Cinco fatores que levaram o Dallas Mavericks às finais da NBA

Time encara, a partir desta quinta-feira, o Boston Celtics na disputa pelo título

Dallas Mavericks finais NBA Fonte: Reprodução / X

Após 13 anos, o Dallas Mavericks está nas finais da NBA. Aquele grante time que derrotou o Miami Heat na decisão de 2011 já não existe mais. Então, o processo de reestruturação levou muito mais tempo do que a direção imaginava. Até finalmente encontrar o que precisava, o Mavs colocou as peças certas ao lado de Luka Doncic, seu principal astro.

Há muito tempo, muito foi falado sobre um Doncic descontente com a franquia e suas decisões. Muita gente apostava que mais um fracasso seria um passo a mais rumo a um pedido de troca. Mas o trabalho correto da diretoria trouxe resultados.

Após uma agência livre que pareceu estar levando o Mavs ao caminho certo, o encaixe em quadra não funcionou. No entanto, as coisas mudaram sensivelmente quando Dallas fez negociações na trade deadline. A partir daquele momento, o time era outro e as vitórias vieram.

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Nos playoffs da NBA, o Mavericks não era, na teoria, o favorito em nenhuma série. Mas já sabe o que aconteceu, né? O time superou Los Angeles Clippers, Oklahoma City Thunder e Minnesota Timberwolves e está na decisão.

Um trabalho fanástico de um time que não teve medo de fazer mudanças até achar o necessário para competir contra favoritos. E venceu cada um deles. Agora, o Dallas Mavericks tem pela frente o Boston Celtics nas finais da NBA. Mais uma vez, não é favorito.

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Será?

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Cinco fatores que contribuíram para o Dallas Mavericks chegar às finais da NBA

1. Talento de Luka Doncic

É inegável o que Luka Doncic possui de talento. Azar de quem não quis ficar com ele no Draft, pois Phoenix Suns, Sacramento Kings e Atlanta Hawks tiveram a chance e não o fizeram. Enquanto o Suns optou pelo encaixe ao selecionar Deandre Ayton, o Kings “fugiu” de Doncic por birra de Vlade Divac, então diretor. É que Divac e o pai do astro não se bicam. Daí…

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Por fim, o Hawks. Bem, a equipe de Atlanta preferiu Trae Young. Apesar de Young ter talento, não é do mesmo nível de Luka Doncic. Em nenhum lugar do mundo.

Então, desde que o mundo da NBA passou a olhar para Doncic, havia a certeza de que ali estava um jogador geracional. Alguém que fazia o jogo ficar mais fácil para seus companheiros e, ao mesmo tempo, fazer jogadas mágicas no ataque.

É bem verdade que Luka Doncic recebe críticas por sua defesa, mas alguém parou para ver o esloveno defendendo nos playoffs? Enfim, Doncic precisava de bons companheiros para chegar onde está hoje e recebeu.

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Estamos falando daquele que vem sendo eleito o melhor jogador da NBA na atualidade.

2. Kyrie Irving

Sim, o Dallas Mavericks chega às finais da NBA por conta do talento de Kyrie Irving. Seu primeiro ano deixou o torcedor desconfiado e o Mavs sequer foi aos playoffs. E quais eram os rumores? De que Irving, por causa de suas ações fora das quadras, deixaria Luka Doncic na mão. Foi assim no Brooklyn Nets, no Boston Celtics e no Cleveland Cavaliers. Então, havia um padrão ruim ali de comportamento.

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No entanto, Irving colocou o basquete em primeiro lugar. E o resultado, hein?

Capaz de organizar um time ofensivamente, Irving entende que o Mavericks é de Luka Doncic. Então, ele faz tudo para deixar o companheiro no comando. Mas com sua experiência, seu talento, o armador não precisa ficar com a bola nas mãos o tempo todo.

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Ótimo arremessador, Irving acertou mais de 40% das tentativas de três na temporada regular e vem fazendo o mesmo nos playoffs. E como o seu encaixe com Doncic funciona, Dallas é o único beneficiado disso.

3. Diretoria

Logo nos primeiros jogos de preparação, uma coisa ficou evidente: o Dallas Mavericks não tinha o bastante para sonhar com finais de NBA. Simplesmente, não tinha. A defesa era um horror e vivia dos talentos individuais de Doncic e Irving. Então, na trade deadline, tudo mudou.

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Primeiro, adicionou tamanho com Daniel Gafford e PJ Washington. Ótimos defensores, eles chegaram para deixar o garrafão “impenetrável”. Ao mesmo tempo, a diretoria despachou o falastrão Grant Williams. Apesar de ser um bom jogador, Williams estava atrapalhando o ambiente. Muito.

Então, quando o time jogou completo pela primeira vez, tudo deu certo.

Doncic sabia para quem passar em transição, Irving foi perfeito nos arremessos, enquanto a defesa funcionou. Por mais que Dallas tivesse um jovem Dereck Lively no garrafão, era pouco. Lively ainda estava cru e cometia muitas faltas. Quem vinha do banco? Dwight Powell, que é de um nível muito abaixo.

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Quando Gafford assumiu a titularidade, Lively teve a chance de trabalhar com calma e seguir tendo minutos impactantes. Assim, o Mavericks superou cada um de seus oponentes.

4. Defesa

Até o dia 9 de fevereiro, o Dallas Mavericks era meio de tabela no Oeste, com 29 vitórias e 23 derrotas. Naquele momento, o time não tinha o necessário para brigar nos playoffs e teria de passar pelo play-in. Então, depois das trocas, o Mavs virou outro.

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Desde as negociações, Dallas venceu 21 dos 30 jogos restantes da fase regular (70% de aproveitamento) por causa da defesa. O que acontecia antes daquilo? O Mavs apenas não competia em um dos lados da quadra. Não tinha como.

Mas quando a equipe fez as trocas, ficou praticamente imbatível. Lembre-se que Dallas está no Oeste e enfrentou times muito mais fortes. Olha as pedreiras que encarou: Clippers, Thunder e Timberwolves.

Venceu no talento de Doncic e Irving, sim, mas com uma defesa chata, que não permite arremessos fáceis e tenta dificultar o trabalho do adversário no garrafão.

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5. Perímetro

Uma das coisas mais relevantes sobre o Dallas Mavericks está no perímetro. O time foi o segundo que mais arremessou durante a temporada, mas o aproveitamento não foi tão bom assim. No entanto, isso se deve ao uso de Tim Hardaway Jr.

Com ele, Dallas se vê na obrigação de arremessar de longe, pois sem isso, ele não possui função alguma. Solução em outras vezes, Hardaway vem sendo um problema para a equipe desde que sofreu lesão e voltou. Desde as trocas, ele acertou apenas 31.8% do perímetro. Então, o técnico Jason Kidd o utiliza apenas em momentos que precisa muito do artifício.

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Em uma das vitórias sobre o Minnesota Timberwolves, Dallas acertou apenas seis arremessos. Ou seja, não depende exclusivamente do arremesso para vencer. O time investe em jogadas dentro e fora do garrafão sem a necessidade extrema de ser do perímetro.

Assim, Jaden Hardy vem aparecendo cada vez mais, enquanto Hardaway acumula apenas 13 minutos por noite nos playoffs. Kidd faz com que a rotação encurte e tire o melhor proveito dos jogadores em quadra. Como resultado, o ala-armador não entrou em sete das 17 partidas desta fase e os arremessos ficam por conta de Doncic, Irving e Washington.

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