Cinco jogadores que devem fazer suas estreias no All Star Game

Parece uma lista de eventuais atletas que mais evoluíram, mas não é. São aqueles jogadores que, apesar de já terem algum tempo de NBA, ainda não fizeram suas estreias no All Star Game. Para ter a ideia de como eles fazem uma grande temporada, todos são responsáveis pelo crescimento de seus times em 2022/23. Uns mais que os outros, mas os cinco merecem a primeira convocação.

Começamos por aqueles que estão há mais tempo na liga. Então, vamos de um armador especial, mas que só apresentou o seu melhor basquete após a saída de seu antigo colega de equipe.

De’Aaron Fox

Há muitos anos, o Sacramento Kings faz temporadas horríveis, mas em 2022/23, parece que as coisas mudaram por lá. E um dos responsáveis por isso é o armador De’Aaron Fox. Na última campanha, a direção do Kings pensou em trocar Tyrese Haliburton ou ele, mas acabou optando pelo primeiro. Como resultado, time californiano recebeu Domantas Sabonis.

E não é que deu muito certo?

Desde 2006/07 fora dos playoffs, o Kings era meio que o patinho feio da Califórnia. Nesse período, o Golden State Warriors foi campeão quatro vezes, enquanto o Los Angeles Lakers foi três. Embora Los Angeles Clippers e Phoenix Suns não tenham vencido um título, estiveram na fase mais importante da liga. O Clippers participou de nove mata-matas, sendo quatro semifinais de conferência e uma final do Oeste. O Suns, por outro lado, teve problemas, mas nos últimos anos fez uma final de NBA e uma de conferência.

Ou seja, o Kings ficou na seca por todo esse período e viu seus rivais lutando por vitórias.

Hoje, com Fox, Sacramento soma dez vitórias e seis derrotas, o que o coloca em uma incrível terceira posição no Oeste.

Na atual campanha, o armador possui médias de 25.9 pontos, 6.4 assistências, 5.0 rebotes e um aproveitamento de 40.8% nos arremessos de três.

Definitivamente, Fox merece ser um dos jogadores no All Star Game.

Lauri Markkanen

Assim como De’Aaron Fox, o finlandês Lauri Markkanen está na NBA desde 2017/18. No entanto, o ala (ou ala-pivô, como queira) está em seu terceiro time na liga. Ele já passou pelo Chicago Bulls, Cleveland Cavaliers e, agora, Utah Jazz.

Mas o caso de Markkanen ainda é mais diferente dos demais da lista.

Primeiro, o jogador teve uma queda de produção após seu segundo ano na liga. Markkanen perdeu tempo de quadra, espaço e virou reserva no Bulls. Saiu de lá muito fácil para o Cavs, mas em posição diferente. Por conta da dupla de garrafão com Evan Mobley e Jarrett Allen, o atleta virou ala. Embora sua produção não tenha sido ruim, o Cavaliers não pensou duas vezes antes de o envolver na troca por Donovan Mitchell.

Claro, Mitchell é um astro provado e que fez o Jazz brigar pela ponta do Oeste nos últimos anos. Então, justo.

Mas Markkanen provou o contrário em Salt Lake City.

Não, ninguém está dizendo que ele é melhor que Mitchell ou nem perto disso. Apenas, que suas performances melhoraram ainda mais desde que foi para Utah e, não por menos, o time lidera a conferência.

Em 19 partidas, ele possui médias de 22.4 pontos (melhor marca da carreira), 8.5 rebotes (segunda melhor) e 53.9% de aproveitamento nos arremessos (melhor marca).

Shai Gilgeous-Alexander

Armador ou ala-armador? Na verdade, não importa muito. Shai Gilgeous-Alexander é um futuro All Star ambulante. É bem verdade que o Oklahoma City Thunder ainda não está pronto para competir pelos primeiros postos, mas não falta tanto assim. E Gilgeous-Alexander é a prova disso.

Em 16 jogos, ele registra suas melhores marcas em pontos (31.1), assistências (6.0), roubos de bola (1.8), bloqueios (1.4), porcentagem em lances livres (90.8%) e em arremessos de quadra (52.6%). São números dignos de brigar por times ideais da NBA, inclusive.

A gente não sabe se os números individuais ou da equipe vão se sustentar, pois o Thunder, por enquanto, não é lá dos mais confiáveis. Do nada, a direção pode “contundir” alguns atletas pensando no Draft. Mas caso o tank esteja fora da pauta, é bem provável que Gilgeous-Alexander seja um dos novos jogadores no All Star Game e, posteriormente, em times ideais.

Tyrese Haliburton

Lembra quando citei Tyrese Haliburton na troca do Sacramento Kings? Pois é. Na época da negociação, muita gente achou que o Indiana Pacers deu uma “manta” no Kings. Mas olhando agora, quase um ano depois, é possível identificar que foi boa para os dois.

Haliburton e Fox juntos eram incríveis, mas separados, conseguem levar suas equipes aos primeiros lugares. No momento, Pacers e Kings possuem exatamente a mesma campanha: dez vitórias em 16 jogos. E eles levaram o prêmio de melhores jogadores de suas conferências na última semana.

Então, tudo certo.

Mas Haliburton é muito bom dos dois lados da quadra. Ótimo defensor, ótimo arremessador, grande visão de quadra. Ele lidera a NBA em assistências (10.7), e possui outros números realmente sólidos: 20.4 pontos, 4.6 rebotes, 1.8 roubo de bola, 49.8% de aproveitamento em arremessos e 39.5% em três pontos.

Historicamente, jogadores que fizeram 20 pontos e 10 assistências de média foram para o All Star Game.

Anfernee Simons

Aqui, a dúvida entre Anfernee Simons e Anthony Edwards. Poderia ser qualquer um dos dois, mas optei pelo primeiro por conta da campanha do Portland Trail Blazers. É uma tendência da lista. Times que ninguém esperava muito e que brigam por playoffs (o Oklahoma City Thunder não luta por vaga, mas faz uma campanha melhor que há um ano). Claro que, no momento, o Portland Trail Blazers oscila pela nova lesão de Damian Lillard, mas vem apresentando um basquete convincente.

Embora Simons seja mais um ala-armador natural, ele ajuda na armação do Blazers, fazendo algo similar ao que CJ McCollum fazia. No entanto, ele é um defensor bem melhor e entende como funciona o ataque de Chauncey Billups.

Simons faz os melhores números da carreira com 22.9 pontos, 4.1 assistências, 1.1 roubo de bola, além de 36.7% de aproveitamento em três pontos.

Outros jogadores

Além dos cinco citados, OG Anunoby (Toronto Raptors), Kyle Kuzma (Washington Wizards), Jalen Green (Houston Rockets), Mikal Bridges (Phoenix Suns) e Keldon Johnson (San Antonio Spurs) poderiam entrar na lista. Apesar de não fazerem parte, todos eles são capazes de receberem votos. Afinal, o Jogo das Estrelas é um evento popular para os titulares.

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