Fonte: Ronald Martinez/AFPVivemos um período marcado por frequentes quebras de recorde no basquete. Porém, há conquistas que ficam na história e não podem ser superadas. Afinal, há jogadores que marcaram uma década inteira na NBA, principalmente aqueles que se sagraram cestinhas ao longo desses períodos. Definitivamente, ter mais pontos marcados em um período de dez anos não é uma tarefa fácil.
Ao separarmos pelo primeiro ano de cada década, alguns dos nomes mais importantes da história do esporte podem ficar de fora. Afinal, Michael Jordan, por exemplo, iniciou sua carreira na metade dos anos 80, tendo cinco anos a menos do que outros concorrentes. Com isso, outros jogadores – não menos importantes – se destacam. O Jumper Brasil trouxe quais foram os maiores cestinhas de cada década da NBA, contando de 1950 até os anos 2020.
2020 – Stephen Curry: 3.118 pontos
Stacy Revere/AFP
A década de 2020 está apenas no começo. Portanto, até o momento, quem lidera o ranking de pontos é Stephen Curry. O astro do Golden State Warriors já marcou 3.118 pontos, contando a partir da última temporada, já que, no final de 2019-20, ele se lesionou e passou os primeiros meses do ano sem atuar. Mesmo assim, o camisa 30 foi quem mais pontuou. Outro feito importante do armador foi superar Wilt Chamberlain (17.783) como o maior pontuador de todos os tempos da franquia de San Francisco (19.550).
Nesse período, Nikola Jokic é o segundo, enquanto Giannis Antetokounmpo vem logo atrás, em terceiro.
2010 – James Harden: 20.209 pontos
Catto Cataldo/AFP
Atualmente no Brooklyn Nets, não foi pela franquia de Nova Iorque que James Harden tornou-se o maior cestinha da década de 2010. Somando os anos em que jogou pelo Oklahoma City Thunder e pelo Houston Rockets, a estrela alcançou a marca de 20.209 pontos. Nesse período, conquistou também o título de maior pontuador de quatro pontos da história da liga. Além disso, foi MVP em 2018-19, com médias de 36.1 pontos por jogo.
Nesse ínterim, Harden ficou à frente de LeBron James e Russell Westbrook, com 18.990 e 17.834 pontos, respectivamente.
2000 – Kobe Bryant: 21.550 pontos
Emmanuel Dunand/AFP
Cinco títulos da NBA, 18 vezes All-Star, MVP em 2007-08. Enfim, Kobe Bryant foi gigante e isso não é segredo pra ninguém. Além de todas as inúmeras conquistas coletivas e individuais, o astro do Los Angeles Lakers também é o maior pontuador dos anos 2000, com 21.550 pontos. Em 2006, uma temporada marcante para esse feito, ele obteve médias de 35.4 pontos por jogo. Ademais, o jogo de 81 pontos é o mais próximo que vimos um jogador chegar ao recorde de 100 pontos de Wilt Chamberlain. Kobe também marcou pelo menos 50 pontos 24 vezes em sua carreira.
Na década de 2000, Dirk Nowitzki foi o segundo maior cestinha, com 19.291 pontos, enquanto Paul Pierce foi o terceiro, com 17.681.
1990 – Karl Malone: 20.925
Divulgação/NBA
Maior jogador da história do Utah Jazz e um dos mais dominantes da história da liga, Karl Malone foi o cestinha dos anos 1990. Com 20.925 pontos, o ala-pivô liderou a NBA em lances livres em sete temporadas diferentes. Como resultado, tornou-se também o segundo maior pontuador de todos os tempos, atrás apenas de Kareem Abdul-Jabbar. Muitos atrelam o sucesso de Malone à companhia do brilhante armador John Stockton. Contudo, é preciso levar em conta sua forma física. Assim, ao longo dos 19 anos de carreira profissional, o ex-astro não atuou em apenas dez partidas, sendo três delas por suspensões.
O segundo maior pontuador da década de 90 foi Mitch Richmond, com 16.178 pontos, e em terceiro, David Robinson, com 16.149.
1980 – Alex English: 21.133
Andrew D. Bernstein/AFP
Não. Não foi Larry Bird quem dominou a NBA em pontuação na década de 1980. O ídolo do Denver Nuggets, Alex English, é quem mais pontos anotou ao longo desse período, somando 21.133. O ala esteve por 15 anos na liga e conseguiu superar as marcas do rival do Boston Celtics, além de Moses Malone. Sua melhor temporada foi em 1985-1986, quando marcou 29.8 pontos por jogo.
É nesse período que Michael Jordan podia ter entrado na lista. Porém, foram 14 mil pontos marcados em cinco anos, já que começou sua carreira no Chicago Bulls em 1984-1985. Desse modo, Malone ficou em segundo, com 18.491, e Larry Bird em terceiro, com 17.974.
1970 – Kareem Abdul-Jabbar
Ross Lewis/AFP
Não é surpresa que Kareem Abdul-Jabbar esteja nesse ranking e tenha dominado, ao menos, uma década. Afinal, terminou a carreira como o maior pontuador de todos os tempos, com 38.387 pontos. Mas foi nos anos 1970 que ele se destacou, com 21.814 pontos. Ele ganhou seis campeonatos, dois MVPs de finais e 15 seleções All-NBA. Enquanto a maioria de seus anéis vieram nos anos 80, sua pontuação decolou durante os anos 70, quando ele era jogador do Milwaukee Bucks e, depois, do Los Angeles Lakers. Em quatro de suas seis temporadas, em Milwaukee, Abdul-Jabbar marcou mais de 30 pontos por jogo. Quando ele se juntou ao Lakers, sua média ficou próxima dos 25.
Elvin Hayes e Pete Maravich fecham o pódio deste período, com 18.525 e 15.948 pontos, respectivamente.
1960 – Wilt Chamberlain: 24.719 pontos
Arquivo/NBA
Wilt Chamberlain é considerado um dos jogadores mais dominantes de sua época e um dos maiores da história do basquete. Ele foi líder na NBA em número de pontos em sete oportunidades, além de ter nove vezes o melhor aproveitamento em arremessos de quadra e oito vezes com mais minutos jogados em uma temporada. Não suficiente, foi 11 vezes o jogador que mais apanhou rebotes e, por uma vez, líder de assistências. Sua maior conquista provavelmente veio de seu jogo de 100 pontos. Chamberlain, no entanto, possuía uma fraqueza: os lances livres. Sua média no quesito, ao longo dos 14 anos que jogou, foi de 51,1%.
Nos anos 60, Oscar Robertson foi o segundo maior pontuador com 22.009, e Elgin Baylor o terceiro, com 19.207 pontos.
1950 – Dolph Schayes: 13.915 pontos
Arquivo/NBA
Um dos pontos que sustentam a tese de que Wilt Chamberlain realmente mudou o jogo é a diferença de pontuação conquistada em uma década, quando comparamos com os anos passados. Nos anos de 1950, Dolph Schayes foi o cestinha com 13.915 pontos marcados. O ala-pivô foi jogador do Syracuse Nationals, que, posteriormente, se tornou o Philadelphia 76ers. Sua altura e seu poder de pontuar fizeram com que seu arremesso levasse o nome de Sputnik.
Ao longo da década, Schayes foi um nome fixo no top 5 de rebotes, bem como de pontuação. Sua melhor temporada veio durante 1957-1958, onde teve média de 24.9 pontos por jogo. Ao contrário de Chamberlain, liderou a liga três vezes em aproveitamento de lances livres. Por fim, se aposentou em 1964, quando, na época detinha os recordes da NBA para jogos disputados, lances livres feitos, lances livres tentados, faltas pessoais e foi o segundo em pontuação atrás apenas de de Bob Pettit.
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