Fonte: Adam Pantozzi / AFPO Los Angeles Lakers ganhou o primeiro título da Copa da NBA, a nova competição de meio de temporada da liga. Mas, pelo jeito, a franquia ainda vive a ressaca da conquista inédita. O time só venceu um dos quatro jogos disputados após a volta de Las Vegas e, com isso, “despencou” na classificação do Oeste. Para o comentarista Stephen A. Smith, o questionamento do foco da equipe é pertinente e necessário.
“Desde que foi campeão do torneio, em primeiro lugar, esse time tem sido superado por 15 pontos por partida com LeBron James em quadra. O torneio acabou e, com isso, a equipe parou. Venceu os sete jogos da Copa, mas está com recorde negativo somando os outros. Isso passa uma mensagem ruim, pois todos sabemos que a única diferença são US$500 mil de premiação para todos”, disparou o analista da ESPN.
A reclamação do comentarista, certamente, encontra respaldo nos números. O Lakers possui só nove vitórias em 21 partidas no calendário que não valeu para o “In-Season Tournament”. A franquia teve o quinto melhor ataque e a marcação mais eficiente do campeonato de meio de temporada. Mas, na campanha como um todo, o time registra só a oitava defesa e o 24o ataque da liga em eficiência.
“As pessoas querem que os jogadores tratem os jogos com a mesma seriedade. Não dá para atuar, por exemplo, só quando tem uma bolada de dinheiro na mesa. Não falo isso de uma forma literal porque sei que ninguém perde de propósito. É preciso, no entanto, fazer a pergunta: por que não vemos esse nível de foco e prioridade nos jogos que não valem pela Copa?”, questionou Smith.
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Motivação
A Copa da NBA, a princípio, nasceu como um artifício para aumentar a competitividade no início da temporada. A impressão geral, depois da final, é que a ideia foi um sucesso. Mas, até agora, há pontos de questionamento em relação à ferramenta. O desempenho do Lakers pós-competição exemplifica algumas dessas questões. Smith lembra uma das dúvidas trazida pelo jornalista e colega de ESPN, Michael Wilbon.
“Michael era cético em relação à Copa da NBA por causa do papel da premiação. Afinal, por que você precisa de US$500 mil extra para priorizar o que já deveria desde o início ser o seu trabalho? É para isso que você é pago, antes de tudo. Ele temia, em síntese, pela reação de alguns times quando o torneio terminasse. Ou seja, quando fosse só a temporada de novo”, explicou o experiente analista.
Aliás, na última segunda-feira, Austin Reaves chamou a atenção para o foco do time após a comemoração final do título inédito. “A experiência deve ser valorizada, pois fazer parte dessa vitória foi legal. Mas, agora, acabou. Temos uma temporada inteira pela frente e precisamos focar em colocar outro banner nesse ginásio. E, dessa vez, o resultado vai depender do trabalho de um ano inteiro”, alertou o ala-armador.
Boa notícia
Mas nem tudo é motivo de crítica no Lakers após o título da Copa da NBA. Há um ponto, em particular, que precisa ser comemorado para o comentarista: o rendimento recente de Anthony Davis. Ele dominou a decisão do torneio de meio de temporada, com uma atuação de 41 pontos e 20 rebotes. Desde então, o ala-pivô registra médias de 35,3 pontos e 11,7 rebotes por noite.
“É ótimo ver as atuações de Anthony nas últimas partidas. Esse cara está jogando basquete de elite! Tem sido simplesmente espetacular, mas, ao mesmo tempo, nós já sabemos que ele pode jogar assim. A gente sabe que ele pode fazer tudo isso. O ponto com Anthony é a disposição em fazê-lo de forma consistente. Mas nós sabemos da grandeza do basquete desse homem”, exclamou o veterano.
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