LeBron James e Stephen Curry enfrentaram-se em quatro finais consecutivas na NBA, mas a realidade para os astros de Los Angeles Lakers e Golden State Warriors é bem diferente hoje. Enquanto James, aos 39 anos, tenta “carregar” seus colegas, Curry vive problemas que jamais pensou em ter no Warriors. Como resultado, os times ocupam nono e décimo lugares do Oeste, respectivamente.
Mas os sinais para ambos estão ficando cada vez mais claros: o tempo passou e sozinhos não vão conseguir ser campeões novamente. Aliás, ninguém consegue. O problema nem é com eles em si, mas com aqueles que estão aos seus lados.
James, por exemplo, viu Anthony Davis sofrer com inúmeras contusões nos últimos anos. Apesar de ele mesmo ter problemas assim em um passado recente, os dois estão saudáveis (na maior parte do tempo). Mas o que acontece com o Lakers para perder tantos jogos mesmo tendo uma dupla que foi campeã há poucos anos?
Bem, aí você pode escolher: técnico, elenco é esforçado, mas não é forte o bastante, Oeste muito disputado… ou será a soma de tudo?
Não entenda de forma errada. Lakers e Warriors, mesmo com todos os problemas que circulam LeBron e Curry, possuem campanhas positivas. Enquanto o time de Los Angeles soma 36 vitórias e 31 derrotas, o de San Francisco venceu 34 dos 65 jogos. É justo dizer que mesmo o Oeste sendo realmente forte, as duas equipes ainda estariam na zona de play-in caso fossem do Leste. Isso porque o Indiana Pacers, sexto do outro lado, contabiliza 37 triunfos em 67 partidas.
Então, o que a gente vê é que outros times simplesmente são melhores. Em temporada regular, claro. Nos playoffs, a coisa pode mudar. E é nisso que ambas equipes apostam.
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A boa campanha do Lakers na Copa da NBA, que resultou no título, é mostra disso. O time conta com veteranos que fazem a diferença em momentos decisivos. Simples assim. E pensando nisso, as duas equipes querem chegar fortes ao play-in. Só que não querem se enfrentar. De jeito nenhum.
É óbvio que existe um enorme respeito entre LeBron e Curry por diversos motivos, mas um confronto entre Lakers e Warriors por apenas uma vaga nos playoffs, é tudo o que as equipes não querem nem pensar. Mas neste sábado, a não ser que o armador não tenha condições de jogo, é inevitável.
Warriors e Lakers enfrentam-se a partir de 21h30 (horário de Brasília).
Será o terceiro jogo entre as equipes na atual temporada. Cada um levou um, mas ainda terão um novo embate no dia 9 de abril. Ambos vão acontecer em Los Angeles.
O importante para os dois times é que vençam o máximo de jogos de agora até o fim da fase regular para tentarem superar Dallas Mavericks, Phoenix Suns e, eventualmente, Sacramento Kings. Mas a situação é realmente difícil. Apesar de tudo, Mavs, Suns e Kings conseguem ser regulares dentro das próprias irregularidades.
Então, estamos falando que, talvez, esta seja a última chance real de os dois times competirem pelo título com LeBron e Curry em seus elencos.
Enquanto James já completou 39 anos e faz contagem regressiva para jogar ao lado de seu filho, Curry acabou de completar 36. Ontem, mais precisamente. Portanto, tudo o que eles querem é a chance de irem aos playoffs e não pararem no play-in.
Curry e o instável Warriors
Uma das maiores preocupações do Golden State Warriors na última temporada estava por conta dos jogos fora de casa. Então, em 2023/24, o time californiano venceu cinco dos seis primeiros jogos longe de seus domínios e aquele Warriors parecia estar de volta.
Ledo engano.
O que aconteceu a partir daquele momento foi só ladeira abaixo. Aqueles triunfos foram seguidos de seis derrotas, sendo cinco delas em casa. Ou seja, não estava nada certo.
Enquanto isso, Draymond Green iniciava sua primeira suspensão (após a gravata em Rudy Gobert), Andrew Wiggins e Klay Thompson muito abaixo, Chris Paul sofrendo com lesões e um Steve Kerr perdido sem querer usar seus jovens jogadores.
O Warriors caiu para o 12° lugar e somava 21 vitórias e 25 derrotas. Nada dava certo. Então, Green voltou da segunda suspensão, Kerr passou a utilizar Jonathan Kuminga da forma certa e, aos poucos, o time melhorou. Aliás, o treinador teve de tomar algumas atitudes difíceis como mandar Klay Thompson para o banco e retirar Kevon Looney da rotação.
Desde o dia 3 de fevereiro até o dia 7 de março, a equipe somava 12 vitórias e quatro derrotas, mas Curry sofreu uma lesão e o Warriors perdeu dois dos três jogos desde então. Neste sábado, ele deve voltar às quadras.
Ao menos, o Warriors pode ter Curry e Green e o elenco completo diante de LeBron e o Lakers.
LeBron e os inúmeros problemas do Lakers
Tudo bem. O Lakers terminou a última temporada em alta após sair de um incômodo 13° lugar no Oeste em fevereiro e parar apenas na decisão do Oeste. Ou seja, os planos estavam finalmente dando certo. Na offseason, a direção estendeu com vários jogadores importantes como Austin Reaves, D’Angelo Russell, Rui Hachimura e Jarred Vanderbilt. Além disso, fechou com Taurean Prince, Cam Reddish, Christian Wood e Gabe Vincent.
O Lakers tinha, no papel, um time para brigar por playoffs. Não no topo, mas para ir diretamente.
No entanto, as lesões atrapalharam e as coisas começaram a ruir. Desde o dia 14 de dezembro, o time não fica na zona de classificação direta, mesmo com James e Davis saudáveis. Mas quando digo saudáveis, é que é o mais próximo de terem condição de jogo. De fato, eles convivem com dores todos os dias. Mas como eles tentam atuar no maior número de jogos para terem uma chance a mais, os dois atuam mesmo assim.
O técnico Darvin Ham pensou em restringir os minutos de LeBron, mas em vão. Logo nos primeiros jogos ele viu que não seria possível.
Vincent sofreu uma lesão no início da temporada e ainda não voltou. Os rumores de que o Lakers trocaria D’Angelo Russell não faziam sentido, pois ele era o menor dos culpados. Apesar de o torcedor não gostar muito dele, Russell faz o que é necessário para jogar ao lado de LeBron: arremessar bem e não cometer erros de ataque. Claro que, às vezes, ele é inconstante. Mas jamais pode apontar o dedo e o acusar de omissão.
No fim das contas, o time chega para o jogo de sábado com chances reais de chegar aos playoffs. Até de forma direta, mas depende também de tropeços da turma que ocupa do quinto ao oitavo.
LeBron James e Stephen Curry: última chance?
Vamos entender algumas coisas. Eles não estão ficando mais jovens, óbvio. Mas mesmo assim, eles lideram suas equipes e fazem de tudo para vencerem.
De novo, sozinhos eles não vão a lugar algum. Então, precisam confiar no trabalho de seus colegas.
Tudo bem que Anthony Davis faz jogos de super astro e, na noite seguinte, parece um cara completamente fora do normal. Seja por fadiga muscular ou não, Davis fica completamente fora de sintonia, sem energia, sem força ou velocidade. Um ritmo lento, estranho. Depois, ele responde com uma partida de 40 pontos e 15 rebotes.
Vamos lembrar que a última vez que ele esteve tantas vezes em quadra (63 jogos até aqui) foi em 2018/19. Ou seja, é possível que ele realmente esteja cansado.
Mas como não existe tempo para descansar e o prazo é curto para tentar algo, vai assim mesmo.
Enquanto isso, LeBron tenta um aparente último suspiro.
Claro que você não aposta contra Curry ou ele. Só não dá, pois eles são realmente diferentes.
Talvez, o problema esteja aí. A gente, que gosta de basquete, não quer ver ou aceitar que ídolos estejam com a gasolina no fim e torce para que eles sigam pelo máximo de tempo possível.
Seria mais fácil caso fossem imortais, mas isso não existe.
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