Com Zion Williamson, Pelicans está a uma troca de seguir nos playoffs

A volta de Zion Williamson ao New Orleans Pelicans para a próxima temporada pode manter o time nos playoffs da NBA, mas vai precisar de uma troca. Não que o time tenha ficado mais fraco ou algo assim, mas algumas equipes melhoraram e existe um pequeno problema que o Pelicans precisa resolver.

Embora o que se projete como time titular pareça bom no papel (CJ McCollum, Herb Jones, Brandon Ingram, Zion Williamson e Jonas Valanciunas), existe uma falha defensiva. Dos cinco jogadores, apenas Jones é um defensor confiável. No garrafão, por exemplo, Williamson e Valanciunas não são nada bons no quesito e é algo que, com ajustes, pode resolver.

Mas como uma troca vai fazer o Pelicans seguir nos playoffs, se Zion Williamson está de volta e o time já foi na temporada passada?

Aí é que está o ponto.

O Pelicans não vai trocar McCollum, que chegou no meio de 21/22, além de Jones, Ingram e Williamson.

Nem por Kevin Durant.

A diretoria mandou avisar ao Brooklyn Nets que os três estão fora de qualquer negociação pelo astro. Então, qualquer possibilidade por Durant no Pelicans é inexistente.

Mas Valanciunas pode sair por um bom defensor.

Então, pensamos em algumas trocas que podem fazer a diferença para o Pelicans.

Troca por Brook Lopez (Milwaukee Bucks)

Nathaniel S. Butler / AFP

Você pode até não gostar da ideia, mas vai entender que os dois lados vão se beneficiar.

Primeiro, Brook Lopez está no último ano de contrato com o Milwaukee Bucks. Apesar de ele ser parte importante para o que o time de Wisconsin seja um dos melhores da NBA, Lopez não é intocável por lá. E ele está com 34 anos, então é possível fazer algo ali.

Mas por que Lopez?

Bem, ele é um cara de 2,13 metros, excepcional defensor e que ajuda no espaçamento de quadra. Portanto, ter um jogador assim, é um sonho para qualquer equipe.

Sim, Lopez teve uma contusão que o afastou de quase toda a última temporada, mas jogou normalmente nos playoffs.

Para o Bucks seria uma boa, pois receberia um Valanciunas que defende todos os rebotes e também ajuda no espaçamento, abrindo espaços para as investidas de Giannis Antetokounmpo. Além disso, é quatro anos mais jovem.

Em contrapartida, o Pelicans teria um pivô sólido na defesa, apesar da idade, mas que poderia servir de mentor para Jaxson Hayes. Aí, sim, existe um encaixe com Williamson. Então, sim, é uma ideia que pode fazer os dois times ainda melhores.

Por fim, em termos salariais, Valanciunas vai receber US$14.7 milhões, enquanto Lopez receberá US$13.9 milhões.

Troca por Myles Turner (Indiana Pacers)

Andy Lyons / AFP

Bem, aqui é uma ideia para deixar as duas equipes felizes.

O Indiana Pacers está em modo tank, então não se preocupa em vencer agora. Mas com Jonas Valanciunas, o time poderia começar a projetar seus próximos anos. O Pacers clama por um pivô que se comprometa com a franquia. Apesar de Myles Turner dizer que não quer sair em troca por acreditar na chance de jogar com o melhor armador que já viu em Indiana (Tyrese Haliburton), o jogador já reclamou em demasia com a direção.

E o Pacers está cansado disso. A equipe quer montar um time para o futuro sem se preocupar com alguém “torrando a paciência”.

Mas para o New Orleans Pelicans, Turner daria ao time mais ou menos o que Brook Lopez poderia fazer, só que mais jovem.

Turner está com 26 anos, quase a mesma idade de Brandon Ingram, por exemplo. Então, ele se encaixaria até nisso.

Um grupo jovem, que saiba jogar dos dois lados da quadra, é o sonho de qualquer treinador. Hoje, o Pelicans com Williamson no quinteto titular, passa longe disso.

Portanto, Turner poderia seguir como um ótimo protetor de aro, que espaça a quadra, mas em um lugar em que ele entenda que é só mais um na equação. No Pacers, ele espera um tratamento de diva e ele ainda não fez tanto assim na NBA para receber.

Troca por Clint Capela (Atlanta Hawks)

AFP

O Atlanta Hawks quer trocar Clint Capela, mas não achou um time parceiro para isso. A ideia original é dar tempo de quadra ao jovem Onyeka Okongwu, mas e se chegasse um jogador melhor que Capela ofensivamente?

Em salários, a troca direta não bate. Então, o New Orleans Pelicans teria de enviar um jogador como Naji Marshall para completar a negociação, ao lado de Jonas Valanciunas.

Para o Pelicans, Capela resolveria metade dos problemas, pois é um defensor bem superior a Valanciunas e o encaixe defensivo seria perfeito. No ataque, entretanto, ele não espaça a quadra. Não seria exatamente algo para “matar” a troca, pois do banco vem Larry Nance Jr que, apesar de baixo, joga muitos minutos como pivô e faz tal espaçamento. E, vamos combinar aqui, né? Nance é ótimo defensor.

Então, com Zion Williamson, Capela, chegando em troca, o encaixe funcionaria e o Pelicans seguiria como time de playoffs.

Pelicans em 2022/23

Sim, o New Orleans Pelicans foi aos playoffs na última temporada sem Zion Williamson, mas só conseguiu chegar lá após a troca que recebeu CJ McCollum e Larry Nance Jr. com o Portland Trail Blazers. Além disso, o Los Angeles Lakers e o próprio Blazers, que eram times de mata-matas, ficaram fora.

Ou seja, deu certo, mas precisa de algo a mais.

Embora Williamson tenha problemas com peso, espera-se que ele esteja totalmente pronto para jogar normalmente. E existem incentivos financeiros para que ele não ultrapasse os 134 quilos. No ano passado, o ala-pivô chegou a pesar cerca de 150 quilos. Apesar de ser uma decisão polêmica, a direção agiu por bem do atleta.

Com Zion em quadra, McCollum teria função similar a que teve no Portland Trail Blazers: ajudar na organização, mas a bola ficaria mais com outro jogador (Damian Lillard). No Pelicans, Brandon Ingram e Williamson demandam mais a posse.

E o banco é razoavelmente bom.

Larry Nance Jr, Jaxson Hayes são as principais opções para o garrafão, enquanto Jose Alvarado, Trey Murphy e Devonte’ Graham são do perímetro. Além disso, o Pelicans selecionou o australiano Dyson Daniels no Draft. Daniels é um armador ou ala-armador versátil, que tem habilidade para conduzir a bola, organizar o ataque, ajuda nos rebotes, sabe defender e tem potencial no arremesso.

O que falta mesmo é um pivô que defenda o aro.

Jonas Valanciunas

Chris Gardner/AFP

Apesar de Jonas Valanciunas ser, tecnicamente, muito bom, ele é um problema no quesito defesa. O lituano é excelente nos rebotes, pontua com alguma facilidade, mas seria um peso para o New Orleans Pelicans. Embora ele ainda não tenha atuado ao lado de Zion Williamson, o encaixe defensivo é horrível.

Se fosse um jogador de menos nome, o técnico Willie Green poderia usar uma formação com Hayes ou Nance ao lado de Zion, mas não é o caso. Então, o melhor que o Pelicans tem a fazer é trocar o pivô para receber um outro com características defensivas. O ataque, todo mundo sabe que vai passar muito por Ingram, Williamson e McCollum, então é pensando no equilíbrio do quinteto titular.

Mas Valanciunas, aos 30 anos, não tem mais ambição de ser All Star, Jogador que Mais Evoluiu ou qualquer tipo de prêmio individual. Ele está estagnado na carreira, apesar de adicionar o arremesso de três ao seu repertório.

Seja no Indiana Pacers, Milwaukee Bucks ou Atlanta Hawks, ele poderia ter uma parte final de carreira muito mais produtiva. Afinal, no Pelicans, ele sabe que será quarta opção ofensiva, na melhor das hipóteses, de um time que vai brigar por play-in.

Ir aos playoffs de forma direta seria quase impossível, pois existem seis times que estão claramente melhores: Phoenix Suns, Golden State Warriors, Los Angeles Clippers, Dallas Mavericks, Denver Nuggets e Memphis Grizzlies. Com uma troca, a equipe poderia brigar para entrar no grupo.

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