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Rajon Rondo é conhecido por seus bate-bocas e provocações em quadra, mas, agora, está envolvido na provável maior polêmica de sua carreira fora das quatro linhas. O armador do Sacramento Kings foi suspenso pela NBA por uma partida na semana passada, depois de ser expulso por xingar um árbitro na derrota contra o Boston Celtics no início do mês. Foi descoberto que os insultos tiveram cunho homofóbico e, incomodado pela forma como foi tratado pelo jogador, Bill Kennedy assumiu publicamente ser homossexual após o episódio.
“Eu tenho orgulho em ser um juiz da NBA e homem gay. Estou seguindo os passos de outras figuras que decidiram revelar-se na esperança de enviar uma mensagem para os jovens homens e mulheres nos esportes: que não se deve deixar ninguém fazê-lo sentir-se mal sobre quem você é”, declarou Kennedy, em entrevista ao site Yahoo! Sports.
A situação complica-se porque a revelação do árbitro não foi recebida com surpresa nos bastidores da liga. O dono do Dallas Mavericks, Mark Cuban, não fez nenhum julgamento da postura de Rondo, mas ressaltou que a opção sexual do árbitro era amplamente conhecida por atletas e técnicos. “A homossexualidade de Bill nunca foi um segredo em nosso meio. Eu estou muito orgulhoso por fazer o que ele fez”, afirmou o mandatário.
Várias figuras importantes da NBA se manifestaram com opiniões diversas sobre a conduta do armador. O técnico do Kings, George Karl, admitiu ter se decepcionado com o comandado, mas acredita que as palavras tenham sido algo totalmente fora do seu caráter. Já o treinador do Utah Jazz, Quin Snyder, disse que seus atletas nunca fariam algo parecido com o juiz por serem “socialmente conscientes” e “nada ignorantes”.
Em nome do Kings, o gerente-geral Vlade Divac fez questão de entrar em contato com Kennedy para pedir desculpas e divulgou comunicado oficial condenando a postura do jogador. “Os comentários de Rajon foram desrespeitosos e ofensivos. Nós desaprovamos qualquer discriminação com todas as forças e condenamos qualquer referência negativa à orientação sexual de quem quer que seja. Este é o tipo de comportamento que não representa nossa organização”, garantiu o ex-pivô, que participou de jogos comandados por Kennedy.
Rondo preferiu não falar com a imprensa nos treinos desta segunda-feira, mas, por meio de sua conta no twitter, respondeu as acusações e retratou-se pela postura condenável. “Minhas ações durante a partida foram resultado apenas de frustração e ânimos acirrados. Eles não refletem de forma alguma meus sentimentos sobre a comunidade LGBT. Realmente não quis ofender ou desrespeitar ninguém”, postou, desculpando-se publicamente.
Não é esperado que a NBA suspenda novamente ou anuncie punições atualizadas a Rondo pelos novos desdobramentos recentes do ocorrido, apesar da gravidade da situação. O armador, que vai ser agente livre ao fim da temporada, disputou 24 partidas pelo Kings até o momento com médias de 12.6 pontos, 6.9 rebotes, 11.0 assistências e 1.9 roubos de bola.
