Boston Celtics tenta forçar jogo que só aconteceu três vezes na história da NBA

Em 150 séries, apenas três equipes conseguiram o que Boston busca

Boston Celtics história NBA Fonte: Issac Baldizon / AFP

O Boston Celtics joga contra a história para conquistar a Conferência Leste e alcançar as finais da NBA. Afinal, a equipe perdia por 3 a 0 para o Miami Heat nas semifinais e, agora, está a uma partida de empatar a série e forçar o jogo 7.

Contudo, alcançar o jogo decisivo nestas condições é, historicamente, quase impossível. Desde 1947, ano da primeira pós-temporada, 150 times estiveram a três jogos de desvantagem. Destes, apenas três empataram. Nenhum, até hoje, conseguiu virar.

New York Knicks – 1951

O primeiro capítulo dessa sequência histórica aconteceu nas finais de 1951. Campeão do Leste, o New York Knicks chegou a decisão para enfrentar o Rochester Royals – atual Sacramento Kings -, campeão do Oeste.

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Como o adversário teve melhor campanha na temporada regular, o Knicks começou a série fora de casa. Resultado: duas vitórias avassaladoras para o Royals, por 92 a 65 e 99 a 84.

Até aí, tudo normal. Bastava o time de Nova York aproveitar a força da sua torcida. No entanto, no terceiro jogo, mais uma vitória da franquia adversária. Com isso, 3 a 0 na série. Mais uma vitória e Rochester alcançaria seu primeiro título.

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O Knicks, entretanto, não se deu por vencido. Logo no primeiro quarto, a equipe abriu 11 pontos de vantagem. Assim, apenas controlou o confronto e garantiu a sua primeira vitória, à frente de quatro mil torcedores.

No jogo seguinte, precisava vencer fora de casa. Algo que, até então, não tinha acontecido. Isso mesmo, ‘tinha’. Isso porque o Knicks venceu o jogo mais dividido de toda a série, com uma vantagem de apenas três pontos.

Retornando aos seus domínios, New York tinha a confiança a seu favor. Tanto que empatou a série, graças a um show coletivo, com quatro jogadores marcando mais de dez pontos. Logo, pela primeira vez na história, um time forçava um jogo 7, após perder as três primeiras partidas.

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Mas, como a história já contou, o Knicks “nadou e morreu na praia”. Com um show de Arnie Risen (24 pontos e 13 rebotes), Rochester venceu e conquistou o título.

Denver Nuggets – 1994

Sim, foram 43 anos até uma franquia repetir o feito do Knicks. Dessa vez, a vítima foi o Denver Nuggets. Nas semifinais do Oeste, a equipe enfrentou o Utah Jazz, de John Stockton e Karl Malone.

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Oitava melhor campanha da conferência, Denver jogou as duas primeiras partidas fora de casa. Claro favorito, Utah aproveitou a vantagem da sua torcida e venceu os dois primeiros embates.

A primeira partida no Colorado foi memorável. Malone, Stockton e Jeff Hornacek foram brilhantes e levaram os visitantes à liderança. Isso até o último quarto, quando o Nuggets conseguiu empatar a partida e levou para a prorrogação. No tempo extra, contudo, Utah venceu por apenas dois pontos.

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Naquela pós-temporada, entretanto, Denver foi um adversário duro. Tanto que na série anterior, contra o Seattle SuperSonics – time de melhor campanha -, a franquia virou numa situação de ‘vida ou morte’.

Nas semifinais, então, tentou repetir a história. A primeira vitória veio no jogo 4, em mais uma partida decidida nos detalhes. Com 21 pontos do ala Reggie Williams, o Nuggets venceu por 83 a 82.

Na partida seguinte, fora de casa, mais uma dura batalha. Foram duas prorrogações, até que na segunda eles abriram uma vantagem de oito pontos e alcançaram a segunda vitória.

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Em casa, no jogo 6, como na primeira vitória, outra vez a franquia do Colorado reverteu uma desvantagem de sete pontos no último quarto. Com isso, empatou a série.

No entanto, mais uma vez na NBA, a equipe que tinha a vantagem venceu o jogo decisivo. Com 31 pontos de Malone, Utah não bobeou e avançou às finais.

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Portland Trail Blazers – 2003

Por fim, a última equipe que quase quebrou a história: Portland Trail Blazers. A franquia do Oregon chegou a primeira rodada para enfrentar o forte Dallas Mavericks, de Steve Nash e Dirk Nowitzki.

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Com a terceira melhor campanha do Oeste, Dallas teve a vantagem da sua torcida nos dois primeiros confrontos. E, graças ao brilhantismo do ídolo alemão, que combinou para 71 pontos, a franquia texena venceu os dois primeiros jogos.

Em casa, Portland precisava, portanto, da vitória, para ganhar uma sobrevida. Nowitzki, entretanto, deu mais um show. Foram 42 pontos da lenda, que liderou o Mavs para uma vitória fora de casa, por 115 a 103.

A partir dali, o coletivo do Blazers falou mais alto. No jogo seguinte, a franquia de Portland limitou o forte ataque adversário a apenas 79 pontos. Do outro lado da quadra, contou com cinco jogadores com mais de dez pontos.

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A brilhante atuação ofensiva dos titulares seguiu no jogo 5. Mesmo com 35 pontos de Nowitzki, Portland demonstrou uma reação no último quarto e venceu outra partida por apenas três pontos.

Novamente em casa, mais um show. O astro alemão teve sua pior atuação, com apenas quatro pontos, e o time mandante empatou em 3 a 3.

Ainda assim, a série terminou como as outras duas. Dirk recuperou o brilhantismo, fechou o jogo com 31 pontos e acabou com as esperanças do Trail Blazers.

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Celtics x Heat

Quem tenta agora repetir o feito das equipes mencionadas é o Celtics. A equipe 17 vezes campeã demorou a acordar na série contra Miami. Tanto que perdeu as três primeiras partidas, sendo duas em casa, de forma apática, com jogadores e comissão perdidos.

Bastou uma mudança de comportamento para vencer a primeira no jogo 5. Jayson Tatum foi essencial, com 33 pontos e 11 rebotes. A defesa encaixou e reduziu o Heat a apenas 99 pontos.

Da mesma forma, conseguiu repetir a atuação na partida anterior e pôde descansar os principais jogadores no quarto final. Com isso, ganhou uma sobrevida e enfrenta Miami neste sábado, (27), às 21h30 (horário de Brasília).

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Agora, considerando a história, Boston Celtics tem apenas 2% de chances de alcançar uma partida que só aconteceu em três de 150 oportunidades na NBA. A confiança, no entanto, parece estar ao lado dos comandados de Joe Mazulla.

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