Previsão da temporada – Brooklyn Nets

Time chegou aos playoffs na temporada passada, mas perdeu peças importantes neste ano

Fonte: Time chegou aos playoffs na temporada passada, mas perdeu peças importantes neste ano

Brooklyn Nets

Campanha em 2014-15: 38-44, oitavo na conferência Leste
Playoffs: eliminado na primeira rodada para o Atlanta Hawks em seis jogos
Técnico: Lionel Hollins (segunda temporada)
GM: Billy King (sexta temporada)
Destaques: Brook Lopez e Joe Johnson
Time-base: Jarrett Jack – Bojan Bogdanovic – Joe Johnson – Thaddeus Young – Brook Lopez

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Elenco

2- Jarrett Jack, armador
0- Shane Larkin, armador
15- Donald Sloan, armador
44- Bojan Bogdanovic, armador
31- Dahntay Jones, ala-armador
10- Sergey Karasev, ala-armador
21- Wayne Ellington, ala-armador
22- Markel Brown, ala-armador
7- Joe Johnson, ala
24- Rondae Hollis-Jefferson, ala
30- Thaddeus Young, ala-pivô
41- Thomas Robinson, ala-pivô
35- Justin Harper, ala-pivô
1- Chris McCullough, ala-pivô
33- Willie Reed, ala-pivô
11- Brook Lopez, pivô
9- Andrea Bargnani, pivô

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Quem chegou: Rondae Hollis-Jefferson (draft), Chris McCullough (draft), Shane Larkin, Ryan Boatright, Wayne Ellington, Andrea Bargnani, Thomas Robinson, Willie Reed, Quincy Miller, Donald Sloan, Dahntay Jones, Justin Harper

Quem saiu: Allan Anderson, Earl Clark, Brandon Davies, Cory Jefferson, Jerome Jordan, Mason Plumlee, Mirza Teletovic, Deron Williams

Revisão

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Instável, time novaiorquino teve muitos problemas no começo da temporada após a saída do técnico Jason Kidd, melhorou ao longo do ano e conseguiu classificação aos playoffs. Na fase de mata-matas, porém, foi eliminado pelo Atlanta Hawks em seis partidas.

O perímetro

Pela primeira vez desde 2011, o Brooklyn Nets não terá Deron Williams na armação. O jogador foi para o Dallas Mavericks e a titularidade caiu no colo de Jarrett Jack. Por mais que Jack tenha passado quase toda a sua carreira vindo do banco de reservas, vale a aposta do técnico Lionel Hollins no atleta. Apesar de ter um arremesso de longa distância melhor do que lhe é creditado, o camisa 2 não fica refém disso e investe nos chutes mais próximos do garrafão. Não é o principal condutor das jogadas, porque lá está o veterano Joe Johnson. Há três anos na equipe, Johnson teve uma queda de rendimento gradativa e já não é mais um atleta de grande nível, embora seu salário indique exatamente o contrário. Johnson receberá quase US$ 25 milhões em 2015-16, um absurdo para os cofres da equipe, que não teve espaço para boas contratações neste ano por esse motivo. Fechando o trio de perímetro, está o bósnio Bojan Bogdanovic, em sua segunda temporada na liga. Bogdanovic sofre com a inconsistência de seu arremesso e de uma defesa longe do ideal. Ele chegou a perder a titularidade para Alan Anderson, que rumou para o Washington Wizards. 

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No banco, o Nets conta hoje com jogadores pouco conhecidos ou sem grande expressão. Os melhores são o ala-armador Dahntay Jones e o calouro Rondae Hollis-Jefferson. Jones é um ótimo defensor, mas precisa ter mais tempo de quadra para o seu jogo fluir. Nos últimos dois anos, ele atuou por apenas 123 minutos. O novato Hollis-Jefferson, faz o estilo de Jones e pontua basicamente em contra ataques e penetrações no garrafão. Defende muito bem qualquer posição, exceto a de pivô. Sua capacidade física deve prevalecer e é melhor esquecer os arremessos de três: apenas 20.7% no último ano por Arizona.

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Wayne Ellington, ex-Los Angeles Lakers, por outro lado, é especialista nos chutes de longe. Mesmo sem muito tempo de quadra na equipe californiana, o atleta obteve 90 cestas de três em 243 tentativas (37%) e terminou a temporada 2014-15 com média de 10.0 pontos em cerca de 25 minutos de ação. No Nets, seu espaço não deverá ser o mesmo.

O time ainda conta com Shane Larkin e Donald Sloan no elenco, o que imediatamente nos faz acreditar que o Nets possui três reservas para a posição. Falta, de fato, um armador com capacidade técnica melhor que Jack. Sim, ele passa longe de ser ruim, porém não tem muito cacoete para organizar jogadas. Como tem Johnson por lá, então menos mal.

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Sergey Karasev e Markel Brown não deverão ter muito tempo de quadra, exceto por contusões dos principais jogadores da rotação. Karasev entra em seu terceiro ano praticamente sem jogar, enquanto Brown pouco contribui ofensivamente.

O garrafão

https://www.youtube.com/watch?v=6zKPBe2AlQY

Tudo vai depender das condições físicas do pivô Brook Lopez. Após atuar nas 82 partidas de cada um dos seus três primeiros anos na liga, o jogador sofre com contusões, especialmente no pé. Lopez teve uma fratura no local em 2013 e precisou passar por cirurgias. Muito técnico, ele consegue driblar esses problemas com arremessos de média distância e de costas para a cesta. Seu maior defeito, no entanto, segue na hora de capturar os rebotes. Na temporada passada, ele obteve a marca de pelo menos dez em apenas 17 jogos. Seu imediato deverá ser o italiano Andrea Bargnani, que é outro com uma preguiça interminável quando o assunto é rebote. Bargnani chega para o seu primeiro ano no Nets após dois quase inexistentes no vizinho New York Knicks. Assim como Lopez, Bargnani está constantemente lesionado, principalmente na panturrilha. Primeira escolha de 2006, deve ter uma de suas últimas chances de provar ser bom o bastante para a NBA. Talento e arremesso, ele possui.

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Thaddeus Young será o ala-pivô titular nesta temporada, após chegar em uma troca que envolveu Kevin Garnett na volta para o Minnesota Timberwolves. Young passa longe de ser um jogador de garrafão, mas sabe atuar como um atleta da posição, que joga mais aberto. Jogou assim por quase toda a carreira e agora será obrigado a arremessar de três, algo pouco comum em seu repertório nos tempos de Philadelphia 76ers. Thomas Robinson será o seu reserva e, pelo que andou apresentando na pré-temporada, pode ganhar tempo de quadra tanto como ala-pivô ou pivô. Robinson decepciona um pouco por sua carreira não ter decolado, porém tem talento para ganhar espaço. Em cinco anos na liga, atuou por quatro equipes e foi titular em apenas quatro ocasiões nos quase 200 embates já disputados.

Willie Reed, Justin Harper e Chris McCullough, são as outras peças para a área pintada neste ano. Reed, de 25 anos, está contundido no polegar e deverá perder até dois meses de ação. Harper teve uma passagem pouco lembrada pelo Orlando Magic e ainda tenta garantir uma vaga. Já McCullough, tem um caso mais complicado. Ele passou por cirurgia no joelho e não deverá pisar em quadra antes de janeiro, isso se ele sequer jogar. Existe uma grande possibilidade de ele ficar de fora por toda a temporada.

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Análise geral

Deron Williams pode estar em sua pior fase da carreira, mas era ao menos uma referência. Sem ele, o Brooklyn Nets perde mais do que apenas talento. Perde o cara que dividia as responsabilidades com Joe Johnson na armação das jogadas e uma boa opção para os arremessos de três. O Nets vai sofrer muito neste ano tendo apenas Johnson como principal arma do perímetro. Há duas temporadas, a ideia da diretoria era ter um time pronto para ganhar o título, quando buscou no Boston Celtics os veteranos Paul Pierce, Kevin Garnett e Jason Terry. Hoje, nenhum deles está no elenco e o planejamento agora é outro: testar os jovens jogadores para o futuro.

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O Nets não vai a lugar algum neste ano, mesmo estando em uma conferência em que cinco ou seis equipes deverão brigar pela última vaga nos playoffs. Falta talento e ambições. Em uma hipotética temporada com tudo dando certo, sem lesões graves, e com Johnson voltando a jogar em um bom nível, talvez, mas bem de longe, o time pode até tentar algo. No mais, vamos ver Johnson em fim de carreira ou tentando fazer a equipe jogar para garantir mais um ou dois anos na liga, já que seu contrato é expirante. Isso, o Nets pode comemorar.

Previsão: 14° lugar na conferência Leste

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