Ainda existem bons agentes livres na NBA, mas eles ajudariam os times hoje?

Com o início de pré-temporada, alguns jogadores ainda esperam por vagas na liga

agentes livres times nba Fonte: CHRISTIAN PETERSEN / AFP

A pré-temporada da NBA já começou e os times estão se preparando para a nova campanha, mas alguns bons agentes livres ainda estão disponíveis. Embora a maioria dos nomes seja de veteranos, vale ressaltar que as equipes ainda não fecharam seus elencos e ainda há espaço para eles. Mas quem ainda pode ajudar hoje?

Dwight Howard, por exemplo, está com 37 anos e afirmou em uma rede social que nunca esteve em uma forma física tão boa quanto agora. Apesar de ele ter feito bons jogos pelo Los Angeles Lakers em 2021/22, Howard segue sem time. Mas será que ainda tem espaço para jogar na liga?

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Um dos grandes problemas para jogadores como Howard é o fato de ele não arremessar de três. O artifício se tornou quase uma obrigação na liga, cada vez mais dinâmica e multiposicional. Sim, não existe mais aquela coisa de armador, ala-armador, ala, ala-pivô e pivô estabelecidos. Basicamente, a maioria sabe jogar em mais de uma posição e precisa saber defender múltiplas posições. Ou seja, aqueles caras que só faziam uma ou outra coisa, ficam sem espaço.

E é o caso de Michael Carter-Williams.

O jogador, que surgiu como grande promessa em 2014, jamais se adequou ao arremesso de três e se tornou meramente um defensor (dos bons). Mas os times não querem exatamente isso. Eles querem caras que saibam fazer os dois lados da quadra e, especialmente, se tiverem qualidade no arremesso.

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Mas mais que isso, as equipes não querem simplesmente dar uma vaga em seus elencos para atletas unidimensionais, sendo que podem criar espaço para jovens talentosos. Eles podem até ser “crus”, mas são lapidados dentro das franquias, ainda mais com a G League aí.

Então, existem os casos em que times estão na reformulação de seus grupos, o chamado tank. Até que ponto vale ter um veterano no elenco se a comissão técnica pode fazer uma espécie de vestibular entre os jovens?

Outro grande nome que está sem time é Carmelo Anthony.

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Apesar de rumores aparecerem ao longo da offseason sobre possíveis destinos, Anthony ainda não assinou com ninguém. Denver Nuggets, New York Knicks, Boston Celtics e até uma volta ao Los Angeles Lakers foram especuladas, mas nada de o jogador fechar um compromisso.

Aliás, o Celtics era uma opção até o time contratar outro veterano, Blake Griffin.

Alguns dos outros bons agentes livres disponíveis para os times da NBA são: LaMarcus Aldridge, Trevor Ariza, DJ Augustin, Avery Bradley, Facundo Campazzo e DeMarcus Cousins.

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Pouco espaço nos times tira vontade de veteranos

Um detalhe importante nas “não assinaturas” é que alguns jogadores ainda se sentem capazes de serem titulares. Mas, honestamente, faz sentido? Dos melhores agentes livres que podem assinar a qualquer momento com os times da NBA, muitos deles foram eleitos para o Jogo das Estrelas ou tiveram grande relevância no passado.

Aldridge, por exemplo, estendeu contrato com o Brooklyn Nets no último ano pensando em titularidade. Afinal, o veterano era realmente relevante até fechar com a equipe pela primeira vez, em 2020. Ou seja, não tem tanto tempo assim.

E é bom entender que Aldridge acabou de produzir cerca de 13 pontos e 5.5 rebotes em cerca de 22 minutos no Nets. Portanto, ainda tem lenha para queimar.

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Mas as ofertas, aos 37 anos, são, em sua maioria, para que ele apenas faça parte do grupo, como referência veterana.

Aí, é importante ressaltar que uma temporada da NBA é muito desgastante. São 82 jogos só na fase regular. O cara que tinha boas médias até outro dia não quer ser somente o veterano de vestiário. Ele quer jogar e produzir. Do contrário, são viagens, treinamentos, hospedagens, mais treinos e menos de dez minutos por partida. Se muito.

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Veja o caso de Udonis Haslem.

Desde 2015/16, Haslem não tem tempo de quadra relevante no Miami Heat. Então, aos 42 anos, ele resolveu estender seu acordo por mais uma temporada que ele não vai jogar. Desde então, o jogador entrou em 89 jogos.

Como ele consegue?

É bem simples. Ele não quer se aposentar. O amor ao esporte, ao time, falam mais alto.

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Contusões atrapalham

Se a idade avançada e a falta de espaçamento são quase impeditivos para agentes livres na NBA, os times também ficam de olho na questão física. DeMarcus Cousins, por exemplo, era um All Star e, provavelmente, o melhor pivô que a liga tinha quando ele se machucou pela primeira vez, em 2018.

Cousins estava no New Orleans Pelicans quando fazia 25.2 pontos, 12.9 rebotes, 5.4 assistências e 35.4% de aproveitamento nos arremessos de três. Então, ele se machucou gravemente pela primeira vez.

O Golden State Warriors confiava em seu talento e assinou com o jogador em 2018/19, apesar de estar acima do peso. Mesmo assim, Cousins produziu respeitáveis 16.3 pontos, 8.2 rebotes e 3.6 assistências, ainda que com restrição de minutos em boa parte do ano.

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Então, ele fechou com o Los Angeles Lakers em 2019/20, mas sofreu outra contusão grave. Como resultado, Cousins não jogou aquele ano.

Depois, o seis vezes All Star virou um “cara de elenco” no Houston Rockets, Los Angeles Clippers, Milwaukee Bucks e Denver Nuggets.

Hoje, ele é agente livre e, até o momento, nada apareceu de concreto. Aos 32 anos, apenas, Cousins corre o risco de se aposentar de forma precoce.

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Greg Oden

É claro que Greg Oden não está no radar de mais ninguém há alguns anos e ele até se aposentou, mas as lesões que ele teve antes de sua estreia foram cruciais para a sua carreira jamais decolar.

Oden, primeira escolha do Draft de 2007 pelo Portland Trail Blazers, até tentou retomar sua atividade como jogador em 2013/14, mas em vão.

Sem condições de jogar, ele deixou a NBA e não voltou a ser lembrado por mais ninguém.

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Algo similar aconteceu com outro jogador do Blazers, Brandon Roy.

Após três anos sendo All Star, ele se machucou em 2011 e se aposentou ao fim daquele ano. No entanto, o Minnesota Timberwolves apareceu como alternativa. Mas após cinco jogos, Roy parou de vez.

Afinal, os agentes livres da NBA poderiam ajudar aos times hoje?

Como citamos, alguns deles ainda reúnem condições de jogo, mas apenas como reservas ou referências veteranas nos grupos. Carmelo Anthony é um que poderia ser um sexto homem, mas quem tem interesse nele, de fato?

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É difícil.

Primeiro, temos de excluir aqueles times que estão em reformulação. Não faz muito sentido ter um jogador veterano em um time que quer perder. Depois, existem aquelas equipes de meio de tabela, que podem, eventualmente, se classificar para a repescagem, mas eles vão querer ter mais tempo de quadra do que são propostos. Por fim, sobram os candidatos ao título. Ali, dificilmente eles conseguem arranjar muitos minutos.

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Portanto, é menos desconfortável para eles estarem em times com alguma chance de playoffs. Os atletas sabem que não terão a mesma importância do passado, mas vão jogar. Anthony, por exemplo, atuou por cerca de 26 minutos no Los Angeles Lakers. Por outro lado, Dwight Howard ficou em quadra por 16 minuitos no mesmo Lakers.

Como Howard não espaça a quadra, sua relavância despenca.

Em sua, estes jogadores ainda podem jogar, pois o talento não se perde. Mas a condição física, a forma que os times atuam, exigem cada vez mais deles.

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