A NBA assusta-se a cada novo chocante detalhe das acusações de agressão contra Kevin Porter Jr. O armador do Houston Rockets foi preso nessa segunda-feira após a sua namorada apresentar várias lesões. A ex-atleta da WNBA, Kysre Gondrezick, alegou ter sido espancada pelo parceiro. Entre as contusões, por exemplo, ela teve uma fratura no pescoço por tentativa de estrangulamento.
“As alegações, para começar, são horríveis. Não há o que discutir sobre isso. Mas, por enquanto, eu não sei nada sobre os fatos além desses depoimentos. Em anos trabalhando com casos assim, algo que aprendi é não presumir nada. O processo de investigação da liga já começou. Por isso, não vamos nos deixar levar pelas manchetes”, afirmou o comissário Adam Silver, em entrevista coletiva.
O episódio de violência de Porter contra Gondrezick era uma tragédia anunciada, antes de tudo. A polícia informou que o casal já havia tido outros problemas por causa do caráter agressivo do jogador. Ele chegou a colidir o seu carro de forma proposital com o da parceira após uma discussão, por exemplo. Silver não detalha, mas confirma que a NBA tem regras recém-formuladas para casos assim.
“Nós temos regras no novo acordo coletivo de trabalho para lidar com a violência doméstica, aprovadas pela Associação dos Jogadores. Os atletas, assim como a nossa liga, sabem que esse é um assunto muito sério. Cada caso é um caso, no entanto, com as suas particularidades. Levaremos o tempo que for necessário, portanto, para apurar as informações”, prosseguiu o dirigente-mor da NBA.
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Agir com calma
Apesar da ânsia das pessoas por uma atitude, Silver tenta apaziguar os ânimos em um primeiro momento. A NBA impediu que o Rockets punisse o atleta de imediato, pois as investigações da liga precisam anteceder a penalidade. O executivo admite que a comprovação da culpa de Porter parece ser questão de tempo. Trabalha, no entanto, com a presunção de inocência.
“Como não estamos no meio da temporada, nós temos a oportunidade de entender o ocorrido antes de agir. Se os jogos estivessem em andamento, certamente, nós estaríamos sob pressão para tomar decisões rápidas. Temos tempo para colocar o nosso protocolo em ação e, assim, agir de forma adequada. É o que pretendemos fazer aqui”, explicou o veterano dirigente.
Silver, além disso, deixou claro que a investigação está nos estágios iniciais. Uma punição, então, pode demorar ainda a vir. “Ainda estamos no processo de apurar informações e dados. Ou seja, não há nada de concreto a dizer aqui. Tentamos entender o que ocorreu, para resumir, combinando as investigações policiais e as nossas entrevistas com os envolvidos”, resumiu.
Histórico difícil
As acusações assustam, mas não pegaram a NBA de surpresa sobre Kevin Porter Jr. O jogador de 23 anos sempre esteve envolto em problemas além das quadras, afinal. Foi suspenso no basquete universitário por causa de um problema interno em sigilo até hoje. Em seguida, já na NBA, acabou trocado pelo Cleveland Cavaliers depois de atirar comida no rosto do gerente-geral do time.
O histórico difícil reflete-se em seu atual contrato. O vínculo só é garantido até o fim da última temporada, embora vá até 2027. A partir de junho do ano que vem, as garantias de seus salários são quase nulas e existe uma opção da franquia. Ele pode ser dispensado, por isso, sem um prejuízo financeiro tão grande pelo Rockets.
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