Celtics, mas já entrou em muito mais confusão do que você imagina. Embora ele tenha sido demitido da ESPN recentemente por atos pouco convencionais, Pierce só não fazia chover como jogador. Mas ele gostava, também, de problemas. Em setemrbo de 2000, ele foi esfaqueado 11 vezes.
Tudo aconteceu porque ele tentou separar uma briga, mas levou facada nas costas, na pescoço, no rosto e foi para o hospital, graças ao colega Tony Battie. Pierce não só se recuperou, como atuou em todas as 82 partidas de 2000-01. Ele fez 25.3 pontos e 6.4 rebotes naquela campanha horrorosa do Celtics e sequer foi para o Jogo das Estrelas. Pierce fez sua estreia no jogo festivo no ano seguinte, algo que se repetiu por mais nove oportunidades.
Primeiro brasileiro
Daniel Luna/AFP
O primeiro jogador brasileiro a atuar na NBA foi o ex-pivô Rolando Ferreira (esquerda). Ele atuou no Portland Trail Blazers em 12 partidas, sempre vindo do banco de reservas, após dois anos na Universidade de Houston. Rolando foi a vigésima sexta escolha do draft de 1988, mas ficou na liga apenas por uma temporada. Apesar de ele ter sido o primeiro a jogar, Oscar Schmidt foi selecionado no recrutamento quatro anos antes, pelo então New Jersey Nets. No entanto, Oscar preferiu atuar no basquete europeu, pois teria a chance de jogar pela seleção brasileira (jogadores da NBA eram proibidos no basquete FIBA). No total, foram 17 brasileiros na liga, incluindo Pipoka (direita), que fez um jogo pelo Dallas Mavericks em 1992.
Calouro e All Star?
Para quem não sabe, uma das maiores curiosidades sobre a NBA envolve o fato de um calouro atuar no Jogo das Estrelas. Não chega a ser tão raro, mas vamos citar alguns deles. O último a conseguir o feito foi Blake Griffin, então jogador do Los Angeles Clippers, em 2011. Antes dele, porém, não foi LeBron James ou Kevin Durant. Trata-se de Yao Ming, movido pelos votos chineses na internet, em 2003. Tim Duncan foi para o ASG em 1998, enquanto Grant Hill foi em 1995. Shaquille O’Neal, em 1993, já era dominante.
No entanto, aqui tem um caso curioso. Em 1992, Dikembe Mutombo foi para o jogo festivo, mas não foi eleito o calouro do ano. O prêmio daquele ano ficou com Larry Johnson. Michael Jordan e Hakeem Olajuwon (1985), Pat Ewing (1986) e David Robinson (1990), também participaram da partida.
O mais alto e o mais baixo no mesmo time
TONY RANZE/AFP
O Washington Bullets (hoje, Wizards), contou com Manute Bol (jogador mais alto de todos os tempos até então) e Muggsy Bogues (o mais baixo). Isso aconteceu em 1988, mas foi o único ano em que os dois jogaram juntos. Bol, de 2,31 metros, é pai de Bol Bol, do Denver Nuggets. Uma estória contada sobre Manute é que ele teria matado um leão com uma lança. Ele faleceu em 2010, aos 47 anos. Já Bogues, de apenas 1,60 metro, foi brilhante no Charlotte Hornets e é um dos melhores jogadores da franquia em todos os tempos. Ah, a gente já entrevistou ele. Confira aqui.
Oscar Robertson não foi MVP quando teve média de triplo-duplo
Em 1962, atuando em seu segundo ano na NBA, Oscar Robertson obteve média de triplo-duplo. Apesar disso, ele não foi eleito o MVP daquela temporada. Curiosamente, isso só aconteceu em 1964, mas Robertson não conseguiu atingir a média por causa de meros sete rebotes e terminou com 31.4 pontos, 11.0 assistências e 9.9 rebotes. Sua equipe, o Cincinnati Royals, foi a segunda colocada na conferência Leste, porém parou na final de divisão, contra o Boston Celtics. Doze vezes All Star, o Mr Triple Double original foi campeão em 1971, atuando pelo Milwaukee Bucks.
Cinquenta e cinco anos depois, Russell Westbrook obteve média de triplo-duplo e foi eleito MVP de 2017. Apesar disso, o Oklahoma City Thunder foi apenas o sexto colocado da conferência Oeste naquela campanha. Em regra não escrita, a NBA premia o MVP para um jogador de alguma equipe que esteja entre os três primeiros de sua conferência. A última vez em que isso aconteceu foi em 1982, quando Moses Malone, do sexto colocado Houston Rockets, foi o premiado.
Curiosamente, Westbrook conseguiu mais duas temporadas com média de triplo-duplo no Thunder (quarto e sexto lugares, respectivamente), mas não foi eleito. Ele foi o quinto e décimo nas votações daqueles anos. Já na campanha passada, pelo Washington Wizards, o armador obteve a marca mais uma vez, todavia foi apenas o 11° mais votado.
Três irmãos em um mesmo jogo
ANDREW D. BERNSTEIN/AFP
Os irmãos Holiday foram os primeiros a participarem de uma mesma partida. Jrue Holiday, pelo New Orleans Pelicans, enfrentou Justin Holiday e Aaron Holiday, do Indiana Pacers em dezembro de 2019. Os três atuaram, ao mesmo tempo, no fim do terceiro quarto daquela partida, vencida pelo Pelicans. É uma das curiosidades mais recentes sobre a NBA.
Em abril de 2021, os irmãos Antetokounmpo quase conseguiram repetir os Holiday. Giannis e Thanasis entraram em quadra pelo Milwaukee Bucks, enquanto Kostas, do Los Angeles Lakers, jamais saiu do banco. Tudo bem. Pelo menos, valeu a foto.
LeBron James é canhoto
Tyler Ross / AFP
O astro LeBron James, do Los Angeles Lakers, é canhoto, mas arremessa com a mão direita. Embora seja inusitado, James escreve e come com a mão esquerda. LeBron começou a arremessar com a direita para imitar seus ídolos Michael Jordan e Penny Hardaway, destros.
No entanto, ele não é o único. Tristan Thompson, que jogou ao seu lado no Cleveland Cavaliers, começou a carreira na NBA arremessando lances livres com a esquerda, mas mudou para a direita. Não adiantou muito, pois seu aproveitamento é, em 2021-22, ainda mais baixo (51.9%) que no primeiro ano de carreira (55.2%).
Três jogadores com o mesmo sobrenome na mesma partida pelo mesmo time
Se você, agora, sabe que os irmãos Holiday atuaram em uma partida e, depois, os irmãos Antetokounmpo quase fizeram o mesmo, aqui vai algo inusitado. Na última terça-feira, o Dallas Mavericks bateu o Portland Trail Blazers por 132 a 117, mas o que você não sabia é que três jogadores de sobrenome Brown atuaram pelo Mavs. Detalhe: nenhum parentesco entre eles.
Moses Brown fez seis pontos e pegou cinco rebotes em dez minutos, enquanto Sterling Brown produziu cinco pontos em seis minutos. Por fim, Charlie Brown Jr foi te levar daqui zerado em seis minutos. Essa é uma daquelas curiosidades bem fora da curva sobre a NBA.
Wilt Chamberlain é o único calouro a liderar a NBA em pontuação
Quando um calouro faz muito, mas muito barulho em seu primeiro ano na liga, ele anota cerca de 21 pontos por jogo nas últimas temporadas. LeBron James (20.9) e Kevin Durant (20.3) são alguns exemplos. Existem aqueles fora da curva, como Shaquille O’Neal (23.4) e Allen Iverson (23.5). Tem, também, Michael Jordan (28.2). Mas nenhum deles liderou a NBA como o cestinha logo na primeira temporada. Isso coube a Wilt Chamberlain, em um “modo apelão”, que fez 37.6 pontos em 1960.
Na carreira, entretanto, Jordan concluiu com 30.12 pontos por jogo, enquanto Wilt é o segundo, com 30.07.
Shaquille O’Neal desafiou Hakeem Olajuwon para um jogo um contra um
Essa é uma das curiosidades sobre a NBA mais sensacionais. Shaquille O’Neal havia conseguido participar de sua primeira final da liga, em 1995. No entanto, o Orlando Magic e ele foram batidos pelo Houston Rockets, de Hakeem Olajuwon na decisão. Acontece que Shaq ficou muito irritado com o resultado e desafiou Olajuwon para uma partida um contra um.
Reprodução/Twitter
O evento chegou a ser patrocinado e, o vencedor, levaria para a casa US$1 milhão. Apesar de tudo marcado para o dia 30 de setembro daquele ano, acabou sendo cancelado. Mas nós temos o vídeo disso.
Anos mais tarde, O’Neal foi três vezes campeão pelo Los Angeles Lakers e mais uma com o Miami Heat. Olajuwon ficou com dois.
O primeiro contrato de Kobe Bryant na NBA foi assinado por seus pais
Kobe Bryant foi um dos jogadores mais incríveis de todos os tempos, mas essa curiosidade sobre a NBA pouca gente sabia: no ato da assinatura de seu primeiro contrato com o Los Angeles Lakers, Kobe não podia assinar por ter menos de 18 anos. Então, seus pais assinaram o acordo, dando o aval.
Bryant sempre atuou pelo Lakers e acumulou mais de US$328 milhões em salários. Em 2013, no entanto, seus pais resolveram vender alguns itens de Kobe e a coisa ficou feia. O ex-jogador os processou, mas a origem da briga aconteceu por causa de Vanessa Bryant, sua esposa. Os pais do lendário jogador não queriam que ele se casasse com uma pessoa de raça diferente. Latina, Vanessa ficou ao lado dele o tempo todo. Posteriormente, quando ele se aposentou, tudo ficou bem e o relacionamento entre eles foi restaurado.
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