O Sacramento Kings sobreviveu e, agora, começa a tentar superar a briga que quase levou às saídas de George Karl e DeMarcus Cousins. O treinador comandou uma campanha dentro da franquia contra o pivô, que, ao ficar sabendo dos comentários, acusou o veterano de traição e pediu para ser trocado. A franquia pensou em dispensar o técnico, mas nenhum dos dois saiu e a ordem é reatar a relação entre ambos.
Os dois estiveram em Las Vegas para acompanhar a rodada desta segunda-feira da Liga de Verão, cumprimentaram-se e até sentaram juntos ao longo da tarde. Foi o primeiro passo do plano do gerente-geral Vlade Divac para reconciliar os dois principais nomes da equipe, que ainda não teriam conversado desde os eventos de junho. Se depender de Karl, pelo menos, “fazer as pazes” é só questão de tempo.
“Eu não acho que essa reconciliação seja algo para se apressar. Nós somos duas pessoas que estão muito frustradas com as derrotas, amam competir e são um pouco teimosas. Às vezes, a relação não dá certo em um primeiro momento. Você precisa dar um tempo para que funcione. E estou bem confiante de que funcionará”, afirmou o treinador, que ainda tem três temporadas de contrato a cumprir, em entrevista ao site Yahoo! Sports.
Karl está disposto a dar o primeiro passo para um acerto e acredita que o caminho para isso passa por conversar mais com seu comandado. “Precisamos nos comunicar mais, sermos sinceros um com o outro. Fazer um acordo sobre o que ele quer de mim e do que eu quero dele. Nós temos que, simplesmente, sermos profissionais em nosso trabalho e comunicativos no dia a dia”, explicou.
Um trunfo para a reconciliação deverá ser o elenco e ambiente do Kings: o técnico admite que a equipe não estava em sintonia na última temporada e precisava de mudanças para voltar a vencer. Os reforços contratados por Divac (entre eles, Rajon Rondo e Marco Belinelli) tendem a tornar o time mais completo e competitivo. Agora, o treinador sabe que o trabalho de fazer as coisas melhores em Sacramento passa a ser majoritariamente dele.
“Os donos investiram e tomaram decisões que, provavelmente, custaram muito dinheiro. Então, Vlade entrou em ação e conseguiu vários dos jogadores que queríamos. Agora, chegou a hora da comissão técnica trabalhar. É nosso trabalho fazer o grupo dar liga e funcionar em quadra”, finalizou Karl, que tentará colocar fim a um jejum de dez anos que o Kings não se classifica aos playoffs em 2016.
