Fonte: Michael Reaves / AFPÉ preciso duas franquias, no mínimo, para que uma troca aconteça na NBA. Por isso, a possível troca de Zach LaVine caminha para tornar-se uma dor de cabeça no Chicago Bulls. Mas não se trata de um problema interno. A questão é como os oponentes não estariam interessados no negócio. Segundo Adrian Wojnarowski, da ESPN, o mercado simplesmente não existe para o ala-armador no momento.
“Não há mercado para Zach na NBA hoje. E não foi por falta de tentativas de Chicago. Eles ainda tentam encontrar, mas está complicado por diversos motivos. O contrato é um obstáculo, pois ainda possui mais quatro anos de duração com altíssimos salários. No entanto, mais do que isso, a dúvida é a sua produção. Muitos times questionam o quanto ele impacta vitórias”, revelou o experiente repórter.
Os questionamentos sobre o impacto de LaVine são legítimas. Afinal, o Bulls acaba de conquistar duas vitórias seguidas na ausência do pontuador. A equipe perdeu por 7,7 pontos por 100 posses de bola enquanto o astro está em quadra. Quando fica de fora, esse índice cai para só -1,5 ponto. Esse é um ponto crítico, pois ele recebe um salário acima dos US$40 milhões anuais no atual contrato.
“Com as mais restritas regras salariais da liga, todos se perguntam se Zach vai ser o primeiro ou segundo melhor jogador do seu elenco. Não sei. E, além disso, Chicago precisa receber valor e ativos em uma negociação. Então, para que uma troca saia, todos necessitam que ele entre em quadra e jogue bem. E, com isso, o time vença também”, sinalizou o veterano.
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Timing
Os problemas, no entanto, vão além de questões relacionadas ao jogador e mercado. A troca de Zach LaVine no Bulls esbarra, acima de tudo, em uma questão de timing. Não se costuma realizar grandes negócios com 20 partidas na temporada. O final da janela de transferências da liga, por isso, só acontece em fevereiro. Wojnarowski explica que, nesse momento, poucas equipes pensam em transações e mudar o elenco.
“Realmente não acontecem trocas tão cedo na temporada. Aliás, já faz algum tempo que não temos uma negociação de um jogador dessa importância no mês de novembro ou dezembro. As franquias, afinal, ainda tentam compreender quem são do ponto de vista competitivo. Só costumam ter uma posição sobre a necessidade de negociações, por isso, lá para a trade deadline”, explicou o repórter da ESPN.
Nesse sentido, as especulações em torno de LaVine simbolizam um mercado até mais lento do que o habitual. “Eu sinto que existem menos conversas nesse ano do que em temporadas anteriores sobre trocas a esta altura. Mas, ao mesmo tempo, precisamos lembrar que diversos atletas só passam a ser elegíveis para troca a partir de 15 de dezembro e janeiro”, completou Wojnarowski.
Lakers
Rumores sempre indicaram o Los Angeles Lakers como um dos prováveis interessados em LaVine. Mas, talvez, nem os angelinos estejam tão dispostos assim a investir em sua aquisição. No caso de um “desmanche” em Chicago, por exemplo, os alvos da franquia podem ser outros. De acordo com Jovan Buha, do site The Athletic, existem dois atletas em quem possuem mais interesse do que o ala-armador.
“A minha impressão é que o Lakers estaria mais interessado em DeMar DeRozan e Alex Caruso do que Zach. A saída de Alex, sobretudo, é algo que ainda incomoda os fãs de Los Angeles. Por sua vez, DeMar é um jogador em quem estão de olho há bons anos. Ainda é uma questão que divide internamente, mas os dois possuem contratos mais administráveis do que Zach”, contou o setorista do time.
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