Brasil na NBA

Por Eduardo Ferreira Ao falarmos sobre os jogadores brasileiros que atuam na NBA, nada mais justo do que começar falando sobre quem chegou primeiro, Nenê Hilário. O pivô é atualmente o brasileiro que está a mais tempo na Liga (desde 2002 quando selecionado pelo New York Knicks e logo envolvido em uma negociação para o […]

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Por Eduardo Ferreira

Ao falarmos sobre os jogadores brasileiros que atuam na NBA, nada mais justo do que começar falando sobre quem chegou primeiro, Nenê Hilário. O pivô é atualmente o brasileiro que está a mais tempo na Liga (desde 2002 quando selecionado pelo New York Knicks e logo envolvido em uma negociação para o Denver Nuggets).

Recentemente envolvido em outra troca na qual levou o pivô JaVale McGee para Denver, Nenê defende o time da capital americana, o Washington Wizards e formará dupla de garrafão com o também recém chegado Emeka Okafor.

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O fato é que se no Oeste, Nenê já era um dos pivôs mais dominantes e bem cotados da Liga, agora no Leste onde a concorrência dentro da área pintada é menor, Nenê terá ainda mais chances de se sobressair e continuar impondo seu jogo físico mantendo sua média de quase 54% de aproveitamento de arremessos de quadra; uma das melhores da NBA.

Ainda tratando de uma lesão no pé esquerdo, Nenê não tem previsão de retorno às quadras, porém há esperanças de que ele atue logo na primeira partida da temporada contra o compatriota Anderson Varejão e seu Cleveland no dia 30 de outubro.

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Já que tocamos no nome dele, por que não falarmos então do nosso cabeludo e ídolo local da torcida dos Cavaliers. O Wild Thing, como é conhecido jogou apenas 35 partidas na última temporada, mas obteve a incrível média de 11.5 rebotes por jogo, o que o torna o líder defensivo da equipe de Cleveland. Conhecido pela garra e dedicação em quadra, Anderson formará dupla de garrafão com Thristan Thompson e terá de assumir a liderança da equipe ao lado do promissor Kyrie Irving. A nossa torcida é que Anderson esteja saudável o suficiente para defender sua equipe e evoluir ainda mais em alguns aspectos do seu jogo, principalmente no lado ofensivo onde ainda lhe faltam alguns recursos para estar entre os grandes jogadores da posição.

Ainda dentro do garrafão podemos tecer infinitos elogios ao nosso pivô Tiago Splitter. MVP da liga ACB (Liga Espanhola de Basquetebol) a qual foi campeão e também MVP das finais, Tiago até apareceu em uma enquete como terceiro melhor jogador do mundo a atuar fora da NBA. O fato é que estes elogios todos param por aí quando o assunto é NBA. Atuando pelo San Antonio Spurs desde 2010, o pivô vem perdendo moral no time a cada ano. Promessas de mais espaço na rotação da equipe sempre surgem do exigente técnico Gregg Popovich, porém na temporada passada Splitter teve média de apenas 19 minutos e míseros 5.2 rebotes. Ao que tudo indica pouca coisa irá mudar este ano e Tiago será reserva do veteraníssimo Tim Duncan, restando para ele apenas aproveitar ao máximo os minutos que lhe são confiados e de alguma forma mostrar a que veio, senão Splitter estará com os dias contados na NBA.

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Outro brasileiro que parece que foi deixado de lado no mundo da NBA é o ala armador Leandrinho Barbosa. Após um começo fulminante atuando pelo Phoenix Suns, Leandrinho era muito bem cotado tanto na Liga quanto dentro da equipe, a qual tinha papel fundamental de sexto homem. Desde que deixou o time do Arizona, Leandrinho começou a perder minutos de quadra e parece também que sua motivação. No Toronto Raptors, Barbosa ainda desenvolveu um bom basquete, o que lhe rendeu elogios e a confiança de ninguém menos que Larry Bird, que trouxe o brasileiro para o Indiana Pacers, onde atuou na última temporada. Entretanto, seu desempenho caiu bruscamente e Leandrinho foi para as férias da NBA sem time. Segundo algumas notícias vinculadas ao agente do jogador, varias propostas (inclusive do L.A Lakers) haviam sido feitas, porém nenhuma o agradava financeiramente e Leandrinho parece que irá começar a temporada 12-13 sem equipe.

Nesta temporada mais dois brasileiros chegam para a NBA: Fab Melo e Scott Machado. Melo foi o pivô titular da universidade de Syracuse e um dos líderes em tocos na NCAA e vem para reforçar o garrafão reserva do Boston Celtics, time que o escolheu na 22º posição da primeira rodada do draft. Em princípio, o pivô não parece estar preparado para os garrafões da NBA, porém terá como tutor ninguém menos que o enérgico Kevin Garnett, que nos treinamentos de verão já elogiou nosso brazuca afirmando que o mesmo possui grandes talentos defensivos e muita vontade de aprender.

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Por outro lado, Scott Machado chega em Houston em um ótimo cenário, apesar de ser o reserva da mais nova sensação e franchise player da NBA, Jeremy Lin. Vindo da universidade de IONA, Machado não chegou a ser selecionado no draft, mas o fato de ter liderado a NCAA em assistências chamou atenção de muitas equipes na Summer League e o armador soube aproveitar muito bem a oportunidade. Confiante, Machado chega a Houston com muita moral e quem sabe muitos minutos se levarmos em consideração que Lin ainda não está 100% recuperado de sua contusão no joelho. Nos jogos de pré-temporada realizados até então, ele parece ser um armador nato, distribuindo muitas assistências no pouco tempo que tem ficado em quadra.

Assim, entraremos para a temporada 2012-2013 com cinco brasileiros oficialmente na melhor Liga de basquete do mundo. Isso só tende a melhorar, uma vez que o esporte parece se popularizar a cada ano em nosso país. Devemos agora fazer como estes atletas e abraçar a oportunidade para quem sabe num futuro próximo nos tornarmos uma potencia na modalidade assim como nos tornamos no vôlei, deixando de lado o mito que o Brasil é o “país do futebol”.

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