Fonte: Adam Pantozzi / AFPAustin Reaves foi, em síntese, o MVP do Los Angeles Lakers nesse domingo. O ala-armador saiu do banco de reservas e marcou 35 pontos para, assim, liderar a vitória sobre o Orlando Magic. O resultado era crucial na luta dos angelinos para garantirem uma vaga nos playoffs. Os gritos e carinho da torcida podem parecer exagerados, mas tiveram um valor enorme para o jovem atleta.
“Eu sempre entro em quadra com senso de urgência e, por isso, deixo tudo o que tenho lá dentro. Atuo dessa forma porque sinto que é assim que o basquete deve ser jogado. Ouvir os torcedores reconhecerem essa postura, então, é gratificante. Especial. Sei que não sou bom o bastante para ser um MVP da liga, mas tudo isso significa muito”, celebrou o jogador, após a vitória por 111 a 105.
Mas Reaves fez muito mais do que os pontos em si. Pegou seis rebotes e distribuiu seis assistências, para começar. Acertou nove dos seus 14 arremessos de quadra. Teve a postura agressiva premiada, enquanto isso, com 18 lances livres cobrados. Treze dos seus 35 pontos, por fim, ocorreram no último quarto. Os últimos dez pontos do Lakers na noite vieram das suas mãos.
“Tudo é legal para mim porque, antes de tudo, sou um torcedor do time. Sempre fui fã dessa equipe. Poder jogar nesse nível, por isso, é um sentimento surreal. Paro e penso, às vezes, em tudo o que estou fazendo e já aconteceu em minha carreira sem acreditar. Mas, por enquanto, eu só digo que estou feliz com essa vitória”, concluiu o reserva de 24 anos, sem projetar o futuro.
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Normal
Os gritos de MVP, certamente, evidenciam a melhor atuação de Austin Reaves com a camisa do Lakers. No entanto, para Darvin Ham, a ótima performance não chega a ser uma surpresa. Os altos números, talvez, mas o desempenho individual não. Pelo contrário. O treinador descreveu o desempenho do jovem, em comparação com o resto da temporada, como “normal”.
“Essa foi uma atuação normal de Austin, para começar. Pois foi só si mesmo em quadra. Aquele atleta que tem sido desde o início da temporada. Ele acelerou o nosso ataque, agrediu a defesa, ‘cavou’ faltas e, por fim, surgiu nos momentos decisivos. Ou seja, foi excelente. Terminou com 35 pontos e nós precisamos de cada um deles hoje”, exaltou o técnico.
Sem LeBron James, a tendência é que Anthony Davis seja o líder do Lakers. O ala-pivô, no entanto, ficou feliz em entregar o comando a Reaves contra o Magic. “Austin é jovem, mas sabemos o que esperar dele todas as noites. Essa atuação transpareceu confiança do primeiro ao último minuto. Ele simplesmente nos carregou à vitória hoje”, resumiu o craque angelino.
Recepção
O ótimo momento vivido por Reaves no Lakers é o produto, antes de tudo, do seu excelente basquete. Mas por que um garoto brilha tanto e conquista a torcida em um time onde tantos veteranos não “vingaram”? Com um nível de exigência tão alto? Ele acredita que tudo começou quando um ídolo do peso de LeBron James decidiu simplesmente o acolher com suas virtudes e falhas.
“LeBron é um dos melhores jogadores de todos os tempos. Então, a forma como ele aceitou-me desde o primeiro dia é algo que não sei explicar em palavras. Eu sinto, além disso, que nós desenvolvemos um entrosamento muito bom. E acho que, acima de tudo, pensamos o basquete igual. Não só nós, aliás, mas todos nessa organização”, finalizou o jovem ala-armador.
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