J.J. Redick desaprova uso de formações mais baixas no Clippers

Ala-armador elogia forma de jogar do Warriors, mas não vê elenco angelino em condições de atuar da mesma forma

Fonte: Ala-armador elogia forma de jogar do Warriors, mas não vê elenco angelino em condições de atuar da mesma forma

O Golden State Warriors consolidou uma nova tendência na NBA com a conquista do título da última temporada. Escalando Draymond Green como pivô para virar a série contra o Cleveland Cavaliers, o time comandado por Steve Kerr virou espelho para várias franquias que chegaram à pré-temporada prometendo usar quintetos mais baixos espaçando a quadra. J.J. Redick está de olho na postura dos oponentes e acredita que a adesão maciça à nova forma de jogar pode revelar-se um equívoco para muitos.

“Você precisa ter o material humano ideal para atuar dessa forma. Acho que está acontecendo a mesma coisa de todas as pré-temporadas quando os times dizem que jogarão em um ritmo mais rápido. Se você não tem os jogadores certos para isso, não adianta. Será a mesma coisa com as formações mais baixas”, argumentou o titular do Los Angeles Clippers, em entrevista ao site Business Insider.

Para o ala-armador, o Warriors conseguiu se sobressair e ganhar o título com essa forma de jogar por ter um elenco com características específicas, que quase ninguém mais possui na liga. “O motivo pelo qual podem jogar com formações mais baixas é porque têm Draymond Green. Possuem Harrison Barnes e Andre Iguodala nas alas, que podem marcar alas-pivôs quando necessário. Nem todos dispõem de um plantel com essas opções. Isso só funciona para algumas equipes”, alertou.

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Exemplos da “inadequação” que Redick acusa já podem ser observados na pré-temporada. O Indiana Pacers, por exemplo, encontra muita resistência do astro Paul George na tentativa de colocá-lo como ala-pivô em uma equipe mais leve. Embora veja situações em que um quinteto mais baixo pode ser eficiente, Redick acredita que o Clippers não possui o material humano para aderir a nova tendência.

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“Posso até ver alguns momentos em que joguemos com formações mais baixas, em especial com os reservas. Nós podemos usar Blake Griffin na posição cinco aqui e ali, mas DeAndre Jordan é nosso melhor defensor e reboteiro. Para mim, temos que ter ambos em quadra o máximo possível. Não sei se queremos realmente ficar sem um deles por um longo período nas partidas”, explicou o especialista em arremessos.

Os números parecem suportar a teoria de Redick sobre o Clippers: com os cinco titulares em quadra na última temporada, incluindo a dupla Griffin e Jordan, os angelinos derrotaram seus oponentes por quase 18 pontos de diferença a cada 100 posses de bola. Apenas os titulares do campeão Golden State Warriors formaram um quinteto que atuou mais de 500 minutos na temporada e tiveram maior margem de vantagem sobre os adversários do que os comandados de Doc Rivers.

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