Os sete esquecidos – Oeste

Gabriel Farias elege sete jogadores esnobados na votação dos técnicos para Jogo das Estrelas

Fonte: Gabriel Farias elege sete jogadores esnobados na votação dos técnicos para Jogo das Estrelas

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Após uma semana de muita discussão e votação, a NBA anunciou os sete reservas de cada conferência para o All-Star Game de 2016, sediado em Toronto (Canadá). Como sempre, alguns astros e outras gratas surpresas ficaram fora da festividade.

Na conferência Oeste, o armador Chris Paul (Los Angeles Clippers), os alas-armadores James Harden (Houston Rockets) e Klay Thompson (Golden State Warriors), os alas-pivôs LaMarcus Aldridge (San Antonio Spurs), Anthony Davis (New Orleans Pelicans) e Draymond Green (Warriors), e o pivô DeMarcus Cousins (Sacramento Kings) foram os selecionados pelos técnicos para completar o banco de reservas. Stephen Curry (Warriors), Russell Westbrook (Oklahoma City Thunder), Kobe Bryant (Los Angeles Lakers), Kawhi Leonard (San Antonio Spurs) e Kevin Durant (Thunder) serão os titulares.

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Se antes a discussão ficou pela prioridade para os torcedores e não para o desempenho em quadra, a polêmica agora fica estritamente dentro das quatro linhas. Separei os sete principais nomes que foram esnobados pelos técnicos, e mais três curiosos casos para debate.

Os sete esquecidos

Damian Lillard (Portland Trail Blazers): 24.3 pontos, 7.1 assistências, 3.7 rebotes e três bolas de longa distância em 40 jogos.

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O armador Damian Lillard se tornou a estrela solitária do Portland Trail Blazers com a saída de quatro titulares na offseason, e individualmente, o jogador está melhor do que nunca. Com quase três arremessos a mais que na campanha passada, Lillard mantem seu aproveitamento na casa dos 42%, e em uma equipe mais veloz, o número de assistências subiu de seis para sete. Lillard já conseguiu dez duplos-duplos em 40 jogos, marca que já é a melhor da carreira do armador em uma temporada. Escolhido para o último Jogo das Estrelas após a contusão de Blake Griffin, Lillard também será a primeira opção caso algum jogador peça dispensa neste ano.

Rajon Rondo (Sacramento Kings): 11.8 pontos, 11.9 assistências, 6.5 rebotes e 1.7 roubo de bola em 44 jogos.

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Rajon Rondo reencontrou seu melhor basquete no Sacramento Kings. Sob o comando do técnico George Karl e longe de lesões, Rondo lidera a NBA em assistências totais com 523, 15 passes decisivos atrás de toda a temporada 2014-15. Rondo manteve pelo menos 11 assistências de média entre 2010 e 2013, sendo selecionado para o All-Star Game em todas as oportunidades. Com atuações consistentes, Rondo aparece na sétima posição no quesito duplos-duplos com 24, e em segundo nos triplos-duplos, com cinco. Em um Oeste surpreendentemente aberto, Rondo é um dos maiores responsáveis pela esperança do Kings em voltar para os playoffs.

Gordon Hayward (Utah Jazz): 19.9 pontos, cinco rebotes, 3.6 assistências e 1.2 roubo de bola em 45 jogos.

O Utah Jazz está a uma vitória da oitava colocação da conferência Oeste, e isso se deve ao ala Gordon Hayward. A equipe comandada pelo técnico Quin Snyder iniciou a temporada desfalcada do armador Dante Exum, e no decorrer da campanha já perdeu Alec Burks e Derrick Favors por 17 jogos, e Rudy Gobert por 20. Nesse meio tempo, Hayward teve 16 partidas de pelo menos 20 pontos. Por mais incrível que pareça, as atuais médias de Hayward são semelhantes as das últimas duas temporadas, onde o Jazz não conseguiu alcançar 50% de aproveitamento. Faltam holofotes e vitórias para Hayward estrear em seu primeiro All-Star Game.

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Blake Griffin (Los Angeles Clippers): 23.2 pontos, 8.7 rebotes, cinco assistências e 50% de aproveitamento nos arremessos em 30 jogos.

Até o dia 25/12, Blake Griffin era um sério candidato ao prêmio de MVP da temporada regular. Griffin é um dos seis jogadores com médias de pelo menos 20 pontos, cinco rebotes e cinco assistências na atual campanha, além de liderar em pontuação o sexto melhor time da liga. A contusão no joelho esquerdo não tiraria o ala-pivô de seu sexto All-Star Game consecutivo, mas a briga com o auxiliar Matias Testi que rendeu uma lesão na mão direita na última semana encerrou qualquer possibilidade de Griffin participar da festividade. Ainda assim, é necessário exaltar a temporada do jogador de 26 anos até aqui.

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Dirk Nowitzki (Dallas Mavericks): 17.6 pontos, 6.7 rebotes, 1.8 assistência e 44% de aproveitamento nos arremessos em 43 jogos.

Se alguém considerou a presença de Dirk Nowitzki no último All-Star Game como uma homenagem, a participação do alemão na festividade em 2016 seria mais do que merecida dentro de quadra. Dirk voltou aos 30 minutos por partida e mantém os 17 pontos por partida da temporada passada. Aos 37 anos, o ala-pivô continua esbanjando inteligência e poder de decisão no surpreendente Dallas Mavericks. Após perder Rajon Rondo, Tyson Chandler, Monta Ellis e não assinar com DeAndre Jordan, a temporada do Mavs parecia terminada antes mesmo de começar. Atualmente, a franquia é a sexta colocada da conferência Oeste e uma das seis com pelo menos 50% de aproveitamento. Mais uma vez o sucesso do Mavericks encontra a eficiência de Dirk.

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Marc Gasol (Memphis Grizzlies): 16.6 pontos, 7.2 rebotes, 3.8 assistências e um toco em 47 jogos.

Titular do último Jogo das Estrelas, Marc Gasol começou a temporada 2015-16 devagar, e esse é o principal motivo para a presença do espanhol aqui, e não entre os 12 selecionados. Sem atuar durante as férias, o pivô iniciou a campanha como o centro dos problemas do Memphis Grizzlies, que venceu apenas 13 dos primeiros 25 jogos. Ainda assim, o jogador manteve médias de 16 pontos e sete rebotes no período de instabilidade. Com as mudanças no quinteto titular, Gasol e o Grizzlies evoluíram, e o espanhol começou a fazer frente com os outros pivôs por uma vaga. Um dos melhores passadores da posição, Gasol já conseguiu 16 jogos de pelo menos cinco assistências, e um triplo-duplo com 16 pontos, 11 rebotes e 11 passes decisivos.

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DeAndre Jordan (Los Angeles Clippers): 11.9 pontos, 13.6 rebotes, 2.2 tocos e 71% de aproveitamento nos arremessos em 44 jogos.

O pivô DeAndre Jordan protagonizou a maior novela da última offseason, mas deixou toda a polêmica fora de quadra para manter o mesmo nível que apresentou nas duas campanhas anteriores. Segundo em rebotes totais (598) e terceiro em tocos (97), Jordan também se destaca no ataque. 67% das tentativas de cesta de Jordan são enterradas ou bandejas próximas ao aro, o que possibilita o jogador de 27 anos buscar o recorde do lendário Wilt Chamberlain de melhor aproveitamento de quadra em 1972-73 com 72.7%. Jordan possui aproveitamento de 71.2% atualmente.

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Os cortados

Os pivôs Zaza Pachulia, Tim Duncan, Karl-Anthony Towns e foram os três cortados da lista. C.J McCollum e Danilo Gallinari ficaram no quase.

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Assim como Kyrie Irving no Leste, a grande chance de Zaza Pachulia estrear na festividade era na votação popular. O pivô de 31 anos e 12 temporadas na liga ficou em quarto lugar na apuração final para as três vagas de alas e pivôs, cerca de 14 mil votos atrás de Kawhi Leonard. Contratado após o fracasso da negociação com DeAndre Jordan, Pachulia tem médias de 10.4 pontos e 10.7 rebotes com um salário de US$ 5.2 milhões. Um dos melhores custo-benefício da temporada.

Aos 39 anos, Tim Duncan não tem os melhores números da carreira, mas continua sendo decisivo.  Os 8.9 pontos e 7.5 rebotes representariam 12.3 pontos e 10.5 rebotes em uma projeção para 36 minutos por partida. Duncan atua por quase 26 minutos por noite e já ficou fora de nove jogos do San Antonio Spurs. Apesar de ter jogos sem pontos ou rebotes na atual campanha, Duncan ainda está entre os melhores de sua posição.

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Se o último novato da conferência Leste em All-Star Game foi Grant Hill em 1995, o fato aconteceu do lado Oeste em 2011 com Blake Griffin. Até a parada para o fim de semana das estrelas, o jogador tinha médias de 22.8 pontos, 12.6 rebotes e 50% de aproveitamento nos arremessos. Na atual temporada, Karl-Anthony Towns chegou perto de debutar no Jogo das Estrelas com apenas três meses de liga.

O jogador dominou o jovem elenco do Minnesota Timberwolves e já se colocou entre os destaques da posição. Atendendo todos os requisitos do pivô “moderno”, Towns tem médias de 16.1 pontos, 9.8 rebotes e 1.8 toco por jogo. Towns ainda entrou para o seleto grupo de oito jogadores com pelo média de 15 pontos e dez rebotes nos primeiros 10 jogos da carreira desde 1985.

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Três jogadores pediram dispensa do All-Star Game na conferência Oeste em 2015. Caso haja alguma desistência, os nomes citados são os favoritos para entrar na lista.

Faltou alguém entre os esquecidos? Comente e aprofunde essa discussão.

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