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O Detroit Pistons já é protagonista de uma das grandes histórias da temporada. A equipe tinha somente cinco vitórias em 28 jogos quando surpreendeu a NBA ao dispensar o ala Josh Smith com US$40 milhões a receber até 2017. A decisão foi inesperada e polêmica, mas deu grande resultado dentro de quadra: desde então, o time venceu sete partidas seguidas e saiu da vice-lanterna do Leste para entrar na briga por vaga nos playoffs.
“As coisas simplesmente estão diferentes. Os jogadores têm trabalhado mais, prestado mais atenção. Estão mais unidos. Nós não temos atletas preocupados com quem está em quadra, minutos na rotação ou o número de arremessos que tentarão”, elogiou o técnico e presidente de operações Stan Van Gundy, depois da vitória fora de casa sobre o Dallas Mavericks nesta quarta-feira.
Na série de sete triunfos, o Pistons teve quatro jogadores diferentes como cestinhas. O reserva D.J. Augustin não foi um deles, mas anotou 26 pontos em 22 minutos contra o Mavs e vê a distribuição de pontuação como uma virtude recente da equipe. “Não somos um time de um atleta só. Diferentes jogadores podem contribuir e liderar a cada noite. É divertido quando estamos jogando juntos e vencendo desta forma”, celebrou.
Os comandados de Van Gundy já haviam enfrentado o Mavericks antes nesta temporada. No mês passado, quando Smith ainda estava no elenco, os texanos viajaram até Detroit e foram embora com uma vitória tranquila por 117 a 106. Chandler Parsons esteve nas duas partidas e, como o técnico adversário, realmente notou que existe algo diferente no Pistons que vai além de questões técnicas ou táticas.
“Mudou muita coisa neles. Tudo gira em torno de confiança nesse esporte, sabe? Obviamente, eles sempre tiveram um grupo talentoso. É o mesmo treinador, jogadores e esquema de jogo, mas estão atuando com mais leveza, liberdade e confiança agora”, explicou o ala do Mavs, que marcou 17 pontos a menos na comparação do primeiro jogo (32) para o segundo (15).
A ligação entre a subida de produção do Pistons e a dispensa de Josh Smith é inevitável, mas Van Gundy não acredita que seja uma conclusão justa. Constantemente questionado sobre o assunto, ele reafirma que não teve qualquer problema com o ala. “Josh é um veterano de dez anos na NBA e sempre trabalhou duro comigo. Eu só queria dar oportunidades para outros jogadores e isso consumiria seu tempo de quadra, tiraria a bola das suas mãos. Simplesmente não achava que isso seria justo com ele”, finalizou o técnico.
O Pistons voltará às quadras nesta sexta-feira para mais um grande desafio: encara o líder do Leste, Atlanta Hawks, em casa. Três jogos atrás do oitavo colocado da conferência (Miami Heat), o time agora tenta fazer história: ninguém que tenha iniciado com cinco vitórias em 28 jogos conseguiu recuperar-se a ponto de chegar aos playoffs.