A liga vive uma experiência totalmente única em sua história, no complexo esportivo da Walt Disney World em Orlando, forçada pelas condições extremas do mundo em meio a uma pandemia. Los Angeles Lakers e Miami Heat estão na disputa de um título que será particular em mais de sete décadas. E, por isso, a lenda Scottie Pippen não vê a “bolha” como, de fato, o basquete da NBA em sua essência competitiva.
“Eu preciso ser honesto: isso não é o basquete da NBA. Não envolve o esforço físico, a luta, as viagens, os torcedores adversários ou as distrações. Para mim, não passam de amistosos. Os atletas vão para quadra, treinam juntos e fazem essas partidas que não tem nenhuma das adversidades. Não há problemas que todos os times precisam enfrentar, nenhuma pressão nos jogadores”, disse o membro do Hall da Fama, em entrevista ao site Business Insider.
Pippen ilustra o impacto das diferenças entre a “bolha” e uma temporada normal, com os playoffs disputados de forma regular, ao analisar o rendimento de um dos destaques do Lakers na etapa de mata-mata. De acordo com o icônico ex-jogador, nenhum atleta ativo em Orlando serve como um argumento melhor para a posição que está defendendo do que o veterano Rajon Rondo, com seu arremesso surpreendente afiado na Disney.
“Tomem o Rondo como exemplo: ele não converteu arremessos de três pontos na carreira inteira e, do nada, passa a acertar quase 50% de suas tentativas em Orlando. Como você pode explicar isso?”, questionou o ídolo do Chicago Bulls, incrédulo com a evolução repentina do armador nos últimos meses. Para ser mais exato, o experiente reserva angelino fez 44.2% dos tiros de longa distância na “bolha”.
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