Como Jordan quase parou no Rockets (duas vezes)

O time de Houston teve duas oportunidades de contar com maior de todos os tempos em seu elenco

Fonte: O time de Houston teve duas oportunidades de contar com maior de todos os tempos em seu elenco

Por George Raposo

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A importância de escolhas do draft para uma franquia chega a ser vital em algumas ocasiões, um jogador errado pode atrasar a desenvolvimento de um time por anos e achar o jogador certo pode mudar a história para melhor em pouco tempo. Agora imagine isso acontecendo no que é considerado o maior draft da NBA.

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O Draft de 1984 é considerado o maior da história. Afinal, naquele ano saíram três integrantes do Hall da Fama: Hakeem Olajuwon, Charles Barkley e John Stockton; além daquela considerado o melhor de todos os tempos, Michael Jordan. Se já não bastasse, ainda foram selecionados três outros All-Star: Alvin Robertson, Otis Thorpe e Kevin Willis.

Em 1984, o sistema de loteria ainda não tinha entrado em vigor no Draft da NBA, o que aconteceu apenas na temporada seguinte. Os times de pior campanha tinham a mesma chance de conseguir a primeira escolha. A vida de Houston Rockets e Portland Trail Blazers foi decidida na “moedinha”, literalmente, com a sorte ficando do lado do time do Texas.

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Naquele ano, o maior prospecto da classe era Patrick Ewing, que decidiu ficar mais um ano em Georgetown, tirou seu nome da seleção. Com isso, a escolha quase unânime era o pivô nigeriano da Universidade de Houston, Akeem Olajuwon (antes de incorporar a letra H ao nome). Além da qualidade, o jogador era um “herói” local e acabou selecionado pelo Rockets.

O Blazers acabou escolhendo um pivô, Sam Bowie, no que é considerado o maior erro da história do draft. O time de Portland simplesmente deixou passar jogadores melhores, até na universidade, como Barkley e a dupla de North Carolina, Jordan e Sam Perkins.

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A decisão do Portland já foi explicada e explorada diversas vezes por todos que estudam o basquete. A justificativa mais difundida é que a equipe estava buscando um jogador alto para ser o pivô de uma equipe em formação. Além disso, a equipe contava com Jim Paxson e Clyde Drexler para a posição de Jordan. O primeiro tinha sido escolhido para o segundo time da NBA naquela temporada e enquanto Drexler era um jovem calouro com muito potencial.

Mas há outra história daquela noite de draft que é pouco conhecida. Sabendo a opção do Rockets por Olajuwon, o Blazers acreditou que a equipe poderia se desfazer do seu outro pivô, Ralph Sampson, que tinha participado do All-Star Game daquele ano em sua temporada de calouro, e fez uma proposta ousada.

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Portland ofereceu a segunda escolha do draft e a sua jovem estrela e também fruto da Universidade de Houston, Clyde Drexler, pelo pivô. A direção do Rockets ficou bastante interessada no negócio e antes de confirmar resolveu consultar o técnico da equipe, Bill Fitch, que vetou a troca.

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A NBA, no início dos anos 80, era dominada por homens grandes e o técnico de Houston queria montar uma dupla com Sampson e Olajuwon, e formar o garrafão mais forte da liga. Juntos, as “Torres Gêmeas” chegaram a final em 1986, mas o time do Rockets acabou se perdendo por conta de drogas e da lesão de Sampson no ano seguinte.

Se fosse concretizada, o Rockets teria as duas primeiras escolhas do Draft que reuniu os maiores talentos da história. Essa simples troca poderia ter mudado a história da NBA e quem sabe do basquete, não só dos anos 80 como até os dias de hoje. O Rockets, sem a necessidade de um pivô, não cometeria o erro de escolher Bowie e deveria escolher outro bom prospecto. O consenso era que Houston escolheria Jordan. Os scouts do time naquela época acreditavam que ele era o segundo maior talento daquele ano e a possibilidade de deslocar Drexler para a posição de ala seria posta em prática.

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Outra possibilidade seria selecionar Barkley com a segunda escolha, pois o Rockets poderia considerar Drexler como seu ala-armador. O trio, que se reuniu em Houston em 1997, poderia ter jogado junto com 13 anos de antecedência.

Apesar da negativa de Fitch do negócio, os dois lados divergem em quem cancelou a troca. Do lado do Rockets, todos afirmam que o plano sempre foi juntar Olajuwon e Sampson, enquanto do lado do Blazers, eles afirmam que nunca quiseram se desfazer de Drexler. No fim das coisas, talvez ambos tenham desistido.

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Além dessa vez, houve ainda outra oportunidade do Rockets ter Jordan em seu elenco. Após as finais de 1986, quando Houston perdeu para o Boston Celtics de Larry Bird, o Bulls fez uma proposta para ter Sampson em Chicago.

Sem um homem de referência no garrafão, o Bulls quis desfazer de seu jovem ala-armador para ter o já consagrado jogador de Houston. Mas a diretoria do Rockets não quis avançar na negociação e acreditando que poderia criar uma dinastia baseada na dupla de pivôs.

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Com um desafio de imaginação já pensou como seria a década de 80 e a de 90 se o Houston tivesse juntado Michael Jordan com Hakeem Olajuwon ou ainda ter os dois mais Clyde Drexler? Seria muito bom para o torcedor do Rockets, mas infelizmente não aconteceu.

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