Fonte: Jesse D. Garrabrant / AFPA carreira da Carmelo Anthony na NBA acabou oficialmente nessa segunda-feira, depois do anúncio da aposentadoria do astro. Foi o fim de uma gloriosa jornada de 19 temporadas e quase 1300 partidas, mas, para muitos, definida pela falta de um título da liga. Essa percepção já incomodou o veterano, mas ficou no passado. Ele despede-se, afinal, sem lamentar o que fez e não conseguiu fazer em quadra.
“Eu estou em paz com a minha carreira. Não me importo mais que várias pessoas pensem que sou um perdedor, pois não fui campeão da NBA. Sei que venci. Venci na vida, por exemplo, quando saí das ruas para ser escolhido no draft. Faltou um anel de campeão e teria sido ótimo conquistar um. Mas não me arrependo. Eu fiz tudo o que podia”, afirmou o ídolo, em entrevista à revista Sports Illustrated.
Então, o que está por vir para Carmelo? As possibilidades são muitas. O ala é um dos maiores ativistas da justiça social nos esportes dos EUA e, certamente, deve seguir nessa luta agora. Entre os seus investimentos, ele é um dos donos de um time de futebol no país. No entanto, não tem jeito. As basqueteiras podem estar penduradas, mas o basquete é uma parte impossível de ignorar de sua vida.
“Os meus olhos sempre estiveram voltados para o basquete, então quero seguir nesse meio. Foi por isso que, nos últimos anos, eu procurei compreender a NBA enquanto um negócio. Conversei com o comitê da Associação dos Jogadores. E, além disso, fui conversar com alguns donos de franquias para saber como tudo funciona”, revelou o agora ex-atleta.
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Nova geração
Ser dono de uma franquia da liga, por exemplo, não é a maior ambição de Carmelo no basquete. A família Anthony, afinal, segue em quadra. O seu filho, Kiyan, é um recruta quatro estrelas do circuito colegial. Como resultado, é considerado um dos 100 melhores prospectos da classe de 2025 do high school. Por causa do garoto, inclusive, ele pensou em finalizar a carreira um pouco antes.
“Sempre disse para Kiyan que aposentaria quando ele entrasse no ensino médio. Era, antes de tudo, um pacto entre nós. Então, quando começou o ano, o Lakers chamou-me. Eu pensava em não ir, mas foi ele quem incentivou-me a jogar. Até porque, mesmo com LeBron lá, não teria feito se Kiyan não dissesse para eu ir”, revelou o futuro integrante do Hall da Fama.
Carmelo, em particular no fim da carreira, assumiu algumas funções diferentes em seus times. Mas, agora, está finalmente no papel em que sempre visualizou estar perto dos 40 anos. “Poder passar tempo nos ginásios com o meu filho é, por fim, uma benção. Eu vou ser pai em tempo integral agora. E acho que é o momento perfeito para isso”, concluiu o veterano.
Mudanças
Carmelo Anthony encerrou a carreira na NBA sem arrependimentos. No entanto, existe uma coisa que ainda ressoa em sua cabeça. A falta de títulos é o que muita gente vai lembrar, certamente. O ex-ala aponta outro detalhe: o prêmio de melhor calouro do ano na liga em 2004. Assim como muitos fãs e analistas, no mínimo, ele crê que mereceu tanto quanto o amigo LeBron James.
“Acho que todos que viveram a época sabem que eu deveria ter sido calouro do ano. Penso, aliás, que LeBron e eu poderíamos ter dividido o prêmio. Até porque nós dois conseguimos corresponder às expectativas naquela primeira temporada. Ele teve um desempenho fantástico, enquanto eu ainda levei Denver de volta aos playoffs”, relembrou o ídolo do New York Knicks.
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