Blazers sofre com azar e bobagens no draft da NBA

Time do Oregon teve chances de contar com grandes jogadores da história da NBA

Blazers azar bobagem draft Fonte: Harry How/AFP

Poucas equipes na NBA estiveram muito perto de contar com alguns dos melhores jogadores de todos os tempos. No entanto, quando se trata do Portland Trail Blazers, um misto de azar com bobagens se fez presente na hora de selecionar no draft. Muitas vezes, o time do Oregon não optou pelo maior talento disponível, selecionando peças para composição do elenco. No fim das contas, o resultado nem sempre foi o desejado.

Veja a lista.

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Bill Walton (1974)

Não, Bill Walton não está aqui por ter sido ruim ou algo parecido. Hall da Fama, Walton foi calouro do ano, All Star, MVP e campeão pelo Portland Trail Blazers. Entretanto, ele entra pelo fato de ter tido uma carreira muito, mas muito curta por conta de lesão no pé. Apesar de ele ter obtido números sólidos (17.1 pontos, 13.5 rebotes, 4.4 assistências e 2.6 bloqueios) na equipe do Oregon, foram apenas 209 jogos por lá.

Walton foi um jogador incrível enquanto esteve em quadra, mas isso foi quase uma raridade. Entre 1978-79 e 1981-82, ele fez somente 14 partidas. Posteriormente, o ídolo de Portland ainda foi campeão, mas pelo Boston Celtics, em 1985-86, como reserva. Dois anos depois, veio a aposentadoria.

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Sam Bowie (1984)

Imagine o seguinte: o Portland Trail Blazers selecionou Clyde Drexler em 1983. Então, a equipe pensou em reforçar o garrafão. Sam Bowie era um pivô intimidador na universidade de Kentucky. Ele era o cara que o time queria selecionar, pois Hakeem Olajuwon foi a primeira escolha. O Blazers tinha a segunda e, claro, foi de Bowie.

Assim… nada contra Bowie. Ele era um pivô com alguns recursos e poderia ser segunda escolha em recrutamentos de outros anos. Entretanto, não em 1984.

Sabe quem veio logo depois dele? Michael Jordan.

Imagine. O Blazers teve a chance de contar com Drexler e Jordan, mas optou por Bowie. Acontece, né? Mas será que um raio cai duas vezes em um mesmo lugar?

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Leia os próximos dois e você vai entender que sim, cai.

 

Sebastian Talfair (2004)

Reprodução/Slam Magazine

Sebastian Telfair era um fenômeno do basquete colegial. A imagem acima é da revista Slam, uma das mais conceituadas dos EUA no assunto. Ao lado do armador, ninguém menos que LeBron James. Sim, a hype era toda em cima dos dois. Eles pularam direto do colégio para a NBA, mas o resultado foi um tanto diferente.

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Para Telfair ter tempo de quadra, o Blazers abriu mão de Damon Stoudamire, titular da equipe por quase oito anos. Embora o Blazers estivesse passando por um momento de transição, a equipe queria que o novo armador tomasse conta do ataque a partir dali. No entanto, ele não era exatamente um grande profissional.

A carreira de Telfair começou a descer ladeira abaixo, após o Blazers reconhecer que ele não chegaria a ser um astro. Então, o atleta passou por Boston Celtics, Minnesota Timberwolves e Los Angeles Clippers até se reencontrar com LeBron. Entretanto, sua passagem pelo Cleveland Cavaliers durou pouco (apenas quatro jogos). Por fim, ele esteve em quatro times em quatro anos, sempre como reserva e não atuou mais na NBA após participar de 14 partidas pelo Oklahoma City Thunder, em 2015.

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Martell Webster (2005)

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Nathaniel S. Butler/AFP

O Portland Trail Blazers tinha a terceira escolha do draft de 2005. No entanto, na noite do recrutamento, resolveu descer para a sexta, permitindo que o Utah Jazz ficasse com a sua pick. Tudo isso poque estava de olho em Martell Wesbter e, na teoria, o time não precisava de um armador. Sebastian Telfair estava lá, ora.

Só que nessa brincadeira, o Jazz selecionou Deron Williams (três vezes All Star, medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim e Londres), enquanto Chris Paul (foto) sobrou para o New Orleans Hornets, na quarta escolha. O Blazers, claro, foi de Wesbter. Decisão correta?

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Sem querer ser engenheiro de obra pronta, mas é óbvio que não.

Webster não deu em nada. Apesar de ter atuado por cinco temporadas em Portland, ele ainda teve sobrevida no Minnesota Timberwolves e Washington Wizards. Uma lesão no quadril, então, importunou o bastante para encerrar a carreira em 2017, aos 30 anos.

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O raio caiu duas vezes no mesmo lugar.

 

 Brandon Roy (trocado para o Blazers na noite do draft de 2006)

Aqui, a culpa é do azar. Embora Brandon Roy não tenha sido selecionado pelo Portland Trail Blazers e, as lesões acabaram com a sua carreira. Roy foi selecionado pelo Minnesota Timberwolves, que conseguiu fazer a bizarrice de ficar com Randy Foye (um combo guard que não teve lá muito sucesso na NBA).

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De qualquer forma, Roy era muito, mas muito bom. Após o ano de estreia, ele foi três vezes consecutivas para o Jogo das Estrelas, mas o joelho dava sinais claros que havia um problema grave. Sem cartilagem, ele ainda tentou atuar em 2010-11. Sem sucesso, o atleta anunciou sua aposentadoria em 2011, aos 27 anos.

Após muito sacrifício, Roy recuperou a forma e fechou com o Timberwolves em 2012. No entanto, foram apenas cinco partidas seguidas de uma aposentadoria em definitivo, aos 28.

 

Greg Oden (2007)

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AFP

A experiência do Portland Trail Blazers com a lesão de Bill Walton, três décadas antes, já era um pesadelo. Agora, imagine você optar por um pivô que fazia muito barulho no basquete universitário, tido como o próximo Shaquille O’Neal. Não por menos, ele havia acabado de fazer 15.7 pontos, 9.6 rebotes e 3.3 tocos em cerca de 29 minutos de ação por Ohio State. Então, na NBA, atuando por 33, 34 minutos, pobres adversários.

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No entanto, Greg Oden não foi o que todo mundo esperava. Não por falta de qualidade, mas de joelho.

Para ter uma ideia, em 82 jogos que fez em cinco temporadas pelo Blazers, Oden teve 15.3 pontos, 11.9 rebotes e 2.3 bloqueios por 36 minutos. O problema é… ele teve uma média real de 22 minutos em quadra.

Quatro anos depois de seu último jogo pelo Blazers, Oden recebeu nova oportunidade, agora, no Miami Heat. Entretanto, ele não tinha mais condições de jogar e praticamente não atuou, se aposentando em 2016.

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Para piorar a situação, Oden foi o Sam Bowie de seu tempo. Por que? O Blazers tinha a primeira escolha do draft e foi no pivô. O segundo nome chamado por David Stern naquela noite foi Kevin Durant.

E o raio seguiu caindo no mesmo lugar.

 

Imagine se…

 

O Portland Trail Blazers tivesse selecionado Michael Jordan. O time poderia ter um quinteto com Terry Porter, Clyde Drexler, MJ, Jerome Kersey (ou Buck Williams) e Kevin Duckworth. Onde poderia chegar assim?

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O Blazers tivesse optado por Chris Paul e Kevin Durant. Um time titular com Brandon Roy, LaMarcus Aldridge, Nicolas Batum, Paul e Durant seria fácil de bater nos playoffs?

Fica tudo no imaginário, mas é nessa hora em que o torcedor do Blazers chora.

 

Nem tudo foi um desastre em Portland

O Portland Trail Blazers já teve escolhas no draft que deram grande resultado. Clyde Drexler, já citado aqui, foi uma das melhores. Mas, antes, o time do Oregon selecionou Terry Porter, um dos grandes armadores de sua história. Posteriormente, outros excepcionais jogadores foram escolhidos, como Damian Lillard e CJ McCollum. Embora LaMarcus Aldridge tenha feito boa parte de sua carreira em Portland, ele foi selecionado pelo Chicago Bulls e trocado na noite do recrutamento.

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Hoje, o Blazers conta com outro jogador que veio do draft e vem sendo sensação, o armador Anfernee Simons.

Vigésima quarta escolha de 2018, Simons foi alçado ao time titular na atual temporada, por conta da lesão abdominal de Lillard. E, em 16 jogos como titular, ele possui médias de 21.6 pontos, 6.4 assistências e um aproveitamento incrível de 42.6% de três pontos. Todavia, o atleta está em seu último ano de contrato e, agora, o Blazers precisa tomar algumas decisões sobre o futuro da franquia.

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