O Chicago Bulls iniciou a temporada com a perspectiva de ser a grande surpresa do Leste e voltar aos playoffs após quatro anos. A equipe sofreu um choque de realidade logo no primeiro mês de competição, porém, e caminhava para um final de campanha melancólico antes da paralisação da NBA. Como referência técnica do elenco, Zach LaVine não tenta esconder que o desempenho foi uma inquestionável decepção.
“Você sempre precisa ter objetivos no início da temporada. Nós tínhamos o objetivo de classificar para os playoffs e não conseguimos. Na verdade, nós não chegamos sequer perto disso. Então, no fim das contas, acho que não tínhamos um time tão bom e não atuamos tão bem quanto poderíamos também”, resumiu o ala-armador e cestinha da franquia na campanha, de forma contundente, em entrevista à ESPN.
Essa frustração, aparentemente, ressoou muito além da cabeça de LaVine. A visão de que a base jovem da equipe era superestimada levou a mudanças nas operações de basquete, “desmanchando” a estrutura de tomada de decisões que perpetuava-se em Chicago há mais de uma década. Embora não seja incisivo na crítica, o jogador de 25 anos sugeriu que os problemas incluem postura de atletas e comissão técnica.
“Para chegarmos onde queremos, todos os atletas precisam vir para os treinos de pré-temporada com o mesmo objetivo em mente e saber a função que vão cumprir. Há os caras que serão coadjuvantes e outros vão ter funções mais proeminentes, mas todos precisam ter consciência disso e serem designados. Precisamos conversar, comunicar e ter sincronia para que dê certo”, apontou o principal pontuador do Bulls.
Para LaVine, o fracasso da temporada é ainda mais sentido. Ele foi considerado um dos maiores injustiçados da escolha dos reservas do Jogo das Estrelas desse ano e, com a franquia fora da disputa por playoffs, completa seis temporadas de carreira sem nunca ter tido a chance de chegar ao mata-mata da liga. O ala-armador reconhece que esses consecutivos insucessos “machucam”, mas só o fazem mais determinado.
“Eu só quero vencer. Sou um vencedor e farei o que for preciso para ganhar. É preciso mais, então farei mais. Essa é minha mentalidade. Quero as vitórias e tudo o que elas trazem, pois sinto que fui um all-star nesse ano. Não fui convocado, sim, mas não vou deixar que isso faça-me duvidar do jogador que já sou e impeça-me de ser o jogador que posso ser”, sentenciou o convicto líder de Chicago.