Conferência Leste está pior do que na última temporada da NBA

Equipes perderam peças importantes na agência livre e fazem contratações questionáveis

Conferência Leste temporada NBA Fonte: Nathaniel S. Butler / AFP

A agência livre “congelou” e, agora, já é possível analisar como os times ficaram para a próxima campanha. Mas um detalhe importante aparece antes do início da temporada 2023/24 da NBA: a Conferência Leste está mais fraca. Por mais que Damian Lillard consiga sua troca para o Miami Heat, o lado do Atlântico está pior do que em 2022/23.

Começamos, então, pelo próprio Heat. O time perdeu ótimas peças nas férias da liga, como Gabe Vincent, Max Strus e Victor Oladipo. Embora Oladipo seja o melhor dos três, suas lesões o colocam em um nível abaixo dos outros dois. Ao menos, hoje. Mas são ótimos jogadores de rotação em, praticamente, qualquer equipe.

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Chegaram Josh Richardson, Thomas Bryant e o calouro Jaime Jaquez. Apesar de Richardson poder ajudar na armação (atuou cerca de 34% do tempo na posição pelo San Antonio Spurs), Vincent foi o titular em todos os 22 jogos dos playoffs. Enquanto isso, Bryant chega para pegar os minutos de sobra de Bam Adebayo e Jaquez ainda é um projeto.

Além disso, do que restou, Kyle Lowry seria o armador titular se a temporada começasse hoje. E foi muito claro que o veterano já cruzou o Cabo da Boa Esperança. Sabe defender, usa o seu corpo como poucos na NBA, mas está em fim de carreira. Se a troca por Lillard não funcionar, o técnico Erik Spoelstra tem um enorme problema.

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Depois, tem o Philadelphia 76ers em uma agência livre conturbada e fraca.

Já tem o episódio James Harden que, por si só, é uma novela chata. O cara pressiona a diretoria, dá sinais de que quer vencer, mas pede troca e força a saída.

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E Harden saindo, quem chega?

O Sixers não vai arrumar grandes coisas em uma troca, tá? Seu mercado é ruim, times ficam em dúvida sobre sua lealdade (não é por menos) e ele fica escolhendo onde quer jogar.

Vai receber um pacote com expirantes do Los Angeles Clippers, entre Nicolas Batum (34 anos), Marcus Morris (33), Robert Covington (32) e, se der sorte, leva Terance Mann (26). Além de escolhas de Draft.

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Aí, a direção estendeu com vários caras de garrafão sendo que Joel Embiid é o MVP. E o Sixers não vai jogar com formação alta. Ou seja, vai PJ Tucker e Tobias Harris nas alas. Então, o que fazem ali Mo Bamba, Montrezl Harrell e Paul Reed? Na teoria, os três seriam os reservas de Embiid. Mas veja: ao igualar a proposta por Reed, Philadelphia entrou na faixa das taxas.

Então, a agência livre do Sixers é um pesadelo.

Boston Celtics

Vice na Conferência Leste da última temporada, o Boston Celtics ainda é um candidato real ao título da NBA. Perdeu Marcus Smart, o que é um problema, mas recebeu Kristaps Porzingis. De acordo com o GM Brad Stevens, o Celtics não vai fazer grandes mudanças no elenco. Então, Malcolm Brogdon fica, assim como Payton Pritchard.

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Os dois eram os principais nomes da equipe no mercado. Enquanto Brogdon estava no pacote inicial por Porzingis, Pritchard pediu troca assim que o time caiu para o Heat. Depois, ainda tem a extensão de Jaylen Brown.

Boston manteve quase toda a base e adicionou um jogador realmente bom nos dois lados da quadra. Se você ainda tem aquela imagem ruim de Porzingis, veja suas partidas pelo Washington Wizards, sobretudo na última campanha.

Milwaukee Bucks

Assim como o Celtics, o Milwaukee Bucks manteve quase todo mundo. Perdeu Joe Ingles e Jevon Carter, é fato, mas recebeu um arremessador (Malik Beasley). Correu riscos por Khris Middleton e, principalmente, Brook Lopez, mas os dois estão de volta.

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O Bucks segue sendo o time mais forte, ao lado de Boston, mas com uma diferença importante: chegou Adrian Griffin para o lugar de Mike Budenholzer. É algo para acompanhar no início da próxima campanha.

New York Knicks

O Knicks quase não se mexeu. Trouxe Donte DiVincenzo do Golden State Warriors, mas perdeu Obi Toppin. Agora, quem será o reserva de Julius Randle? Com um histórico de lesões do ala-pivô, pode ser um problema para o técnico Tom Thibodeau. Mas na prática, é possível que Josh Hart tenha minutos ali. Cerca de 15% de seu tempo de quadra na equipe, foi como um jogador da posição.

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Cleveland Cavaliers

Chegaram alguns jogadores para a rotação, como Max Strus, Georges Niang e o calouro Emoni Bates. Não perdeu muita coisa, além de Cedi Osman, Danny Green e o brasileiro Raul Neto.

Ou seja, a direção aposta na continuidade do grupo. É bom, mas algumas dúvidas sobre Jarrett Allen começaram a aparecer, após ser batido por Mitchell Robinson (Knicks) nos playoffs.

Atlanta Hawks

Não quer dizer que está ruim. Também, não é tão bom assim. O Hawks abriu mão de John Collins, mas demorou tanto que foi por um pacote de jujubas (o clássico). Teve a chance de trocar na alta, supervalorizou o jogador e, agora, saiu por baixo. Muito por baixo.

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A equipe ainda tenta trocar Clint Capela e De’Andre Hunter, mas quem vai querer um pivô titular no momento? Talvez, o Dallas Mavericks. No entanto, é bom lembrar que as duas diretorias conversaram recentemete e não houve acordo. Por enquanto, Atlanta sonha com Pascal Siakam.

Brooklyn Nets

Na agência livre, o Nets até fez algumas contratações interessantes, mas para a rotação. Não chegou ninguém para tomar posição no time titular. Brooklyn tem um time que pode crescer de rendimento, especialmente se conseguir trocar Spencer Dinwiddie e mais alguns atletas por um armador.

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O Nets tem um elenco promissor, mas não passa muito disso. Ao menos, por enquanto.

Chicago Bulls

O elenco que o Bulls montou há dois anos era para liderar a Conferência Leste da NBA, mas a próxima temporada pode ser a última do atual grupo. Isso porque Lonzo Ball está fora pela segunda campanha consecutiva, as contratações são de um time de ponta, o que o Bulls não é, enquanto o grupo só ficou mais velho.

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Sim, qualquer equipe candidata ao título, gostaria de receber Javon Carter e Torrey Craig. Claro. Mas não é o caso do Bulls, entende? Deixou o time mais forte, saindo de nota 5,5 para 6,5. Entende o que eu digo? Um Celtics, Bucks, Heat, com eles, sairiam de 8,5 para 9,0 ou 9,5.

A não ser que Ayo Dosunmu se mostre o verdadeiro substituto de Ball, dificilmente vamos ver Chicago lutando por algo.

Toronto Raptors

Quantos problemas, né? O técnico (Nick Nurse) pulou fora do barco, Fred VanVleet correu para o Houston Rockets, a direção colocou OG Anunoby e Pascal Siakam no mercado e, depois, tirou.

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Bem, tecnicamente, não tirou, mas o “preço” que anda cobrando pelos dois, ninguém quer ou vai pagar. É tudo muito estranho o que acontece em Toronto.

Outros times

Charlotte Hornets depende muito se LaMelo Ball vai conseguir jogar, se Miles Bridges não vai sentir o ano que ficou fora e se o time vai engrenar. É muito “se”, entende? Não dá para confiar.

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Enquanto isso, o Detroit Pistons trouxe um bom treinador (Monty Williams), mas os jogadores ainda são muito jovens e o time tende a jogar com dois caras grandes. Pode ser James Wiseman e Jalen Duren ou com Marvin Bagley e Isaiah Stewart. Mas pode, ainda, ter dois dos quatro. O fato é que dois deles devem estar no quinteto titular.

Aí, tem que utilizar Ausar Thompson como ala ou ala-armador reserva, já que Bojan Bogdanovic, Cade Cunningham e Jaden Ivey são titulares.

Depois, tem o Indiana Pacers, que empilhou alas-pivôs no elenco. Pode vir bem e aparecer na briga por playoffs, mas tem muito jogador para as mesmas funções.

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Por fim, os que estão em reformulação, como Orlando Magic e Washington Wizards.

No mais, a Conferência Leste vem para a próxima temporada da NBA mais fraca, com os principais agentes livres mudando de lado e com times que podem mudar radicalmente. Mas para pior, claro. O Sixers, se brincar, ainda perde Joel Embiid se deixar o elenco mais fraco. É bom ficar de olho.

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