Por que pode fazer sentido Bradley Beal em troca para o Phoenix Suns?

Time do Arizona é um dos dois favoritos pelo ala-armador, de 29 anos

Bradley Beal Pheonix Suns Fonte: STEPHEN GOSLING / AFP

Phoenix Suns e Miami Heat seriam os finalistas por uma troca envolvendo Bradley Beal. De acordo com o jornalista Shams Charania, do portal The Athletic, o Washington Wizards topou negociar o seu astro, após 11 temporadas. Mas será que faz sentido para o Suns? Pelo que estamos vendo, o time do Arizona enviaria Chris Paul e Deandre Ayton. Apesar de o nome de Landry Shamet aparecer, ao invés de Paul, não funcionaria para bater salários.

Acontece que Beal, de 29 anos, não quer mais ficar no Wizards. Tudo bem, decisão dele. E o que mais preocupa as equipes é o fato de o atleta ter um contrato pesado. Aliás, bem pesado. Para ter uma ideia, na próxima temporada, ele vai receber US$46 milhões. Seu acordo vai até 2025/26, mas ele possui 57 milhões de motivos para aceitar a player option no ano seguinte.

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Vá lá, dentro de alguns anos, salários de US$40 milhões não serão “tão absurdos”, por conta do novo contrato da TV. O atual acordo acaba em 2024/25, então os valores vão subir bastante. Mas já vimos esse filme antes, né?

Do nada, caras relativamente comuns estavam recebendo US$20 milhões por ano. Portanto, quando chegar o novo contrato da TV, nós não vamos nos espantar tanto com o salário de Beal.

Agora, como é que o Phoenix Suns vai fazer na próxima temporada se tiver Bradley Beal no elenco? O time vai sem armador mesmo ou será que Monte Morris entra no pacote para ser o organizador? Ou melhor, “organizador”, pois a bola vai ficar mesmo é com Kevin Durant, Devin Booker e, claro, Beal.

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Em um primeiro momento, claro, houve um certo temor pela forma de o Phoenix Suns jogar. Três cestinhas, todos criadores de seus próprios arremessos. No entanto, eles também sabem criar para os colegas. Aí estaria o “pulo do gato” da equipe. Ter um armador arremessador. Apesar de Durant, Booker e Beal serem bons no perímetro, eles somam apenas 15.5 tentativas por jogo.

Apenas para ter uma ideia, Mikal Bridges e Cam Johnson arremessavam 10.5 bolas de três por partida, mas aí tem um detalhe. Aquilo representava 44.1% de todas as tentativas deles, seja de dois ou do perímetro. No caso dos três astros, as 15.5 são apenas 28.8% do que arriscam por jogo. Ou seja, vai faltar volume, algo que atrapalhou o Suns diante do Denver Nuggets.

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Então, Morris, que tem um índice de 39.2% de acertos na carreira, já ajuda com os quase 40% que tentou do perímetro. Assim, é possível um começo de conversa. Mas para conseguir fazer funcionar como a liga propõe o seu jogo, é necessário contar com reservas especialistas no assunto. Na última temporada da NBA, os melhores times no quesito arremesso do perímetro tentaram 40 bolas por jogo. O Suns teve 32.2.

Primeiro, é bom ter um pivô que consiga pegar muitos rebotes ofensivos. Daniel Gafford, que deve entrar no pacote, pegou 37.5 de seus rebotes no ataque em 2022/23. Mas ele jogou por apenas 20 minutos por partida. Para fazer funcionar, ele precisa atuar por, pelo menos, 28. Por 36 minutos, uma métrica que embora seja falha, ajuda a entender um pouco mais as coisas, ele pegaria 3.7 Rodmans ofensivos. Entretanto, cometeria 4.2 faltas, o que é um problema para quem gosta de bloquear arremessos.

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Reservas

Renovar com caras como Terrence Ross, Torrey Craig, Damion Lee e Josh Okogie deve ser parte importante para a diretoria. Claro, pensando em Bradley Beal no Phoenix Suns. Eles representaram 13.9 tentativas de três por jogo. Se você somar com as 15.5 do trio, com as 3.9 de Cameron Payne (que tem contrato) e as 3.3 de Monte Morris, chega a quase 37 por partida. Ou seja, ficaria na média ou um pouco acima disso do que a liga “exige” hoje. Se Shamet ficar, adicione mais cinco tentativas.

Além disso, Craig e Okogie são excelentes defensores e podem jogar em múltiplas funções. Um outro protetor de aro saindo do banco, também ajudaria como reserva de Gafford. Poderia até ser Bismack Biyombo, por exemplo, mas aí é necessário mais um para complementar. O veterano atuou por 14 minutos na última temporada, o que é pouco para substituir o atual pivô do Wizards. Então, seria bom renovar com Darius Bazley.

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Apesar de baixo (2,03 metros), Bazley é um bom jogador e daria ao Phoenix Suns uma alternativa aos estilos dos outros dois. Se precisar espaçar a quadra, ele é capaz de ajudar com os seus 37.7% do perímetro na última campanha. A questão é que ele foi pouco utilizado.

Mas se o Suns quiser mesmo brigar, tem um nome no mercado que poderia fazer toda a diferença: Naz Reid. Só que ele valorizou muito em 2022/23, mas é jovem, defende bem, ataca o aro, pega rebotes e arremessa de três. Como a equipe não terá espaço para dar grande salário ao jogador, se ele topar por um ano, pode valorizar ainda mais.

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Não custa tentar, né?

Com Bradley Beal o Phoenix Suns é candidato ao título?

Sempre que existir um time rodeado de talento, ele será candidato. Mas é necessário entender como a direção vai montar o resto do elenco. Não pode ter buracos, que acabam sendo expostos nos playoffs.

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Bradley Beal dá ao time mais uma grande fonte de pontuação, mas também ajuda na organização. Então, com jogadores de qualidade ao seu lado, as chances de cesta são muito maiores do que jogar ao lado de “bagres”.

Uma coisa é você fazer 30 pontos com caras assim. Outra, é ter um bom aproveitamento, bom passe e saber dividir o ataque com outros astros. Acredito que Beal pode contribuir para fazer o time brigar por título. Agora, Phoenix tem que combinar com o Wizards e torcer para que ele não vá para o Miami Heat.

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Sacramento Kings e Milwaukee Bucks também querem contar com o atleta, mas Suns e Heat seriam os favoritos. Vamos aguardar mais uns dias até a resposta final.

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