Los Angeles Lakers (21-61)
Playoffs: Não se classificou.
MVP do time na campanha: Jordan Clarkson (11.9 pontos, 3.5 assistências, 3.2 rebotes, 38 jogos como titular).
Pontos positivos
– Sem Kobe Bryant, o técnico Byron Scott teve a chance de procurar jogadores para um futuro próximo. Jordan Clarkson e Jabari Brown foram os que aproveitaram o feirão.
– Enquanto esteve em quadra, Kobe tentou mostrar o seu melhor basquete. Claro que aos 36 anos ele não faria milagres, mas ainda assim foi brilhante quando não foi importunado por lesões.
– Clarkson foi o grande nome do time após a contusão de Bryant. O armador era a quarta opção para a posição, atrás de Steve Nash, Jeremy Lin e Ronnie Price. Mesmo assim, o calouro comandou grandes ações ofensivas durante um ano sem ambições.
– Sem chances de classificação, a diretoria optou por fazer o tank limpo. Perdeu porque não tinha condições mesmo de vencer com o que tinha nas mãos. Sobrou uma bela escolha no draft.
Pontos negativos
– Lesionado no ombro, Kobe Bryant atuou em apenas 35 partidas em 2014-15. Sem ele, o time perdeu qualquer referência ofensiva e técnica.
– O time não teve padrão nenhum. Foi como se estivesse fechado para balanço. Jogava porque era obrigado, enquanto o técnico Byron Scott aproveitava para fazer uma liga de verão dentro da temporada.
– Steve Nash, sem a menor condição física, foi obrigado a encerrar sua excepcional carreira. Ele já vinha dando sinais de que poderia parar mais cedo ou mais tarde, mas tentava cumprir seu contrato até o fim. Não deu.
– A contusão de Julius Randle, na primeira partida do ano, foi uma ducha de água fria logo de cara. Ainda que a temporada não fosse promissora para a equipe, Randle teria a chance de ganhar ritmo e experiência em quadra. Vai ficar para 2015-16.
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Análise
A temporada ruim do Los Angeles Lakers começa quando a diretoria deixa o espanhol Pau Gasol ir embora sem propor nenhum contrato e chama Jordan Hill e Jeremy Lin de volta para pagar US$ 17.3 milhões aos dois. Depois, fechou com Carlos Boozer. O resultado disso? Gasol foi escolhido para disputar o Jogo das Estrelas em seu primeiro ano de Chicago Bulls.
A situação foi piorando aos poucos, com as lesões de Steve Nash, Julius Randle e Xavier Henry. Já com a temporada em andamento e sem a menor perspectiva de classificação, foi a vez do astro Kobe Bryant se contundir gravemente. Por falar em Kobe, ele é o MVP do time em qualquer circunstância, mas ele atuou em apenas 35 partidas e não teve a chance de fazer seu time evoluir. O mínimo de jogos é um requisito básico. Nos últimos dois anos, ele disputou 41 embates.
O técnico Byron Scott foi obrigado a fazer uma série de reformulações no elenco, mesmo sem trocar ninguém. Tirou tempo de quadra de jogadores ineficazes e deu aos jovens que buscavam aparecer. Até deu certo, se formos excluir os números de vitórias. Jordan Clarkson, por exemplo, apareceu tão bem que parece ter garantido a titularidade para a próxima temporada.
No final das contas, a meta era ter uma escolha alta no draft e foi o que aconteceu.
Futuro
Se a ideia era conseguir um bom prospecto no recrutamento, o Los Angeles Lakers conseguiu ao selecionar o armador D’Angelo Russell. O jogador pode fazer como Brandon Roy ou Tyreke Evans. Ou seja, um ala-armador com técnica suficiente para coordenar o ataque. E ele terá o auxílio de Jordan Clarkson e Kobe Bryant para isso. Espera-se que esse seja o perímetro titular em 2015-16.
A diretoria pode até não ter conseguido trazer grandes nomes do mercado, mas chegaram jogadores acima da média, como Roy Hibbert, Brandon Bass e Lou Williams. Aliás, a chegada de Williams pode significar a saída de Nick Young até a data limite para trocas. Inicialmente, Byron Scott vai tentar fazer seu elenco funcionar com todos eles, mas a tendência é que o recém-chegado do Toronto Raptors ocupe muitos minutos que poderiam ser de Young.
O garrafão vai estar mais protegido e mais diversificado. Julius Randle fará seu primeiro ano de fato. Hibbert deverá ser titular ao seu lado, enquanto Bass terá muito espaço vindo do banco. Ex-Indiana Pacers, o pivô precisa voltar aos seus melhores momentos da carreira para ajudar o Lakers de fato.
O Lakers ainda não deve se classificar para os playoffs, mesmo com tantas mudanças. A vaga do Portland Trail Blazers deve estar disponível, mas Sacramento Kings e Utah Jazz parecem ser os principais candidatos. Ou seja, mais um ano de experiência para o elenco californiano.