Aos 41 anos, Manu Ginobili anuncia aposentadoria das quadras

Multicampeão, argentino encerra brilhante carreira de 23 temporadas como atleta profissional, 16 delas vestindo a camisa do San Antonio Spurs

Fonte: Multicampeão, argentino encerra brilhante carreira de 23 temporadas como atleta profissional, 16 delas vestindo a camisa do San Antonio Spurs

Lenda do San Antonio Spurs, e considerado o maior jogador sul-americano da história do basquete, o argentino Manu Ginobili anunciou nesta segunda-feira a sua aposentadoria das quadras, depois de 16 temporadas vestindo a camisa do time texano.

“Hoje, com uma ampla gama de sentimentos, estou anunciando minha aposentadoria do basquete. Tenho uma gratidão imensa por todos (familiares, amigos, companheiros de equipe, treinadores, funcionários, torcedores) envolvidos em minha vida nos últimos 23 anos. Tem sido uma jornada fabulosa. Muito além dos meus sonhos mais loucos”, afirmou o ídolo argentino, de 41 anos, em sua conta oficial no Twitter.

Ginobili foi escolhido pelo Spurs na 57ª posição do Draft de 1999, mas só chegou à NBA em 2002, um ano depois de se sagrar MVP do Final Four e campeão da EuroLiga pelo Bologna, da Itália. Pela franquia de San Antonio, e sob o comando de Gregg Popovich, o argentino conquistou quatro títulos (2003, 2005, 2007 e 2014), formando ao lado de Tim Duncan e Tony Parker o trio mais vitorioso de todos os tempos da NBA, com 575 triunfos, em 14 temporadas.

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Além disso, o ala-armador é dono do maior aproveitamento da história da liga (72.1%) entre jogadores que participaram de pelo menos mil partidas, com 762 vitórias e 295 derrotas. Em 1.057 jogados disputados com a camisa do Spurs, Ginobili angariou médias de 13.3 pontos, 3.8 assistências e 3.5 rebotes. Duas vezes selecionado para o All-Star Game (2005 e 2011), e eleito melhor reserva da NBA, em 2008, ele é o jogador com mais arremessos de três pontos convertidos (1.495) e roubos de bola (1.392) da história do time texano.

Ginobili também é um dos sete jogadores na história que atuaram por apenas uma franquia na NBA em mais de 15 temporadas (os outros são Kobe Bryant, Tim Duncan, John Havlicek, Reggie Miller, Dirk Nowitzki e John Stockton). Titular em apenas 33% das partidas disputadas na liga, o argentino é um exemplo de que o impacto em quadra supera as estatísticas. Inegavelmente, ele será escolhido em breve para o Hall da Fama do basquete e terá a camisa 20 aposentada pelo Spurs.

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O ídolo argentino escolheu o simbólico 27 de agosto para anunciar sua aposentadoria do basquete. Há 14 anos, neste mesmo dia, a Argentina liderada por ele bateu a poderosa seleção norte-americana por 89 a 81, na semifinal olímpica em Atenas, em uma das partidas mais espetaculares da história das Olimpíadas. Ginobili foi o cestinha daquele duelo, com 29 pontos. Pela seleção portenha, ele também conquistou a medalha de prata no Mundial de 2002, em Indianápolis, e a de bronze nas Olimpíadas de 2008, em Pequim.

Somente Ginobili e o norte-americano Bill Bradley conseguiram a façanha de serem campeões olímpicos, da NBA e da EuroLiga. O argentino foi o primeiro jogador não nascido nos Estados Unidos com pelo menos um ouro olímpico e um título da NBA no currículo.

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Como não poderia deixar de ser, o anúncio da aposentadoria de Ginobili repercutiu entre jogadores, ex-atletas e dirigentes da liga. O comissário da NBA, Adam Silver, fez questão de afirmar que o argentino foi um dos revolucionários do basquete.

“Campeão da NBA e All-Star. Manu Ginobili também é um dos pioneiros que ajudou na globalização da NBA. Ele é um dos maiores embaixadores do basquete, que acredita no poder do esporte para mudar vidas. Por 16 anos, nós tivemos o privilégio de assistir esta lenda competir no nível mais alto. Obrigado, Manu, pela carreira que inspirou milhões de pessoas ao redor do mundo”, disse o dirigente, em um comunicado oficial enviado à imprensa.

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