Fonte: Melanie Fidler / AFPO maior mistério do processo pré-draft, por fim, terminou logo no início da noite. O Charlotte Hornets confirmou as expectativas e selecionou Brandon Miller com a segunda escolha do recrutamento. O ala esteve em uma disputa na última semana com Scoot Henderson que, aliás, levou até Michael Jordan a ver os treinos de ambos. Mas, internamente, não foi uma concorrência tão acirrada assim.
“Houve dois prospectos que consideramos seriamente, mas Brandon sempre foi o nosso favorito. Tivemos discussões intensas nos últimos dias, o que vimos como algo positivo. Nós não mudamos de opinião, mas a resolução foi um processo de semanas. Não era uma decisão das mais fáceis, mas ele sempre esteve à frente aqui dentro”, revelou o gerente-geral Mitch Kupchak, depois do draft.
Apesar do discurso do executivo, a postura do Hornets nos últimos dias sinalizava uma indecisão. Na última segunda-feira, por exemplo, o time trouxe Henderson e Miller para um segundo treinamento e entrevista em Charlotte. Ambos no mesmo dia e com o (ainda) dono da franquia, Jordan, na plateia. O encontro parecia uma decisão. No entanto, Kupchak definiu as visitas como só uma confirmação.
“Nós acreditamos que Brandon era o melhor jogador disponível e, assim, tomamos a decisão conforme essa visão. Foi um consenso. Os dois são talentos excelentes. Acho que ambos, por isso, terão carreiras longas na liga. Mas, no fim das contas, sentimos que Brandon é aquele que vai ter a melhor carreira aqui em Charlotte”, cravou o veterano dirigente.
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Investigação
Mas, se tudo indicava a escolha de Brandon Miller em quadra, o Hornets precisou trabalhar bem mais fora delas. O jogador de 20 anos, afinal, lida com um problema extra-quadra complicada em sua vida. Ele é pessoa de interesse na investigação do assassinato de uma mulher. O prospecto levou uma arma até um colega de equipe, que, em seguida, utilizou-a para cometer o crime.
“Com uma escolha tão alta e valiosa, você precisa realizar muita pesquisa sobre as pessoas em quem investe. Avaliamos várias informações, vemos jogos, buscamos fontes ao longo desse ano. Mas, nesse caso, foi preciso fazer mais. Nós entramos em contato com diversos indivíduos e, aliás, até viajamos ao Alabama para saber sobre o caso”, contou o executivo.
O jovem ala, realmente, não é acusado de participação no homicídio. A equipe não viu nenhum motivo para ter outra interpretação dos acontecimentos. “Realizamos uma investigação muito maior do que normalmente mesmo. Tudo exigia um nível de detalhismo maior, certamente. No entanto, após o que apuramos, estamos confortáveis com a decisão que tomamos”, reafirmou Kupchak.
Irmão mais velho
Miller, como esperado, estava extremamente animado com a confirmação de que foi o escolhido de Charlotte. Significa, antes de tudo, ter um salário maior. Mas, além disso, vai encontrar um dos seus ídolos no elenco do Hornets. Ele é um fã confesso de LaMelo Ball e, agora, vai ter a chance de ser o seu companheiro. Espera diversão e, sobretudo, ter uma referência para a vida com essa parceria.
“LaMelo é um dos meus jogadores favoritos. E, com um armador tão bom ao meu lado, eu só preciso estar bem posicionado em quadra que as coisas vão acontecer. Sei que vou entrar nas partidas e divertir-me em Charlotte com o time que temos. Mais do que isso, longe de casa, acredito que posso contar com LaMelo como um irmão mais velho”, concluiu a segunda escolha do draft.
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