Cinco jogadores brasileiros do NBB com potencial para a NBA

Nos últimos anos, principalmente, a NBA passou a receber grandes jogadores do mundo todo, inclusive brasileiros que buscam espaço no NBB. Os estrangeiros, aliás, têm dominado o basquete americano. O Brasil, no entanto, não conseguiu acompanhar esse processo e conta apenas com Raul Neto na liga.

Ao longo desses mesmos anos, o Brasil viu sua liga Nacional evoluir. Com isso, virou base para excelentes jogadores. Então, pensamos em uma lista de jogadores brasileiros do NBB que poderiam garantir uma vaga na NBA. Confira:

Marcio, 21 anos (Sesi Franca)

Poucos jogadores do NBB têm mostrado tanto potencial quanto Marcio, do Sesi Franca Basquete. São cinco temporadas com a camisa do atual campeão. No entanto, foi em 2020 que ele se estabeleceu como uma força do garrafão francano. Na atual temporada, vindo do banco, o ala-pivô acumula médias de 9.3 pontos e 4.8 rebotes.

Em quadra, é famoso também pelas enterradas que tira da cartola na maioria dos jogos. Na defesa, protege bem o garrafão e garante bons tocos. Seu físico também é um ponto forte. Marcio, afinal, tem 2.04 metros altura e pesa 110 quilos. Como ponto fraco, o jogador peca no arremesso de três pontos.

Na NBA, a altura, aliada com seu peso, o permitiria alternar na marcação de alas e alas-pivôs. Isso lhe daria vantagem na hora de atacar jogadores menores. Em jogadas de pick-and-roll, por exemplo.

Em um comparativo físico, Marcio se assemelha a jogadores como Blake Griffin (2,06 metros e 113 quilos) e Julius Randle (2,03 metros e 113 quilos). Nesse sentido, então, ele não precisaria de adaptação.

Portanto, o brasileiro poderia ser uma ótima arma na rotação de equipes da NBA. Entrando no momento de descanso de alas e pivôs titulares. A falta de bolas de três seria uma fragilidade, mas a força dentro do garrafão compensaria esse ponto sensível.

Mãozinha, 22 anos (Corinthians)

Nessa mesma linha de Marcio, o basquete nacional conta também com o ala-pivô Mãozinha, que atua no Corinthians. São duas temporadas no NBB. Mas é na atual que ele tem chamado a atenção.

Isso porque ele possui médias de 11 pontos e 9.5 rebotes É, também, um dos jogadores mais eficientes de toda a competição. Dentro de quadra, garante ótimas jogadas defensivas e, em boa parte dos jogos, termina com enterradas violentas.

Como o jovem francano, Mãozinha tem como sensibilidade as bolas de três pontos. Na NBA, serviria como um jogador de segundo nível dentro do time, que entraria para proteger o garrafão e para fazer o ‘jogo sujo’ do ataque.

Georginho de Paula, 26 anos (Sesi Franca)

Rejeitado no Draft de 2017, o armador do Sesi Franca, Georginho de Paula, também tem potencial para cavar uma vaguinha na NBA.

Dono de um físico invejável para a posição, com 1.97 de altura e 96 quilos, ele é considerado alto e forte para sua posição. Sobretudo, no basquete brasileiro. Graças a isso, ele tem um grande volume de jogo. Como resultado, atinge, com certa frequência, duplos-duplos ou até triplos-duplos.

A vantagem em relação aos jogadores já mencionados é que Georginho já esteve no radar da NBA. Em 2017, não foi selecionado por nenhuma equipe da liga, mas passou alguns meses no Houston Rockets. No entanto, jogou apenas dois minutos em um jogo de pré-temporada e foi dispensado.

Foi a partir dessa passagem, aliás, que o armador evoluiu seu jogo e chegou a garantir o prêmio de MVP do NBB a temporada 2019/20.

Agora, mais maduro, com um físico invejável e bons números, Georginho poderia ser peça importante para algumas equipes da NBA. Acima de tudo, àquelas que precisam de armadores ou ala-armadores para a segunda unidade. Garantiria força, agressividade e preocupação às defesas adversárias.

Túlio da Silva, 26 anos (São Paulo)

Dos nomes citados, Túlio da Silva, que defende o São Paulo é, provavelmente, o mais conhecido nos Estados Unidos. Por lá, teve sua formação no basquete universitário, entre 2014 e 2018. Além disso, foi nome cotado para ser escolhido no Draft de 2020.

Infelizmente, na época, não foi escolhido e voltou ao basquete nacional. Antes do tricolor paulista, teve passagem pelo Flamengo. Mas foi no time do Morumbi que mostrou consistência.

Na atual temporada, Túlio tem médias de 14.2 pontos e 8.4 rebotes. Como os outros nomes citados, é um dos jogadores mais eficientes da competição. É também um dos jogadores que mais proporciona lances bonitos no NBB. Ele, então, foi campeão do torneio de enterradas em 2022.

Portanto, com essa sua familiaridade com o basquete americano, aliada a sua evolução desde que voltou ao Brasil, Túlio poderia se encaixar no basquete americano.

Felipe Motta, 19 anos (Fortaleza Basquete Cearense)

Por fim, o nome menos badalado e conhecido desta lista. Aos 19 anos, Felipe Motta é ala do Fortaleza Basquete Cearense. No entanto, não teve muito espaço na equipe. Mesmo assim, a exemplo de Túlio da Silva, ele é um nome já conhecido no basquete internacional.

Em 2021, atuou pela Universidade de Denver na NCAA. Motta também garantiu participação na NBA Academy, onde chamou a atenção por sua visão de jogo, altura e versatilidade.

Por lá, fez, também, alguns amigos que são nomes importantes na NBA, atualmente. Josh Giddey, do Oklahoma City Thunder, e Ben Mathurin, Indiana Pacers são figuras próximas ao jogador brasileiro.

Contudo, para alcançar a NBA, Motta deve evoluir seu jogo no NBB e mostrar seu talento apresentado na NBA Academy.

* Por Higor Goulart

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