Charlotte Hornets
2014-15: 33-49, 11º lugar na conferência Leste
Playoffs: Não se classificou
Técnico: Steve Clifford (terceira temporada)
GM: Rich Cho (quinta temporada)
Destaques: Kemba Walker e Al Jefferson
Time-base: Kemba Walker – Nicolas Batum – Marvin Williams – Cody Zeller – Al Jefferson
Elenco
25 – Al Jefferson, pivô
5 – Nicolas Batum, ala
15 – Kemba Walker, armador
2 – Marvin Williams, ala
14 – Michael Kidd-Gilchrist, ala
00 – Spencer Hawes, pivô
40 – Cody Zeller, pivô
3 – Jeremy Lamb, ala-armador
22 – Brian Roberts, armador
44 – Frank Kaminsky, ala-pivô
7 – Jeremy Lin, armador
19 – P.J. Hairston, ala
50 – Tyler Hansbrough, ala-pivô
4 – Elliot Williams, ala-armador
30 – Troy Daniels, ala-armador
9 – Aaron Harrison, armador
12 – Sam Thompson, ala
42 – Jason Mashburn, pivô
Quem chegou: Frank Kaminsky, Jeremy Lin, Tyler Hansbrought, Aaron Harrison, Nicolas Batum, Spencer Hawes, Jeremy Lamb
Quem saiu: Mo Williams, Bismack Biyombo, Gary Neal, Jason Maxiell, Jeffery Taylor, Lance Stephenson, Gerald Henderson, Noah Vonleh
Após chegar aos playoffs em 2013/14, o ‘recente-velho-novo’ Charlotte Hornets chegou na temporada passada pronto para repetir a dose e brigar mais uma vez na pós-temporada. O que se viu, no entanto, foi decepcionante. Com uma dificuldade imensa na parte ofensiva, o Hornets ficou em 11º lugar no leste e não conseguiu cumprir o objetivo da equipe na temporada de 2014/15. Podemos dizer que as lesões que assombraram o time têm grande parte de culpa no processo. Com exceção de Gerald Henderson, nenhum titular passou de 65 partidas jogadas na temporada. Considerando que a equipe ficou apenas cinco vitórias atrás do oitavo colocado, certamente o impacto disso foi muito grande para a equipe.
Ainda assim, ir à pós-temporada não credenciaria o time de Charlotte como uma boa equipe. Mesmo com um dos jogadores mais halidosos ofensivamente no garrafão como Al Jefferson e contratando um excelente playmaker como Lance Stephenson, o esquema ofensivo do Hornets foi um verdadeiro desastre. A equipe foi a penúltima pior da liga no percentual de arremessos convertidos (42%), última em arremessos de três pontos convertidos (31.8%) e apenas um jogador passou dos 50% de aproveitamento (o pivô Biyombo). O mérito do Hornets esteve na defesa. O técnico Steve Clifford preza por uma defesa forte embaixo da cesta que obriga o adversário à forçar mais jumpers de media distância, o que tornou a equipe a melhor de toda a liga em prevenir segundas chances de pontuação através de rebotes ofensivos.
Ainda com essa filosofia e buscando melhorar a parte ofensiva, o time de Michael Jordan trouxe o arremessador Nicolas Batum, o armador de velocidade Jeremy Lin e o veteran pivô Spencer Hawes para voltar à pós-temporada. O rookie Frank Kaminsky também fez uma grande temporada na NCAA e é esperado que o mesmo tenha impacto imediato na equipe que quer de todo jeito retornar aos playoffs.
O perímetro
O Hornets esteve entre as dez melhores defesas da liga nos últimos dois anos e tem bons motivos para acreditar que pode chegar entre as cinco melhores esse ano. Kemba Walker evolui seu jogo a cada ano e segue sendo um armador inteligente e excelente defensor. No lugar de Henderson, a equipe de Charlotte deve utilizar Nicolas Batum como ala-armador. Batum, além de também ser talentoso na defesa, tem um arremesso consistente que certamente aliviará a pressão de Walker no ataque.
Michael Kidd-Gilchrist foi eleito ao segundo time de defesa da liga, recebeu um novo contrato e é certo que o time de Charlotte deposita muita confiança no ala. Sua contusão no ombro, porém, será um grande problema para Clifford. O ala passou por cirurgia e está fora da temporada. Para o banco de reservas, a dupla de Jeremys Lin e Lamb chegam para solucionarem as dificuldades ofensivas e certamente são um bom incremento para esse quesito, mas é fundamental que ambos se adaptem à cultura de defesa que cerca o Hornets. Marvin Williams deve ganhar mais minutos como ala no lugar de MKG dado a falta de profundidade do elenco.
O garrafão
Al Jefferson é, sem sombra de dúvidas, o único jogador com capacidade de ir ao All Star Game da equipe de Charlotte. Deixa a desejar como protetor do aro, mas compensa com excelente arsenal ofensivo. Com as aquisições de Hansbrough e Kaminsky, o Hornets deve passar bastante tempo utilizando formações com um ‘stretch four’, então os joelhos de Jefferson precisam estar bem saudáveis para que o time possa de fato brigar pela pós-temporada.
Kaminsky chega para tentar quebrar a fama do Hornets de pior selecionado da liga. O Hornets abriu mão de Justise Winslow por ele e certamente é esperado que seu impacto seja grande já em seu primeiro ano. Kaminsky é desajeitado, por vezes lento. Mas é inteligente e bom arremessador. Tem o potencial de ‘stretch four’ que a equipe buscava e pode ganhar a titularidade a qualquer momento.
Apesar disso, Cody Zeller deve ser o ala-pivô titular da equipe pelo menos no começo da temporada. Cody tem a agilidade necessária para se jogar nas duas posições e tem um bom jumper, mas precisa honrar sua posição do draft de 2013 e evoluir sua performance para que, finalmente, o Hornets possa dizer que possui um garrafão de respeito.
Análise Geral
O Hornets não possuía recursos necessários para ‘tankar’ na temporada e muito menos para buscar peças necessárias para ser campeão. Dentro desse cenário, pode-se dizer que o time não fez más escolhas nas trocas para essa temporada. O objetivo da equipe certamente está em manter a cultura defensive, chegar à pós temporada e ter um bom elenco de apoio para que, com o aumento do CAP que está por vir, talvez o time possa contratar uma grande estrela e finalmente poder sonhar grande dentro da NBA.
A fraqueza da divisão do Atlântico ajuda bastante o time a ter confrontos mais fáceis do que outros adversários, mas o desafio ainda é grande. Será interessante analisar como os novos jogadores se adaptarão à cultura de Charlotte, que precisa desesperadamente voltarem à serem vencedores. Minha aposta é que a aquisição de Batum, somada à evolução de Walker e com o banco de reservas reforçado com novos arremessadores seja suficiente para colocar o time novamente na pós-temporada. Mais do que isso, já é sonhar alto demais.
Previsão: oitavo lugar na conferência Leste