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Depois de Tim Duncan e Kobe Bryant, mais um grande jogador da história do basquete anunciou sua aposentadoria das quadras. Aos 40 anos, o ala-pivô Kevin Garnett, maior jogador do Minnesota Timberwolves em todos os tempos, decidiu colocar um ponto final em sua trajetória de 21 anos na NBA.
Considerado um dos melhores defensores da liga, e conhecido pelo seu espírito de liderança e entrega em quadra, Garnett informou à franquia, nesta sexta-feira (23), sobre sua decisão de se aposentar. A equipe irá dispensá-lo, fazendo com que o eterno camisa 21 receba, integralmente, os US$8 milhões previstos no último ano de seu contrato.
O agora ex-jogador postou um vídeo em sua conta no Instagram dizendo “adeus” e “obrigado pela jornada” aos fãs. “Eu sou apenas grato. Eu não posso nem colocar isso em palavras”, afirmou o grande ícone do Timberwolves.
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Garnett deixa um legado inquestionável em Mineápolis, já que foi o grande responsável por tornar a franquia conhecida. Quinta escolha do longínquo draft de 1995, e primeiro atleta, em 20 anos, a ser selecionado no recrutamento da NBA vindo diretamente do basquete colegial, o ala-pivô levou o Timberwolves aos playoffs, algo que nunca ocorrera com a franquia – fundada em 1989 – antes de sua chegada. Sob a liderança de Garnett, a equipe assegurou oito participações consecutivas na pós-temporada, sendo que, em sete ocasiões, o Wolves parou na primeira rodada. Apenas uma vez, em 2004, ano em que Garnett foi escolhido o MVP da temporada, o time conseguiu chegar à final da conferência Oeste. Na época, o Timberwolves acabou sendo derrotado pelo Los Angeles Lakers, em uma série de seis partidas.
Depois dos insucessos da equipe de Minnesota nas três temporadas seguintes, Garnett decidiu mudar de ares e a franquia o negociou com o Boston Celtics, em 31 de julho de 2007. Na troca, o Wolves recebeu cinco atletas (Al Jefferson, Ryan Gomes, Sebastian Telfair, Gerald Green e Theo Ratliff), duas escolhas de primeira rodada do draft, além de uma compensação em dinheiro.
Franquia mais vencedora da NBA, o Celtics enfrentava um jejum de mais de duas décadas sem títulos (o último havia sido conquistado em 1986). A chegada de Garnett, somada à contratação de outra estrela, o ala-armador Ray Allen, deu nova vida ao time de Boston. Logo na primeira temporada do Big Three (Allen, Garnett e Paul Pierce), o Celtics conquistou o seu 17º título da liga após bater o maior rival (Lakers), em uma série de seis partidas. Em 2010, a equipe chegou novamente à decisão da NBA, mas foi batida pelo time angelino. Em seis temporadas com a camisa do time de Boston, Garnett disputou 396 partidas, conquistou seu tão sonhado anel de campeão e ganhou a admiração da torcida por ter resgatado o orgulho Celta.
Em 2013, com o Celtics entrando em um processo de reconstrução e rejuvenescimento do elenco, o ala-pivô, que já tinha 37 anos, foi trocado para o Brooklyn Nets junto com o amigo Paul Pierce. Pelo time novaiorquino, Garnett disputou 164 jogos e ajudou Nets a chegar à semifinal da conferência Leste, em 2014.
Em fevereiro do ano passado, o jogador voltou ao Timberwolves, via troca, para encerrar sua trajetória na liga. Embora tenha sido titular em todos os 38 jogos que disputou na campanha passada, o ala-pivô ficou em quadra apenas 14.6 minutos por partida e acumulou as piores médias da carreira em pontos (3.2), rebotes (3.9) e tocos (0.3).
Em 21 temporadas, Garnett angariou mais de US$330 milhões em salários, valor que nenhum jogador da história da liga conseguiu até hoje. O ala-pivô integra um seleto grupo de cinco atletas a jogar pelo menos 50 mil minutos na NBA (os outros são Kareem Abdul-Jabbar, Karl Malone, Jason Kidd e Elvin Hayes) e um dos quatro jogadores (os outros são Michael Jordan, Hakeem Olajuwon e David Robinson) a conquistar os prêmios de MVP (2004) e Defensor do Ano (2008).
Além disso, Garnett é o líder do Timberwolves em jogos disputados (970), minutos em quadra (36.189), pontos (19.201), rebotes (10.718), assistências (4.216), roubadas (1.315), tocos (1.590), cestas de quadra (7.647) e lances livres convertidos (3.743). Por fim, ele foi selecionado 15 vezes para o Jogo das Estrelas, nove vezes para o Time Ideal de Defesa, quatro vezes para o Time Ideal da temporada e ganhou a medalha de Ouro com a seleção dos Estados Unidos nas Olimpíadas de Sidney (2000).