Anthony Davis deve ser o novo líder do Lakers mesmo?

Equipe do site e convidados analisam se astro pode assumir protagonismo de LeBron James na equipe

anthony davis lakers líder Fonte: Ezra Shaw / AFP

As primeiras entrevistas de pré-temporada sempre têm declarações polêmicas e ousadas. Todo mundo, afinal, possui potencial para fazer de tudo antes da bola subir. E, obviamente, teve algumas delas na franquia mais badalado da NBA. O craque LeBron James afirmou que Anthony Davis é o novo líder, a grande referência, o “cara” do Los Angeles Lakers.

Já faz algum tempo, realmente, que as pretensões da equipe são ligadas ao ala-pivô. LeBron ainda joga em alto nível, mas está prestes a completar 39 anos de idade. Aliás, é o jogador mais velho em atividade na liga. A lógica, a princípio, sinaliza que ele não pode ser a força que carrega um Lakers campeão. É muito mais complicado do que isso.

Mas dá para confiar em Anthony Davis para um papel tão importante, ser um líder no Lakers mesmo? Algo que, para começar, nunca foi até agora? Um jogador com tantos problemas de lesões, tantos altos e baixos? Aos 30 anos, no entanto, ele precisa dar esse salto de produção. Vai rolar?

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Convocamos a equipe do Jumper Brasil e o convidado Guilherme Campos (podcast Splash Brothers) para analisar essa possibilidade. Anthony Davis está pronto para ser o líder que o Lakers precisa e, assim, suceder LeBron? Ou, pelo menos, ele está preparado para fazer a melhor campanha da carreira? É o que nós vamos discutir agora…

 

1. Para começar, Anthony Davis vai disputar os 82 jogos do Lakers na temporada?

Gustavo Freitas: não. De jeito nenhum. Embora Davis tenha isso como uma meta pessoal, quase ninguém disputa 82 jogos. Imagine ele… Mas aposto que vai tentar jogar o máximo de partidas e ser o mais importante possível para a equipe.

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Vinicius Donato: não. Todos sabem que Davis tem um histórico de lesões e, com isso, a única alternativa é poupá-lo. Para que aguente a temporada e chegue em condições nos playoffs, eu acho que o time deve descansá-lo até com certa frequência.

Guilherme Campos: não. Só dez jogadores disputaram os 82 jogos da temporada regular passada. E, por sinal, o próprio Davis nunca alcanço esse número. Entendo o meme que virou a durabilidade de Davis, mas acho que isso não deveria ser a preocupação.

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Mateus Carvalho: não. Disputar os 82 jogos é muito mais do que um atestado de saúde. Acho que ele tende a jogar mais neste ano, ficar mais saudável do que no passado, mas jogar todos seria bem surpreendente.

Ricardo Stabolito Jr: não, pois Davis vai acusar algum problema físico que seja em certo momento. Mas, mesmo que isso não aconteça, a franquia vai poupá-lo por causa do seu histórico. Não há chance alguma, mesmo que quisesse.

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2. Qual foi a melhor versão do astro que vimos em sua passagem por Los Angeles?

Gustavo Freitas: quando LeBron lesionou-se, na última temporada. Davis mostrou o caminho para as vitórias mesmo na ausência de James. Apesar de comandar uma equipe quase totalmente nova após a trade deadline, o astro exibiu aqueles nível de liderança e protagonismo da época do New Orleans Pelicans.

Vinicius Donato: os playoffs da bolha. Foi versátil entre as posições de ala e pivô, quando necessário. E, além disso, uma ajuda defensiva no garrafão que fez o Lakers dominar a competição.

Guilherme Campos: vejo um mix da atuação na bolha e nos últimos playoffs.

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Mateus Carvalho: até a primeira lesão mais séria na temporada 2020-21. Davis teve um grande impacto ofensivo nos arremessos naquele período, mas, hoje, é muito mais uma presença física no garrafão. Esse trabalho fez com que tivesse mais lesões e perdesse mobilidade. Virou, além disso, um dos chutadores mais ineficientes da liga.

Ricardo Stabolito Jr: Davis da bolha, em 2020. Foi um jogador, afinal, que teve impacto em vitórias no mais alto nível. Comandou um título, realmente. Elite nos dois lados da quadra. Foi o seu melhor momento, provavelmente.

 

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3. Verdadeiro ou falso: Anthony Davis “atrasa” o Lakers com a sua indisposição em jogar como pivô.

Gustavo Freitas: falso. Por mais que não queira jogar na posição, é ali que deve ficar. Davis é um cara que raramente vai fazer jogos fora da condição de pivô no Lakers, em qualquer temporada. Pode reclamar, mas é ali que ele vai ficar.

Vinicius Donato: falso. Na temporada regular, em particular, é um risco colocar um jogador com tamanho histórico de lesões para bater com os pivôs adversários todas as noites. O Lakers, por isso, tem que balancear melhor o elenco e permitir que Davis fique em sua posição mais confortável em quadra.

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Guilherme Campos: falso. Afinal, o Lakers foi campeão da NBA na bolha jogando com dois pivôs. Houve a mudança da comissão técnica e, como resultado, uma adaptação. Davis vai ser o pivô de ofício nos playoffs, mas, na temporada regular, deve ser poupado.

Mateus Carvalho: verdadeiro. Evitá-lo na posição ainda faz sentido na defesa, pois você tem um bom protetor de aro e pode tê-lo nas coberturas de marcação. Mas, no ataque, é o que disse antes. Davis simplesmente sofre para produzir pontos muito longe da cesta nesse momento da carreira.

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Ricardo Stabolito Jr: falso, mas não ajuda também. Não acho que o Lakers seria melhor do que é se usasse isso em todo jogo, por exemplo. Mas essa insistência fez com que utilizar Davis como pivô virasse a “surpresa que todo mundo conhece” do time.

 

 

4. Muitos analistas apostam no ala-pivô como um candidato ao prêmio de MVP da liga. Você coloca fé?

Gustavo Freitas: sim, mas o Lakers precisa liderar o Oeste. Ficar em segundo ou terceiro, por exemplo, não vai brilhar os olhos dos votantes. A não ser que anote números históricos, Davis só vai ser MVP caso os angelinos fiquem na ponta da conferência. O fator LeBron James, afinal, pesa muito ali.

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Vinicius Donato: Não. Aliás, não acho que vá ficar nem entre os cinco primeiros. Para resumir, não mesmo.

Guilherme Campos: não, por ora. Davis, certamente, tem potencial para ser um dos grandes jogadores da liga. No entanto, como não vejo o Lakers brigando pela liderança do Oeste, ele tende a ficar afastado da disputa.

Mateus Carvalho: não. O teto de Davis é esse, mas o protagonismo tem que ser muito claro para ganhar o prêmio. Apesar de já não ser o mesmo de antes, o time ainda gira em torno de LeBron James no ataque. Apostaria nele muito mais como defensor do ano, por exemplo.

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Ricardo Stabolito Jr: não. Davis precisaria disputar 65 partidas e, além disso, o Lakers ficar entre os três primeiros do Oeste. Não aposto. Além disso, merecendo ou não, eu só acredito em um time com LeBron James ter outro atleta como MVP quando acontecer.

 

5. Anthony Davis, como LeBron James disse, é o novo líder realmente de um Lakers campeão?

Gustavo Freitas: sim. É a transição, né? A passagem de bastão já começou a rolar nos playoffs. Então, acho que o caminho para o Lakers voltar a conquistar o título passar por Davis.

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Vinicius Donato: sim, pois é a única opção possível. O Lakers já não pode esperar que LeBron James com quase 40 anos carregue o time nos momentos decisivos. Davis, portanto, tem que assumir esse papel.

Guilherme Campos: não. Ele tem o potencial de ser o líder de um time campeão, mas há uma diferença importante. Davis precisa ser “alimentado” pela armação e isso é o que diferencia a sua condição de outros líderes potenciais de contenders.

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Mateus Carvalho: não. Pode ser o líder, mas não de um campeão. Acho que Davis ainda é jovem e estou curioso para ver um Lakers pós-LeBron, sob o seu comando. No entanto, enquanto LeBron estiver lá, essa franquia tem um dono em quadra. E, sem James, as chances de título do time vão a quase zero.

Ricardo Stabolito Jr: sim. Ou melhor, ele tem que ser. LeBron vai fazer 39 anos, então é preciso virar a página. A longevidade é inquestionável, mas as lesões e os jogos ruins aumentaram bastante. O tempo é imbatível. E, por isso, as chances do Lakers ser campeão passam por um Anthony Davis saudável e líder.

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