Ter direito a votos para os prêmios da temporada, assim como times ideais da NBA, é um grande privilégio. Só os principais jornalistas e profissionais em geral da imprensa especializada têm participação no processo de escolha. Poucas pessoas fora dos EUA, além disso, conseguem essa honra. O comentarista Zach Lowe, no entanto, resolveu abdicar dos seus votos nesse ano.
“Eu abri mão dos meus votos porque quero tirar uma folga disso. Quero dar uma pausa e evitar em todas as repercussões. Nem tanto pelos eleitos do All-Star Game, mas pelas outras premiações. Afinal, são determinantes para alguns bônus e valores de contratos máximos. Comecei a sentir-me desagradável com tanto poder sobre isso. Então, eu estou fora por um ano”, contou o analista da ESPN.
Não era de hoje, aliás, que Lowe flertava com essa decisão. Ele sempre foi um crítico da forma como o acordo coletivo de trabalho atrela condições contratuais às eleições. É um sistema em que a preferência de um ou dois jornalistas, como resultado, pode reduzir o potencial salário de um jogador em milhões. Os seus votos agora “valem” menos, mas, pelo menos, não vem com um peso na consciência.
“Não tenho mais votos, então as pessoas podem direcionar a sua raiva para outro lugar. Minhas escolhas viraram um exercício divertido porque não importam mais tanto assim. O meu voto em Goga Bitadze para pivô titular do Leste, por exemplo, não interessa. Eu posso fazer o que quiser sem nenhuma culpa, por fim”, desabafou um dos principais comentaristas de NBA nos EUA.
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Opinião poderosa
Um dos prejudicados pela força dos votos da imprensa para os prêmios da temporada da NBA foi Jayson Tatum. Em 2021, para resumir, a sua ausência nos times ideais da liga fez com que ganhasse US$33 milhões a menos em uma extensão. Ele perdeu uma vaga no terceiro time por causa de 20 pontos na votação. Foi o único atleta com mais de um voto para a seleção do campeonato a ficar fora de qualquer uma das três equipes.
“O fato de que a opinião de uma pessoa possa custar US$30 milhões em salários de uma outra, para resumir, é absurda. Esqueça eu, por exemplo, e pense em um jovem saindo do contrato de novato. Isso pode mudar vidas. Não existe nenhum critério para os votos da imprensa, pois tudo depende de uma visão única e exclusiva. É a pura opinião. Então, isso precisa terminar”, cravou o ala do Boston Celtics, na época.
Para Tatum, uma questão tão valiosa deveria ser mais definida com maior objetividade. “Os critérios que resolvem essa questão hoje não são objetivos. Você deve jogar tantas partidas, chegar aos playoffs ou fazer tantos pontos. A coisa, em síntese, gira em torno de gostar mais de um cara do que de outro. E tem muita coisa importante em jogo para isso”, reforçou.
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