Como a provável primeira escolha do próximo draft, Cade Cunningham acompanhou a vitória do Detroit Pistons na loteria como quem conhece a sua nova equipe. E ele não planeja oferecer qualquer tipo de mistério para essa história nas próximas semanas. De acordo com Adrian Wojnarowski, da ESPN, o ala-armador e os seus agentes pretendem visitar somente a equipe do Michigan antes do recrutamento.
O comportamento do prospecto não chega a ser surpreendente, pois já faz parte de um modus operandi comum entre os favoritos à primeira escolha de drafts recentes. Com o auxílio de seus empresários, os jogadores são retirados de quaisquer eventos e treinos coletivos para minimizar exposição e “proteger” a projeção. O jovem atleta, de fato, só se apresenta à equipe que deverá selecioná-lo.
O gerente-geral Troy Weaver, obviamente, comemorou o resultado da loteria do draft e a chance de seguir a “revitalização” do Pistons. “Nós estamos bastante animados com a escolha porque vamos adicionar mais um jovem talento ao processo de reconstrução do time, mas também sabemos que há muito trabalho a fazer. Essa é uma oportunidade e vamos realizar nossas pesquisas para poder aproveitá-la”, declarou o executivo.
Mas, se a postura de Cunningham é de quem tem a certeza de que será o primeiro nome chamado por Adam Silver, o dirigente do Pistons saiu da loteria do draft com o discurso obrigatório de que todas as opções são possíveis e serão discutidas até o recrutamento. “Vamos observar todas as oportunidades, explorar cada cenário e ver cinco jogadores, buscando fazer a escolha certa para a nossa organização. Sendo realista, sabemos que esse é um ano com cinco grandes prospectos”, cogitou.
Os prospectos a que Weaver refere-se são, além de Cunningham, os alas-armadores Jalen Green e Jalen Suggs, o ala Jonathan Kuminga e o pivô Evan Mobley. Eles formam as cinco primeiras escolhas de consenso na opinião da maioria dos analistas especializados norte-americanos.
O dirigente, dentro dessa perspectiva, diz que a sua intenção não é necessariamente acertar o melhor jogador do quinteto, mas sim quem faz mais sentido para o Pistons. “Pressão existe em qualquer posição de escolha, mas acredito no processo e não vejo seleções certas ou erradas. A pressão que sinto é para escolher o ativo que vai levar nosso time um passo à frente, rumo ao topo da liga. É para isso que fui contratado”, sentenciou Weaver.
Cunningham está partindo para o basquete profissional após só uma temporada pela Universidade de Oklahoma State, como amplamente esperado. O jogador de 19 anos, que atrai comparações com Luka Doncic, registrou médias de 20.1 pontos (com 40% de aproveitamento nos arremessos de longa distância), 6.2 rebotes, 3.5 assistências e 1.6 roubos de bola em 27 partidas disputadas na última temporada da NCAA.
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