Phil Jackson assumiu a presidência de operações do New York Knicks com a meta de retomar os tempos de glória que viveu pela franquia. O executivo fazia parte do elenco dos dois únicos títulos da NBA conquistados pelos novaiorquinos na história, em 1970 e 73. Um dos astros do bicampeonato era o lendário Willis Reed, que, com o conhecimento de quem foi um gênio na posição, aprovou a contratação do pivô Robin Lopez pelo seu ex-companheiro de time.
“Robin tem muito potencial e defende o garrafão. Gosto dele. Eu sei que, se você quer ter uma equipe bem sucedida na NBA, é preciso impedir que os adversários pontuem próximos do aro. Estou contente que Phil tenha conseguido trazer um bom marcador para jogar lá dentro”, disse o MVP das duas decisões vencidas pelo Knicks e integrante do Hall da Fama, em entrevista ao jornal New York Post.
Reed apenas acompanha a franquia de longe, mas está ciente das críticas que Jackson recebe por ainda não ter convencido grandes astros a atuarem em Nova Iorque. Como alguém que liderou seus times a dois campeonatos, o ex-atleta não vê problemas se a franquia realmente não chegar a atrair grandes nomes. Seu problema, na verdade, está no pensamento de que só se pode vencer pela reunião de astros.
“A imprensa fala muito de ‘Big Threes’ e coisas assim, mas você tem que ter nove ou dez caras que possam jogar para vencer. Todos precisam ser capazes de contribuir no momento certo. Três astros, sozinhos, não resolvem tudo. Veja neste ano: por mais que [Stephen] Curry seja fantástico, quem mais contribuiu para o Warriors nos playoffs foi [Andre] Iguodala”, explicou o ex-GM do New Jersey Nets.
E, para todos que criticam Jackson, Reed deixa um recado: não duvidem da capacidade do seu amigo. Ele aposta que a melhora defensiva do time com a chegada de Lopez será só o primeiro passo de um plano bem maior. “Muita gente critica seu trabalho, mas digo uma coisa: eu joguei com ele, acompanhei-o como treinador. Phil é durão e sempre soube do desafio que está encarando aqui”, finalizou.