Fonte: Scott Cunningham / AFP O astro Trae Young parece estar passando por problemas no Atlanta Hawks, os rumores sobre uma troca começaram a surgir e o Chicago Bulls poderia ser um de seus destinos. De acordo com o jornalista Joe Cowley, do jornal Chicago Sun-Times, em uma ideia de negociação, o ideal seria que o armador tomasse outro rumo.
Primeiro, Bulls e Hawks passam por um momento ruim. Enquanto o time de Chicago acumula 11 vitórias e 15 derrotas, Atlanta caiu de produção nas últimas semanas e é o sétimo no Leste. O pior de tudo nem está nas campanhas, mas na forma que os dois andam jogando. Vale lembrar que, em dezembro de 2021, o Boston Celtics era o décimo da conferência, com 17 triunfos em 36 jogos e só parou na decisão da NBA.
Então, se existe uma chance de um time se recuperar, é melhor esquecer qualquer tipo de troca. Mas, com os elencos que as duas equipes possuem, é possível mudar de patamar?
Cowley acredita que não.
É bom lembrar que o Hawks disponibilizou todos os seus jogadores para troca na offseason, exceto Trae Young, mas com os problemas que acontecem por lá, o Chicago Bulls se torna uma alternativa. A equipe de Illinois precisa de um armador com urgência por não saber quando Lonzo Ball estará disponível. As expectativas, no momento, são as piores possíveis.
Dejounte Murray chegou, mas não fez o Hawks melhor
Ele pode se tornar um super astro, tem talento para tal, mas sua defesa segue terrível. É bem verdade que o Hawks melhorou no quesito após a chegada de Dejounte Murray, mas Atlanta piorou no ataque. Na última temporada, a equipe tinha o segundo offensive rating e o 26° defensive rating. Agora, o ataque é o 23°, enquanto a defesa é a 15ª.
Muito se deve a lesões de alguns dos principais jogadores, mas Young se tornou um arremessador ruim. Em 2022/23, ele converte 40.8% dos lances de quadra e 28.7% de três.
Sem ser bom defensor e arremessando mal, ele ainda comete quase quatro erros de ataque por partida. Em contrapartida, Murray, reconhecidamente inferior nos arremessos de longa distância, acerta 36.6%.
Portanto, a ideia seria fazer Murray voltar a jogar em sua posição original, como nos tempos de San Antonio Spurs e trazer um ala-armador, que tenha capacidade de arremessar de três.
Troca por Zach LaVine pode ajudar os dois lados
Vamos lá. Zach LaVine é um cestinha e ligeiramente melhor defensor que Young. Não é tão bom passador, embora esteja acima da média na NBA e tem um aproveitamento de três bem superior ao armador de Atlanta.
Enquanto Murray teria ao seu lado um jogador com capacidade ofensiva tão boa quanto Young, o Bulls se beneficiaria com um atleta capaz de organizar o ataque e desafogar DeMar DeRozan das funções com bola. Mais que isso, Chicago não ficaria dependendo do retorno de Ball, mas quando ele voltar, Young e ele podem, de fato, jogar juntos.
Ball é ótimo organizador, mas é melhor ainda defendendo e arremessando de três. Ele mostrou, quando atuou no New Orleans Pelicans, que poderia jogar sem a bola. E estava fazendo o mesmo em Chicago até a lesão no joelho.
Vale lembrar que o Bulls era o primeiro colocado do Leste na temporada passada quando Lonzo se machucou (14 de janeiro). A equipe tinha 27 vitórias em 40 jogos (67.5%). Depois, foram 19 em 42 (45.2%).
A ausência de um organizador de fato fez com que LaVine e DeRozan cuidassem de uma área que não eram tão necessários assim.
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Como seria a troca?
Apesar de LaVine ter o mesmo número de Jogos das Estrelas que Young, ele é três anos mais velho. Além disso, o armador de Atlanta tem um teto mais alto, enquanto o primeiro parece já ter atingido o seu máximo. Portanto, tem uma diferença de talento por talento ali.
Os salários batem. São exatamente os mesmos US$37.1 milhões para cada. No entanto, o Hawks gastou escolhas de primeira rodada em Murray. Então, o Bulls enviaria a pick de 2024 para Atlanta.
Cowley não incluiu a escolha em sua publicação, mas nós acreditamos que seria o mais justo.
Faz sentido para Atlanta?
Claro que estamos falando do maior talento que o Hawks possui desde Dominique Wilkins. Young tem mais qualidade que Joe Johnson, mais que Paul Millsap, apesar de não serem da mesma posição. Mas o fato é que desistir de um jogador assim, tem que ter certeza de seu real valor no momento da troca. Hoje, ele é menor do que no início da campanha.
E quando você tem problemas internos por conta daquele atleta, talvez, o ideal seja trocar antes que tal valor caia ainda mais.
A discussão com Nate McMillan parece ser só mais uma.
Nem tudo está perdido, entretanto.
Se LaVine chegar na troca hipotética, não tem a necessidade de sair negociando o resto do elenco. O que se sabe é que Young teve problemas com John Collins, mas será que é impossível fazer ele jogar como antes? Com a bola nas mãos de Murray, existe a chance de recuperar seus talentos.
E o mesmo acontece com De’Andre Hunter.
Seria a chance de evitar uma implosão no elenco e partir do zero.
Faz sentido para Chicago?
A troca de Trae Young para o Chicago Bulls pode ter o mesmo efeito: evitar uma implosão.
Com ele, o Bulls tem a chance de fazer algo novo, algo diferente. A aposta ficaria para montar um time ao seu redor. Assim, Chicago poderia estender com Nikola Vucevic, um pivô que abre espaço no garrafão ofensivo para dar opção ao arremesso de três. Então, Young teria a oportunidade de “bater para dentro” mais vezes e fazer o floater característico.
No Hawks, Young encontra a área pintada “travada” muitas vezes por conta de Clint Capela estar sempre por lá.
Arturas Karnisovas, vice-presidende de operações de basquete em Chicago, quer que a equipe tenha um papel melhor que na última temporada, quando caiu na primeira rodada dos playoffs. Mas hoje, o Bulls não consegue produzir sem um armador de ofício.
Lembra que citei o aproveitamento do time depois da lesão de Ball? Eram 45.2% até o fim daquela campanha. Em 2022/23, o Bulls tem 42.3%.
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