Como a NBA está preparada contra Kuminga, Giddey e Thomas

Jogadores querem salários de astros agora, mas podem ficar longe disso

NBA Kuminga Giddey Thomas Fonte: Reprodução / X

Jonathan Kuminga, Josh Giddey e Cam Thomas são três agentes livres restritos da NBA, mas estão tendo muita dificuldade em receber o que querem de seus times. Ainda tem Quentin Grimes, porém o ala tem uma pedida um pouco menor e, aparentemente, mais consciência do que pode receber no mercado.

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De todos eles, Cam Thomas é o que está em uma situação ainda pior na NBA. Afinal, ele quer salários anuais próximos de US$40 milhões. O jogador não só não vai ganhar o que quer, como a liga o vê como um sexto homem, no máximo. Com o jogo limitado a pontuar, ninguém se importa tanto com esse tipo de jogador mais.

Depois, Jonathan Kuminga vive um impasse interno no Golden State Warriors. Enquanto o dono do time o quer no grupo, GM e técnico sabem que existe uma limitação ali. Assim como Thomas, ele “aposta em si” para receber um grande contrato da NBA.

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Por fim, Josh Giddey até não está longe de conseguir o salário que o Chicago Bulls quer oferecer antes da próxima temporada da NBA. O problema é que ele é agente livre no ano “errado”. Isso porque o Bulls tem uma ideia de abrir muito espaço para a próxima offseason e não deve dar a ele, agora, o que realmente gostaria de ganhar.

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O grande problema de Kuminga, Giddey e Thomas é que a NBA está preparada contra eles. Não que seja algo de propósito só para deixar os três chorando em um canto escuro do quarto. Não é isso. É que o mercado não vai poder dar aos jogadores o que querem de fato.

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Apenas para ter uma ideia disso, os poucos times com espaço em suas folhas salariais na próxima offseason da NBA vão dar preferência por seus próprios jogadores em ano de contrato. Ou seja, Kuminga, Giddey e Thomas vão receber propostas menores, caso exijam a oferta qualificatória apostando neles para o ano que vem.

Um dos exemplos é o Atlanta Hawks, que tem cerca de US$140 milhões dos possíveis US$164 milhões de teto salarial para 2026/27 comprometidos. O Hawks deve priorizar a extensão de Dyson Daniels, eleito um dos melhores defensores da NBA na última temporada. E ainda tem Kristaps Porzingis, que se estiver em boas condições físicas, ganha um novo acordo.

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O Brooklyn Nets, onde Thomas jogou todas as suas temporadas na NBA, terá espaço. Algo como US$45 milhões disponíveis para contratações na próxima agência livre da liga. Mas o Nets não vai priorizar o jogador. Até porque, com uma pedida de US$40 milhões por ano, vai destruir os planos do time de adicionar agentes livres ao seu elenco usando o teto.

Falta de espaço no teto salarial e astros agentes livres

Por exemplo, se um time como o Nets tem tal espaço (US$45 milhões), vamos supor que Trae Young tenha interesse em jogar lá, mas por US$55 milhões por ano, ainda tem como acontecer. No entanto, a direção do Brooklyn tem de trocar jogadores de maiores salários por outros que permitam a abertura dos tais US$55 milhões para Young fechar. Não é só chegar e assinar. O teto existe, antes de tudo, para isso. E é o que Kuminga, Thomas e Giddey vão sofrer na próxima agência livre da NBA.

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Por que o Nets daria a Thomas um salário que cobriria quase todo o resto do teto da NBA? Não tem sentido, certo? Um jogador unidimensional não pode ganhar tanto assim mais. Não vale para o time sob vários pontos.

Citamos Young, que pode querer testar o mercado e usamos o Nets que tem espaço para se ajustar e acomodar seus salários, mas existem outros vários exemplos.

LeBron James e o Lakers

O Los Angeles Lakers, hoje, tem cerca de US$105 milhões comprometidos para 2026/27. No entanto, Rui Hachimura é agente livre e Austin Reaves vai usar a próxima offseason para eliminar o contrato daquele ano (tem opção) e ganhar um novo acordo. Ou seja, dos quase US$60 milhões disponíveis ali, cerca de US$55 serão dos dois. A NBA mostra para Kuminga e Thomas, principalmente, que não tem como eles ganharem tudo o que querem.

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E o Lakers ainda tem LeBron James com contrato pendente. Dizem que vai sair para terminar a carreira em outro lugar. E quanto será que James vai querer ganhar?

Pense assim: você é dono de uma franquia da NBA e pode escolher em dar um ano para LeBron encerrar a carreira ou três, quatro anos a Kuminga. A resposta é óbvia, pois vão atrás daquele que vai render mais, mesmo que seja só por uma campanha.

Até pelo fato de o Lakers virar o time de Luka Doncic, LeBron vai querer jogar lá para virar segunda opção ali? É a primeira vez que ele será agente livre de fato, então deve querer testar o mercado.

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Outros agentes livres de 2026

Assim como Trae Young tem opção de deixar seu contrato ao fim de 2025/26, outros astros da NBA estão na mesma situação. É aí que Kuminga, Giddey e Thomas ficam sem ter o que fazer.

James Harden pode abrir mão do acordo de 2026/27 e testar o mercado mais uma vez, enquanto Kevin Durant ainda não assinou a extensão no Houston Rockets. Imagine que algo não dê certo para eles, não gostem de algo e pronto. Por mais que Kuminga seja um ala promissor, qual é a chance de virar prioridade antes de Harden e Durant no mercado da NBA?

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Eles são só alguns dos exemplos, pois já o fizeram antes mais de uma vez.

Extensão prévia acaba com os agentes livres restritos

Jeremy Sochan e Shaedon Sharpe são alguns dos agentes livres restritos para a próxima offseason. Mas ainda tem mais: Keegan Murray, Jaden Ivey e Jalen Duren já aparecem como os grandes candidatos a se tornarem o que Kuminga, Giddey e Thomas são na atual agência livre da NBA.

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É esperado que Sochan, Sharpe e Duren recebam perto do que querem. No entanto, o mais prudente para todos eles seria a extensão prévia. Por mais que recebam um pouco menos, eles garantem ali que não vão passar por todo esse “perrengue”.

Esse papo de apostar em si é muito legal, pois o jogador quer mostrar que tem personalidade. Nada de errado nisso. Mas estamos falando de uma liga que não tem como ter pena de alguém que se machuca ou tem problema fora das quadras.

Giddey, por exemplo, mostrou ser um candidato a virar All-Star da NBA por conta da segunda metade de 2024/25. Mas e se aquele problema pessoal que teve há dois anos acontece quando é agente livre? Veja o que virou Miles Bridges. Ou o que está acontecendo com Malik Beasley no Detroit Pistons, é algo que tira do jogador a chance de se resguardar.

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Então, uma assinatura prévia resolve, em partes. Afinal, até que seus contratos acabem, eles estão garantidos. Ainda mais com o CBA (Acordo Coletivo de Trabalho), que está mostrando para caras como Kuminga e Thomas como não agir. Mas querem apostar em si, né? Boa sorte com tudo isso.

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