OK, você pode ser torcedor ou simpatizante de um desses times, como eu sou, mas é inegável que os três terão vida curta nesta temporada. Boston Celtics, Los Angeles Lakers, e Milwaukee Bucks, são equipes que basicamente cumprirão tabela contra seus adversários nos playoffs. Honestamente, acho que os três serão varridos.
Quem viu esses três times jogando, notou que eles foram amplamente dominados por seus concorrentes.
O Celtics, que de big three, virou um amontoado de jogadores em poucos anos.
Primeiro, Ray Allen foi embora para o Miami Heat. Depois, Rajon Rondo se contundiu. Kevin Garnett e Paul Pierce, foram os que sobraram para que sofressem uma derrota esmagadora para o New York Knicks.
O time simplesmente não consegue achar a cesta. Fez 31 pontos no primeiro tempo da terceira partida. Isso é pra lá de ridículo. O Celtics teve momentos que se fundiram o absurdo com o patético.
Tudo bem que defensivamente, a equipe ainda é muito forte. Garnett é um monstro, mas parece ter alergia de jogar de costas para a cesta, de tentar brigar no garrafão ofensivo. São sempre arremessos de média distância, e com pouca efetividade. Falta briga, falta energia. E olha que estamos falando de um mito chamado Garnett.
Mas ele não é o único culpado. Quem viu o elenco, sabe do que estou falando.
No Lakers, time de enorme tradição, assim como é o Celtics, a situação é ainda pior. O time foi se quebrando. A temporada regular, que já havia sido sofrível, teve sua pior baixa em Kobe Bryant, já na reta final. Se com Kobe, as chances eram pequenas, imagine depois que ficou sem ele, Steve Nash, Jodie Meeks, e pasmem, Steve Blake.
Sim, Blake teve boas partidas na ausência de Nash. Não é o armador dos sonhos da torcida, mas seus últimos cinco jogos, talvez tenham sido os melhores de sua fase na equipe, com médias de 17.8 pontos, 4.2 assistências e aproveitamento de 42.5% nas tentativas de três (17 em 40).
Dwight Howard, bem marcado por Splitter e por um rodízio de jogadores que não o deixam fazer a cesta, parando-o a todo momento que recebe a bola no garrafão, sofre com o seu baixo aproveitamento nos lances livres. Seu pior pesadelo é Gregg Popovich, que está sempre ordenando para que isso seja feito.
Metta World Peace e Antawn Jamison, pobrezinhos, estão fisicamente incapacitados de qualquer coisa diferente.
Aí sobra Pau Gasol, que faz triplo duplo e ninguém percebe.
O Spurs já fechou a série. Falta só ser oficializado.
E o Bucks, hein? O que é isso? Tem jogador [J.J. Redick] que não conversa com o técnico. E ainda, tem jogador [Samuel Dalembert] que admite querer assinar com o oponente durante os playoffs. Fora o baile.
LeBron James, virtual MVP de 2012-13, faz do Miami Heat o principal candidato ao título desta temporada. E no último jogo, quando Dwyane Wade viu que seus arremessos não caíram, tratou de passar a bola. Resultado: Heat lidera a série por 3 a 0 com um pé nas costas.
Eu fiz a prévia dessa série. Cravei varrida do Heat sobre o Bucks. E lembro de ter comentado que o dia em que Brandon Jennings e Monta Ellis tivessem uma única partida boa, o time de Milwaukee poderia vencer algo. Mas aí é que está. Os dois não conseguem isso ao mesmo tempo. Ou é um, ou o outro. Não existe meio termo.
Assim como Celtics e Lakers, é melhor que John Hammond, GM do Bucks, prepare o time para a temporada que vem. Não há o que fazer.
Os três estão perdendo por 3 a 0. Nunca, na história da NBA, uma equipe conseguiu reverter uma série de playoffs perdendo por esse placar. Não será agora, quando existe uma disparidade tão grande entre os elencos que disputam.
Pode até ser que os três consigam vencer um jogo e queimem minha língua. Mas pelo que vi, são três séries acabadas e sem contestação. Em suma, sem graça por conta da tamanha diferença de volume de jogo.