Ajudado por um início arrasador, o Portland Trail Blazers sofreu sua terceira derrota na última temporada apenas na 16ª partida que disputou. Desta vez, a marca pode ser alcançada bem antes do que a maioria projetava. A equipe comandada por Terry Stotts recebe o Cleveland Cavaliers nesta terça-feira e, caso perca, fica com só uma vitória em quatro duelos. Para os jogadores, o início inesperadamente ruim tem uma razão óbvia: a produção ofensiva.
“Nosso ataque não tem sido tão afiado quanto na temporada passada ou quanto queríamos que fosse. Eu acho que a execução não está tão precisa e alguns jogadores não vivem um bom momento. Sinto que não estamos armando as jogadas como deveríamos e ainda falta entrosamento, às vezes. Nossa execução tem que melhorar”, afirmou o astro LaMarcus Aldridge, um dos líderes do elenco de Portland.
Embora três jogos seja uma amostragem muito pequena, os números parecem comprovar a conclusão do ala-pivô. O Blazers teve o quarto melhor ataque da NBA em média de pontos (106.7) e o quinto em eficiência ofensiva (108.3 pontos por 100 posses de bola). Agora, a equipe ocupa somente a 19ª posição em pontos por jogo (96.7) e está no 17º lugar em eficiência (101.3/100).
“Eu acho que tudo funcionou instantaneamente no ano passado e isso nos acostumou mal. Nós iniciamos a última temporada e nosso ataque fluiu com muita facilidade. Agora, será um processo de aprendizado aqui. Precisamos aprender a jogar basquete juntos novamente”, contou Aldridge, principal pontuador (25.0) e segundo maior reboteiro (6.7) do time neste começo de campanha.
O grande alvo das críticas da imprensa especializada é Damian Lillard. O armador tem médias de 13.7 pontos e 5.0 rebotes nos três confrontos já disputados, mas converteu somente 26.8% de seus arremessos de quadra e foi superado no duelo direto com todos os adversários de posição que encarou. Ele não nega viver uma crise técnica – provavelmente, a pior de sua trajetória profissional.
“Este é o meu terceiro ano na NBA e nunca passei por um momento tão ruim. É frustrante, porque, se estivesse melhor, poderia ser uma grande diferença. Quero fazer mais. Eu vou continuar jogando porque sei que, eventualmente, as coisas vão começar a dar certo. Só preciso atuar melhor. Nós vamos ficar bem”, garantiu o titular, que foi escolhido para seu primeiro Jogo das Estrelas no primeiro semestre.
O início pode até não ser tão bom quanto na última temporada, mas ainda é muito cedo para perder a confiança. O ala-armador Wesley Matthews dá o tom: ao mesmo tempo em que concorda com o astro, vê a possibilidade de mudança bem próxima. “Não é segredo para ninguém que nossa ofensiva não tem sido muito boa. Mas a beleza da NBA é que já temos outro time para enfrentar nesta terça e podemos mudar tudo”, encerrou, já de olho na recuperação diante do Cavs.