Fonte: TIM NWACHUKWU / AFPA temporada 2022/23 da NBA acabou em sua fase regular, mas uma dúvida surgiu em seguida. Afinal, quem foi o cestinha entre Jayson Tatum e Joel Embiid? Na verdade, a regra que se aplica é a mesma para pontos, rebotes ou assistências há muitas décadas e é o que vamos explicar aqui.
Papo reto. Joel Embiid registrou 33.1 pontos em 2022/23, enquanto Jayson Tatum ficou com 30.1. Ou seja, o jogador do Philadelphia 76ers é considerado o cestinha. Apesar de Tatum ter feito mais pontos no geral, ele o fez em mais jogos. De fato, o atleta do Boston Celtics anotou 2225 pontos contra 2183 do camaronês.
Embora não esteja totalmente errado quem diga que foi Tatum, o correto é por médias. Na verdade, tudo está nas regras da NBA. E elas servem para todas as outras estatísticas. Mas existe um mínimo de jogos para tal. Por exemplo, em uma temporada cheia, como foi em 2022/23, era necessário que o jogador fizesse, pelo menos, 58 partidas.
Portanto, é o motivo pelo qual Anthony Davis não é o líder em rebotes. Apesar de ele registrar 12.5 por jogo, superior aos 12.3 de Domantas Sabonis, Davis esteve em 56 jogos. Então, ele é inelegível. Mas nem sempre foi assim.
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Dennis Rodman, por exemplo, liderou a NBA em rebotes por seis temporadas consecutivas. Nas regras atuais, ele perderia dois “títulos” de reboteiro. Isso porque, entre 1974 e 1999, era possível ser o líder com um mínimo de 800 rebotes. Em 1994/95, jogando pelo San Antonio Spurs, Rodman atuou em apenas 49 jogos. Entretanto, ele coletou 823 rebotes, garantindo o primeiro lugar. Desde 2013/14, mudou para apenas o número de jogos (58 em temporada completa).
Mas a contagem de pontos totais (rebotes, assistências, roubos, que seja) só conta mesmo para a carreira. LeBron James, na atual temporada, tornou-se o líder em pontos em todos os tempos, superando Kareem Abdul-Jabbar. Mas na média, Michael Jordan é o primeiro, com 30.12. James, por outro lado, possui 27.2. Aliás, entre os jogadores ativos, LeBron está empatado com Joel Embiid pelo segundo lugar. Kevin Durant, com 27.27, possui média ligeiramente superior.
Aí entra outra questão. Para a carreira do jogador, quando vai falar sobre o que é de fato, James possui mais pontos que Jordan. Mas em uma temporada, seria o oposto. É o mesmo exemplo entre Joel Embiid e Jayson Tatum. O jogador do Celtics fez mais do que o outro no total, mas em média, foi Embiid. Portanto, o que vale mesmo é a média.
O site oficial da NBA dá um exemplo. Gerald Wallace teve 138 roubos de bola em 55 jogos na campanha 2005/06. Com 2,51 por jogo, ele foi o vencedor da categoria. No entanto, ele ficou três partidas abaixo do número mínimo. Só que, mesmo jogando tal número de roubos por 58 jogos, ele teria 2.38, contra 2.28 de Brevin Knight, o segundo.
Haliburton também ficou fora
Então, para acabar logo com isso, a liga implementou o número mínimo de partidas e fim de papo. Se Embiid tivesse menos que 58 jogos, ele estaria fora da qualificação. Foi o que aconteceu, por exemplo, com Tyrese Haliburton.
O armador do Indiana Pacers, que foi ao seu primeiro All-Star Game da carreira em 2022/23, obteve 10.4 assistências. Logo, ele estaria em segundo, atrás apenas de James Harden, que ficou com 10.7. Mas assim como Davis, Haliburton ficou abaixo de 58 jogos (fez 56) e não se qualificou.
Claro que tudo muda. Se fosse nas regras antigas, o jogador do Pacers precisaria apenas bater o número mínimo de assistências (500) e estaria em segundo. Haliburton terminou com 585 e ficou fora.
Se é injusto Rodman manter os títulos de rebotes ou não, o papo é outro. A NBA faz de acordo com a regra vigente. Então, não tem o que reclamar, pois jogadores sabem disso.
Na hora de fazer um contrato, muitos atletas possuem cláusulas mínimas para bônus. Enquanto alguns são de prêmios, outros são com o número de partidas. Quem não se lembra de Jrue Holiday atuando por oito segundos em 2021/22 só para atingir o 67° jogo? Assim, ele garantiu mais US$225 mil.
Afinal, é Embiid mesmo o cestinha?
Sim, caro leitor. Em um mundo onde as redes sociais publicam números totais para elevar jogador X ou Y, acredite: é a média que vale. Foi assim quando a NBA começou, é assim hoje. Por mais que as regras se alterem de tempos em tempos, está aí uma que nunca mudou.
E nem vai.
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