Fonte: Reprodução / XJaylen Brown, do Boston Celtics, é um dos novos atletas da NBA a entrarem no mundo da produção de conteúdo. Ele começou a fazer lives em uma plataforma de streaming para comentar os jogos do time e, mais do que isso, impressões sobre basquete. Mas por que isso agora? Assim como outros jogadores, ele revela que se motivou com a visão negativa da cobertura atual da liga.
“A razão pela qual comecei isso é porque sinto que a imprensa é muito preguiçosa. Eu estou tentando ser ‘ponderado’ com as palavras, mas é o meu sentimento. Sei que as polêmicas são o que vende, então eles sempre vão enfatizar algo negativo. Afinal, é o que gera mais cliques e engajamento. Mas, ao mesmo tempo, isso não é jornalismo”, criticou o campeão da liga em 2024.
Assim, Jaylen Brown segue vários astros que decidiram produzir conteúdo como uma resposta à imprensa especializada. Eles dizem que não querem mais ser “reféns” das narrativas da grande mídia. Draymond Green e Paul George, por exemplo, já fazem sucesso com os seus podcasts. O ala de Boston crê que esse movimento é importante para dar uma visão mais ampla sobre a NBA.
“A imprensa já não se preocupa em contar a história completa, mas só as partes mais negativas. Isso é o que todos veem de primeira. A maior parte das pessoas nem vão atrás dos detalhes, pois é assim que funciona o cérebro na era das redes sociais. Só olham as manchetes. Não existe mais interesse no que realmente aconteceu. E, com isso, o trabalho da mídia só piora”, acusou o craque do Celtics.
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Separador
Jaylen Brown sabe, pelo dia a dia do Celtics, que a cobertura da imprensa da NBA sobre o time não é precisa. Durante a offseason, por exemplo, o debate sempre esteve em um “desmanche” do elenco depois da lesão de Jayson Tatum. Mas, agora, o time está na terceira posição do Leste mesmo sem o seu principal jogador. Isso só reforça a visão da mídia como um ente desagregador para as equipes.
“Assim que a mídia ‘entra’ no vestiário, você já pode esquecer a avaliação da temporada que fazia. As suas aspirações competitivas e vontade de vencer oscilam porque se cria um ambiente de muita instabilidade. Dizem coisas para que os jogadores se virem uns contra os outros. Com isso, o clima de camaradagem se destrói dentro do elenco”, acusou o MVP das finais do ano passado.
Por isso, Brown conta que um dos focos do Celtics é “fechar” o time contra comentários externos. Tudo o que vem de fora tem mais potencial de separar do que agregar e unir. “Nós fazemos um ótimo trabalho em Boston ‘blindando’ o nosso vestiário. Tentamos ao máximo deixar todas as polêmicas e hot takes da mídia para fora porque sabemos que podem abalar tudo”, garantiu.
Distração
O anúncio de que Brown seria streamer, a princípio, dividiu opiniões. É claro que a maior parte dos seus fãs ficou animada, pois seria mais um canal de comunicação com o ídolo. Além disso, é mais um grande jogador oferecendo a sua visão sobre o jogo. Mas houve também questionamentos, em particular, sobre o seu foco em quadra com a atividade paralela. Ele encarou as reações negativas quase como uma ofensa.
“As pessoas pensam que não estou focado no time só porque faço uma transmissão ao vivo depois das partidas? Isso é ridículo, pois posso garantir que eu nunca estive mais centrado em minha vida. Estou pronto para fazer o que for preciso para ganharmos os jogos. Afinal, eu faço tudo o que me proponho na carreira com foco máximo”, cravou o ala de 29 anos.
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